Obvio que tudo isso é uma armadilha, é obvio também que irei morrer horas depois que chegar até as pessoas que pegaram meu irmão. Mas apesar de obvio, eu não irei arriscar perde-lo ou perder mais alguém para que me impeçam de ir até o inimigo e dar um fim nisso, de uma vez por todas. Depois de me matar, todas as pessoas que me conheceram e tem algum poder, irão acabar com a máfia Italiana e com quem iniciou essa guerra, não para me vingar, mas para sentirem que nunca mais alguém irá precisar escolher entre viver ou deixar alguém da família morrer.
Agora, enquanto escrevo cartas para a minha família, me despedindo, pela primeira e última vez, sei que irei morrer da pior maneira possível, mas pelo melhor motivo possível, acabar com essa guerra que já tirou de nós muitos momentos felizes, para salvar meu irmão, que nunca irá me perdoar por ir em seu lugar, mas que faria o mesmo se fosse necessário, e que também, me escolheu para protege-lo, acima da minha própria segurança, e se preciso fosse, dando a minha própria vida, nosso juramento, em sua iniciação, hoje, será cumprido. Antes de partir de vez, fui até a mansão e deixei as cartas com um dos seguranças, pedi a ele que só as entregasse a noite, para cada uma das pessoas que precisavam ler, então, entrei na mansão e fui até o escritório do Thiago, olhei em seus olhos e respirei fundo.— Veio me ver? – Thiago pergunta.— Na verdade, vim te falar uma coisa. Eu amo você, nunca irei deixar de amar, não esqueça isso! – Falo e ele sorri.— O que aconteceu? – Thiago pergunta.— Nada. Estava passando e resolvi falar isso! – Falo tentando disfarçar.— Eu amo você Sophia, vou dizer isso todos os dias pelo restante das nossas vidas! – Thiago fala e eu sinto uma dor invadir meu peito. Saio de lá assim que consigo, sem deixar pistas do que está prestes a acontecer. Como uma última e falha esperança que ainda tenho, ligo para a única pessoa que seria louca o suficiente para me ajudar e deixo um recado na sua caixa postal.Eu nunca questionei sobre como seria a minha morte, se seria dolorosa ou rápida, se morreria dormindo ou de uma doença que descobriria tarde demais, se morreria ao lado da pessoa com quem casaria ou se iria ser sozinha. Agora, sei que não será uma morte fácil, mas que será rápida. Me jogaram dentro de um carro preto com um capuz na cabeça e as mãos e pés amarrados, levei alguns socos, apenas por estar ali. Muito tempo se passou e então o carro parou.
Me tiraram do carro e fui colocada sentada em uma cadeira, escutei passos e em seguida, vi o rosto do meu verdadeiro inimigo, que para a minha falta de surpresa, eu já sabia o nome.Rúbia Gush estava parada na minha frente, sorrindo, vitoriosa.
— Antes que pergunte, seu irmão já foi encontrado! – Rubia fala e eu permaneço em silêncio.
— Eu vou adorar destruir cada parte do seu corpo! – Rúbia fala e começa a me bater.Foram horas de tortura, socos, chutes, facadas, barras de ferro, até que eu desmaiasse e fosse acordada novamente, para outra sessão, minha boca e nariz sangravam, a dor, era insuportável, mas me mantive em silêncio, apenas soltando gemidos quando os golpes vinham, não gritei, não falei uma palavra se quer, até que ela fosse embora depois de estar cansada de me torturar.
Horas depois, acredito que no dia seguinte, Rúbia voltou, encarou meu rosto ensanguentado e sorriu.
— Sabe Sophia, agora eu sei o que viram em você! Você sabe fingir muito bem! Se eu mesma não tivesse te batido, diria que isso tudo nem doeu. No entanto, seu corpo não é a prova de balas e eu vou adorar atirar em você. Mas antes vou te contar o porquê de ter escolhido você e não seu irmão. – Rúbia fala e eu tento me manter acordada, já que a dor que sinto me faz querer fechar os olhos e não os abrir mais.
— Meu marido nunca quis um filho, quando Diogo nasceu, ele quase me matou, mas, quando ele soube que uma das prostitutas estava gravida de uma menina, ele me largou para ficar com ela. Eu matei as duas, coloquei a culpa no pai do Thiago Miranda, seu namoradinho! E logo depois o seu pai matou o meu amor, então, vou tirar dele a sua única menininha também! – Rúbia fala e levanta minha cabeça.
— Sabe o que vou fazer depois de te matar Sophia? Eu vou m****r você em pedaços para a sua família! Mas não se preocupe, o coração eu m****rei para o Thiago! Quer falar algo antes de morrer? – Rúbia pergunta, apontando a arma para mim, fecho os olhos.
Escuto o barulho do tiro, mas não sinto nada. Segundos depois, escutei o barulho de algo caindo no chão.
— Porque os vilões sempre fazem esse discurso patético? – Uma voz conhecida fala e eu abro os olhos.
— E aí Sophia? Sua cara estava com menos sangue da última vez! – Jay fala sorrindo ainda com a arma na mão.
— Me tira daqui! – Falo e ela ri, me desamarrando.
Jay me levou para o hospital, e depois de alguns exames e vários pontos, fui liberada. E então, pude abraçar a minha amiga.— Obrigada por vir! – Falo e ela me dá um tapa. — Nem pense em fazer isso de novo! A Alemanha é longe menina! – Jay fala. — Vamos para casa, minha família acha que eu morri! – Falo e ela revira os olhos. Quando cheguei na mansão de Mikhail, onde todos estava, segundo Jay, entrei lentamente, todos se abraçavam e choravam, Mikhail paralisou no lugar quando me viu, ainda com algumas lagrimas nos olhos, ele ficou me olhando como se fosse uma miragem.— Quem morreu? – Pergunto.— A Sophia! – Rafaela responde ainda chorando.— Eu acho que não! – Jay fala com sotaque. Bryan me olha, em seguida sai correndo e me abraça.<
Depois da morte de Mikhail, Thiago demorou dois meses para assumir seu posto na máfia. Estamos saindo da cerimonia de iniciação dele, Kenya não está presente, pois está tentando matar Nicolai pela morte de seus pais. Cumprimento alguns convidados, até voltar meu olhar para o atual chefe da máfia Italiana. Diogo Santini, que agora está acompanhado por Jay, Chefe da máfia da Alemanha. Olho para Diogo e ele anda até mim.— Você está vivo! – Falo e ele ri.— E você casada com o chefe da máfia Russa! – Diogo fala e eu reviro os olhos.— Você não está casado porque não quer! – Falo olhando para Jay.— No fim, terminamos bem, não acha? – Diogo fala e eu sorrio.— No fim, terminamos exatamente onde devíamos! – Falo e ele sorri, indo novamente até Jay.&
Antes de começar a contar a minha história, tenho que contar parte do porquê de ela ter chego onde estou agora. Meu pai – Bernardo Novack – Comandante do morro do Alemão a anos, já vinha recebendo ameaças contra a mim e meus irmãos, mas até pouco tempo antes do acidente, eram apenas ameaças, depois do acidente, soavam como avisos, gritos silenciosos de que seus filhos, principalmente eu, nunca estaríamos seguros. As ameaças vinham mais direcionadas a mim pois eu tinha um elo com alguém, que a maioria das pessoas mais poderosas do Rio de Janeiro, queriam destruir, o nome desse elo é, Thiago Miranda. Thiago Miranda – Comandante do morro da Maré –. Surgiu na minha vida através do irmão dele, Tyson Miranda, que estudava comigo e por sua vez, namorava com
Termino de arrumar meu cabelo e respondo mais umas das vinte mensagens que minha mãe me mandou, minha ida para o Rio de Janeiro está preocupando mais a ela, do que a mim mesma. Depois de garantir que eu ficaria bem para ela e conferir as malas, novamente, visto meu macacão preto de tecido leve, pois segundo Kauan – Meu irmão – está fazendo mais calor que o normal por lá. Antes de sair do apartamento onde passei os últimos quatro anos da minha vida, respiro fundo e dou uma boa olhada no mesmo, que agora seria da filha de uma ex funcionaria do meu pai, Carol Bertholo, filha de Mariza Bertholo – vulgo Mari – alugou ele de mim e garantiu que manterá ele em perfeito estado. Respiro fundo e dou um jeito de carregar minhas malas
Acordo mais cedo do que o normal, olho pela janela e o sol ainda está terminando de nascer, tomo coragem para levantar da cama e vou para o banho, sem muita demora, saio do banho, coloquei uma calça preta e uma blusa quedeixa minha barriga a mostra, depois de comer um pouco da salada de frutas que minha mãe fez ontem, resolvi sair para correr, deixei um bilhete na geladeira, falando que não demoraria para voltar. Tranquei o portão e comecei a correr pelo morro, e só então o sentimento de estar em casa me invadiu novamente, algumas pessoas me cumprimentaram outras apenas viravam a cara ou sorriam com desdém. Meu pai não é amado por todos, assim como o resto da família, mas uma das coisas que me fazem sentir em casa novamente, é justamente o fato das pessoas que vivem no morro, nunca perderem a esperança de ter algo melhor, vi algumas pessoas indo trabalhar, crianças indo para a escola, meninas nas calçadas
Me reviro na cama, mas logo levanto, desço as escadas e percebo que estou sozinha em casa, dou pulinhos de alegria, quem tem família grande sabe como é raro esses momentos de tranquilidade, abro a geladeira e vejo um pudim, sorrio e mordo o lábio, minha mãe sabe como engordar a família, tiro um pedaço para comer e guardo o resto. Depois de comer , ligo o som no volume máximo, e começo a pular e dançar pela casa , caminho até a lavanderia e pegou a vassoura, o rodo e o balde , vou até à despensa e procuro os produtos de limpeza, depois de achar aumento mais um pouco o som e subo as escadas correndo, vou até o quarto dos meus pais, que é o último do corredor e começo a limpar, depois de limpo passo para o quarto do Thomas, que realmente faz sentido ele querer ser piloto de avião, por que o desastre aéreo só pode ter sido no quarto dele, arrumo tudo e passo pano, em seguida abro a porta do quarto do Kauan
Chegamos ao local do racha e já estava tudo uma verdadeira bagunça, o som dos carros no máximo e a multidão de pessoas dançando e bebendo me fez respirar fundo, andamos até uma parte mais isolada, onde estavam Enzo e Theles.— Oi meninos! – Falo me aproximando deles.— Veio competir? – Theles pergunta.— Quem dera, meu pai me mata se me ver em um carro! – Falo e ambos riem.— Ele te mataria se te visse em uma moto? – Enzo fala rodando uma chave em seus dedos.— Mataria! Pode acreditar! – Meu pai fala surgindo atrás de mim.— Patrão, estava falando agora mesmo para a Sophia que ela não pode competir! – Enzo fala e meu pai revira os olhos, Theles ri e eu faço o mesmo.— Sei bem! Quantos temos para hoje? – Meu pai pergunta se referindo aos competidores do racha.— Tirando o nosso pessoal, temos quarenta carros! – Theles responde com um sorriso vitorioso no rosto.— E a polícia? – Meu pai pergunta.— Demos o pagamento hoje cedo! – Enzo responde e meu pai re
Acordo com o cheiro de café no ar, abro meus olhos tentando não sentir a dor de cabeça que ficava cada vez mais forte, olho ao redor, fico mentalmente envergonhada, mas, logo Diogo surge na porta do quarto sorrindo.— Bom dia, venha tomar café! – Diogo fala e eu levanto.— Bom dia! – Falo e sigo ele até a cozinha. *** — Você não serve para fazer isso! Me dá! – Falo pegando a frigideira das mãos de Diogo que ria por ter derrubado três panquecas no chão.— Nunca pensei que nos daríamos bem! – Diogo fala e eu sorrio.— Você era