Quando acordei, meus irmãos já tinham saído do quarto e Tyson estava parado no corredor falando com alguém no celular.
— Eu já falei que ela está bem, relaxa cara! – Tyson fala para alguém no celular para alguém.— Venha para o Brasil o mais rápido possível! – Tyson fala e eu forço a tosse.— Escutar a conversa é feio Sophia! – Tyson fala e eu reviro os olhos e ele desliga a chamada— Vamos? – Falo e ele concorda com a cabeça. Coloquei apenas uma calça preta de moletom e sai de casa, minha mãe já tinha ido trabalhar, mas o resto da família, já estava no galpão. Quando cheguei no galpão, abri a porta e encarei os olhos assustados do homem que estava amarrado, Tyson se aproximou e levantou a manga da camiseta do mesmo, olhou para a tatuagem e confirmou com a cabeça.— Máfia Italiana! – Tyson fala e eu pai soca a parede.— Tudo bem, vamos fazer isso da forma fácil ou da forma difícil? – Pergunto e o homem se debate na cadeira. Me aproximo da mesa onde ficam os materiais usados para tortura, pego um martelo e um dos canivetes e ando até a cadeira onde ele está amarrado.— Qual seu nome? – Pergunto puxando a cabeça do homem e fazendo a mesma bater na cadeira, ele solta um gemido de dor, mas não fala uma palavra, sorrio perversa, bato novamente com a cabeça dele e então cravo o canivete no seu ombro, fazendo o mesmo gritar de dor
— Qual é a porra do seu nome? – Pergunto girando o canivete na carne do seu ombro fazendo o corte sangrar ainda mais e ele gritar mais alto
— Will. – O homem fala e o encaro
— Muito bem Will, porque tentou me matar? – Pergunto e ele nega com a cabeça
Pego o martelo e levanto o mesmo, posicionando ele no joelho do Will, que a essa altura estava com os olhos cheios de medo, provavelmente ele já sabia o porquê de eu ter escolhido o martelo. Quando direcionei meus olhos para os dele, e bati com toda a força com o martelo em seu joelho, Will soltou um grito enorme de dor. A porta se abriu e Diogo passou por ela, desviei meus possíveis pensamentos direcionados a ele e continuei fixada no que estava fazendo.
— vou repetir, Will, porque você tentou me matar? – Pergunto novamente e ele apenas grita um algo em italiano, olho para Tato que sinaliza que não foi nada além de um palavrão.Reviro os olhos e afasto o martelo novamente, dessa vez, viro ele com a parte usada para tirar pregos presos em madeiras para o joelho do Will, não espero sua reação e cravo o martelo em seu joelho, ele grita de dor, lagrimas começam a descer por seu rosto, sinto minhas mãos tremendo, mas me mantenho firme o máximo que consigo.
— Eu vim te matar, porque você é uma possível aliada da máfia russa e Henrico sabe da sua influência com o herdeiro dela, ele tem medo de que quando vocês se juntarem, possam destruir a máfia da Itália! – Will fala e eu respiro fundo.
— Porque eu sou uma ameaça para uma máfia? – Pergunto.
— Você realmente não sabe quão protegida foi durante todos esses anos? – Will pergunta e eu encaro meu pai, que nesse momento já estava de pé no centro da sala andando até onde estávamos.
— Acabe com isso Sophia! – Meu pai fala e eu o encaro, mas não questiono.
Puxo a pistola que estava na minha cintura e atiro rapidamente na cabeça dele, matando o mesmo, minha roupa se sugou com o sangue dele que se espalhou pelo chão. Saio do galpão sem falar nada, minha cabeça doía como se fosse explodir a qualquer momento, os gritos de Will fizeram ela começar a doer quando comecei o processo de arrancar a verdade dele.
Chego em casa, joguei a roupa no cesto para lavar e corri para o banho, lavei meu corpo rapidamente e em seguida vesti uma regata fina e um short jeans curto, desci as escadas e vi todos sentados na sala, Tato falava com eles em um tom sério, passei por eles e fui até a cozinha, fiquei na ponta dos pés para alcançar o quite de primeiros socorros do armário da cozinha, peguei ele e coloquei em cima da mesa procurando o remédio para dor de cabeça.
Minutos depois, meu pai me chamou para ir para a sala e me juntar com eles.— Tomamos a decisão! – Meu pai fala e eu sento esperando ele falar.— Faremos parte disso! – Thomas fala.— Sempre quis ser mafioso! – Bryan fala e eu gargalho. Quando me virei para a porta, Diogo estava parado na mesma com uma cara nada boa, ele apenas saiu pela porta furioso.— O que deu nele? – Tia Annie pergunta.— Vou descobrir agora! – Falo e saio correndo. Corro pelo morro ainda descaço mesmo, vejo F* atravessando a rua.— Fabrício! – Grito e ele se assusta.
— Que foi coisa doida? – F* pergunta e eu coloco a mão na cintura dele e pego o rádio.
— Aqui é a Sophia, não deixem o Diogo sair. – Falo e não espero o vapor que faz a guarda do morro responder.
Desci o morro correndo e para a minha sorte, encontrei Diogo pronto para bater no vapor que estava barrando ele.
— Cara, eu recebo ordens, só fiz o que me pediram – O vapor fala.
— Quem pediu? – Diogo pergunta e eu paro atrás dele.
— Eu pedi – Falo e ele me encara.
— Sophia eu não estou com paciência no momento – Diogo fala e eu suspiro.
— Eu sei, mas definitivamente a gente precisa conversar – Falo e ele bufa.
Andamos até a pracinha que fica bem perto da entrada do morro, sentamos em um dos bancos e senti o peso do olhar do Diogo pousar em mim, suspirei, pensando no que falar.
— Eu sei que você deve estar furioso, mas – Começo a falar, mas ele me interrompe.
— Eu só tenho uma pergunta Sophia. O que você sente pelo Thiago? – Diogo pergunta e eu engulo seco, definitivamente essa era a pergunta que eu menos queria que ele fizesse.
— Diogo – Começo a falar mas congelo e baixo a cabeça.
— É uma pergunta simples Sophia e mesmo assim você não consegue responder! Tudo em relação ao TH te afeta! – Diogo fala e eu respiro fundo.
— O Thiago foi embora da minha vida a quatro anos e por mais que eu queira fingir que a gente não teve uma história, eu não posso. Essa pergunta não é nada simples, se fosse eu saberia como responder! Tem coisas que eu controlo, como quem vai acertar um tiro em mim ou quando eu vou precisar mostrar meu lado ruim, mas ainda tem coisas que o tempo ficou de responder, Thiago é uma delas. Ele foi o meu primeiro namorado, minha primeira decepção e meu primeiro amor, mas isso foi a quatro anos. Eu não sou boba de achar as coisas não mudaram. Sim, eu tenho lembranças ótimas do passado que eu vivi com o Thiago, mas ele não faz parte do meu presente a anos! – Falo finalmente soltando minha respiração.
— Eu só preciso pensar! – Diogo fala eu respiro fundo.
Antes que ele terminasse de sair da praça onde estávamos, segurei seu braço e respirei fundo, tomando a decisão que talvez, colocasse meu presente em jogo por conta de alguém do passado.
— Você está livre pra ir, só vou te pedir uma coisa, não se afasta dos meninos por minha causa! – Falo e saio andando em direção a minha casa.
Dois dias se passaram desde que deixei Diogo oficialmente livre para sair da minha vida, na esperança falha de que ele escolhesse ficar, meus pais viajaram no mesmo dia em que tomei a decisão, levamos eles para o local onde iriam embarcar no navio e os dois começaram a sua viagem de comemoração dos vinte anos de casamento, deixando, Tio Léo eu e meus irmãos, tomando conta do morro. Kauan estava na cozinha quando desci as escadas e sentei no sofá. — Sophia, a festa da máfia é hoje! – Kauan fala da cozinha e eu levanto.— Hoje? – Pergunto.— Sim, Zé avisou hoje! – Kauan fala.— Irmãos, já estou saindo pra ir pro aeroporto! – Ele fala com um sorriso enorme no rosto.— Chegou o dia? – Pergunto e ele sorri afirmando com a cabeça.— Meu primeiro voo como piloto, pirralha! – Ele fala e eu abraço ele o enchendo de beijo na bochecha
Entramos na enorme mansão, haviam seguranças espalhados em pontos estratégicos, uma recepcionista, ruiva, com o uniforme todo branco nos recebeu com um sorriso no rosto.— Que bom que vieram, nossos líderes irão adorar saber que vocês chegaram! – A mulher fala.— Pode deixar que eu levo eles querida! – Lorena, mulher do Zé, fala dispensando a mulher. — Ela me deu medo! – Rafaela fala fazendo todos segurarem o riso.— Medrosa! – Thomas fala provocando ela.— Se comportem, crianças! – Lorena fala.— Essa bateu no coração. – Bryan fala e chegamos até a mesa onde ficaríamos durante a cerimônia de abertura. Nos sentamos por ordem de idade, Tio Léo e Tia Annie, Thomas, Kauan, Rafaela, Bryan e eu, que nasci dois minutos mais tarde que Bryan. Ficamos sentadoscom eles p
Acordo antes do despertador tocar, Thomas havia saído para ir para o aeroporto, algumas horas antes, mas, antes de sair, ordenou que eu voltasse a dormir pois o dia seria longo, para a minha sorte, peguei no sononovamente em poucos minutos. Olho para o despertador ao meu lado e ele marca, exatamente, 7:45 da manhã, resolvo levantar da cama e ir para o banheiro no meu quarto, já que, dormi com Thomas na noite anterior. Ligo o chuveiro e tomo o banho com calma, depois de escolher a roupa que usaria, vesti a mesma e peguei a bolsa com as coisas para levar para aboca, antes de sair, deixei um bilhete para Kauan e Bryan, que ainda dormiam. Almocei ali mesmo, já que Bryan e Kauan haviam saído para resolver assuntos pendentes do morro. 
Quando passei pela porta do hospital, meus irmãos estavam sentados e Diogo permanecia em pé, perdido em seus pensamentos, que nesse momento, nem mesmo eu, que achei que o conhecia, poderia decifrar. Quando Diogo notou a minha presença, vi seus olhos se tornarem ainda mais tristes, por algum motivo que, eu também não sabia decifrar.— Você é Diogo Santiny? – O médico pergunta.— Sim, meu pai está bem? – Diogo pergunta e o médico respira fundo.— O estado do seu pai não é dos melhores senhor Santiny. Ele está em coma induzido, mas, temos esperança de que, ele acorde em poucos dias – O médico fala e finalmente, respiramos tranquilamente.— Posso ver ele? – Diogo pergunta.— Claro, me acompanhe! – O médico fala e Diogo o acompanha, sem nem olhar para mim.&n
Acordo e corro direto para o banheiro, vomitando mais uma vez, lavo meu rosto e encaro meu reflexo no espelho, estou mais pálida do que o comum. Escuto batidas na porta do meu quarto, revirei os olhos tentando expulsar a vontade de vomitar e andei até a cama novamente.— Entra! – Falo e Tyson entra, junto com Thomas.— Você está bem? – Tyson pergunta me olhando.— Estou! O que aconteceu? – Pergunto.— Bom, eu preciso saber se vão fazer o treinamento aqui ou se preferem ir para a Rússia. Devo reforçar que Mikhail, reforçou o convite para vocês, principalmente você Sophia. – Tyson fala e eu sorrio.— Lamento informar, mas, vou ficar bem aqui! – Falo e Tyson sorri.— Bom, agora vou roubar seus irmãos, se precisar de algo, ligue! – Tyson fala e me dá um beijo na testa, antes de sair.&nb
Acordo e ainda por impulso, coloco a mão sobre a minha barriga e sorrindo em seguida.A quatro anos, eu já havia sentido essa sensação, de ter outra vida dependendo da minha, mas tudo acabou. Expulso os pensamentos da minha cabeça e sorrio novamente, desse vez, mesmo que não existisse uma casa dos sonhos, para a vida dos sonhos, eu ainda teria meu bebê. Desço as escadas de casa, depois de tomar um banho relaxante, encontro meus irmãos, sentados no sofá jogando vídeo game e rindo de algo que só faz sentido na cabeça deles.— Oi homens da minha vida! – Falo dando um beijo na bochecha de cada um.— Oi irmã traidora que não conta que está com um sobrinho meu na barriga! – Bryan fala me jogando a almofada— Vou cortar o pau do Diogo! – Thomas fala e me puxa para o sofá.— Não pensa nisso agora, pense em como vocês vão perder para mim
Dias antes... Thiago foi embora a alguns minutos depois que, eu disse a ele que precisava de um tempo sozinha. Kauan saiu a alguns segundos para falar com os nossos pais, que até então, estavam em paz em um cruzeiro e agora, estavam comprando as passagens de volta para casa. Dias atuais... Encaro o convite em minhas mãos. Os convites chegaram por meio do Tyson, ele os trouxe pessoalmente. Neles, o convite não tão discreto, para irmos até o piquenique que Mikhail está organizando.&nbs
Duas semanas depois...Estaciono meu carro no estacionamento do aeroporto, meus pais já devem ter chegado.— Não vejo a hora de ver nossos velhotes! – Bryan fala e eu sorrio.— Chama eles assim, na frente deles, para ver se eles não te mandam para a Rússia mais cedo! – Kauan fala dando um tapa na cabeça dele.— Andem logo! – Thomas fala visivelmente mal humorado.— Thomas Harvelle! Que bicho te mordeu? – Pergunto e ele bufa.— Tenho que embarcar em um voo daqui a pouco, que vai decidir se posso ou não ir para os voos internacionais. Não dormi a noite toda! – Thomas fala e eu olhos para os meus irmãos.— Pode ir parando, você é o melhor piloto que esse aeroporto já viu, vai arrasar! – Bryan fala e Thomas finalmente, sorri. Depois de comprar um café sem açúcar para o Thomas, fomos até o portão onde meus pais iriam desembarcar, cinco minutos depois, eles