Chegamos ao local do racha e já estava tudo uma verdadeira bagunça, o som dos carros no máximo e a multidão de pessoas dançando e bebendo me fez respirar fundo, andamos até uma parte mais isolada, onde estavam Enzo e Theles.
— Oi meninos! – Falo me aproximando deles.— Veio competir? – Theles pergunta.— Quem dera, meu pai me mata se me ver em um carro! – Falo e ambos riem.— Ele te mataria se te visse em uma moto? – Enzo fala rodando uma chave em seus dedos.— Mataria! Pode acreditar! – Meu pai fala surgindo atrás de mim.— Patrão, estava falando agora mesmo para a Sophia que ela não pode competir! – Enzo fala e meu pai revira os olhos, Theles ri e eu faço o mesmo.— Sei bem! Quantos temos para hoje? – Meu pai pergunta se referindo aos competidores do racha.— Tirando o nosso pessoal, temos quarenta carros! – Theles responde com um sorriso vitorioso no rosto.— E a polícia? – Meu pai pergunta.— Demos o pagamento hoje cedo! – Enzo responde e meu pai relaxa. Uma das coisas que aprendi desde nova, é que, existem pessoas ruins de ambos os lados, mas algumas, escondem bem. A polícia do Rio de Janeiro não é toda corrupta, pelo contrário, existem policiais que trabalham e dão a vida para defender a população, mas também existem aqueles que se vendem, que não estão preocupados com as vidas que deixaram de salvar ao se vender para pessoas como nós, – Traficantes, mafiosos e outros tantos. – Meu pai, pagou o chefe do departamento de polícia para deletar todas as denúncias que chegassem referente ao racha, claro que estamos organizando o racha em um local distante, onde raramente alguém, vai ser incomodado, mas mesmo assim, ele garantiu que tudo funcionasse.— Bom, anunciem a primeira corrida! – Meu pai fala e Theles sai de perto de nós e vai para a pista.
Encontrei com Rafaela e Mariana – Amiga de Rafaela – na fila para o banheiro, quando saímos de lá, resolvemos começar a beber e em seguida, fomos para a pista de dança.Mariana Chaves, é filha de um magnata de São Paulo, mas mora no Rio de Janeiro para escapar dos olhos furiosos do seu pai, que queria até um tempo atrás, que ela se casasse com um dos herdeiros de um sócio dele, mas, Mariana é teimosa, na época ela se apaixonou por Miguel, sem saber que ele era seu segurança disfarçado, depois que ela descobriu, mandou Miguel sumir e nunca mais voltar desde então, Mariana vem para lugares como esse para esquecer da sua realidade.
Eu ainda balançava meu corpo no ritmo da música quando Enzo anunciou a corrida principal. Corri para ver quem eram os competidores, reconheci o dragão estampado na parte de trás da jaqueta do piloto que estava na terceira posição assim que o vi. Esperei a corrida terminar, como o esperado, o terceiro carro foi quem chegou em primeiro, a garota loira que estava na primeira posição chegou em segundo, para minha surpresa, já que nunca tinha a visto antes. Ando até o carro do vencedor furiosa, empurro a garota que o abraçava e assim que seus olhos batem em mim ele abre um sorriso gigante.— Oi Novack! – Cameron fala rindo.
— Vladock seu maldito! Que saudade! – Falo abraçando ele. Conheci Cameron Vladock logo depois que Thiago saiu da minha vida, em um belo dia me meti em uma briga com seis caras de uma gangue – A mesma que já havia cercado a mim e a Tyson na praia – E Cameron me ajudou, já que é lutador desde pequeno, desde então viramos amigos, Cameron era a única pessoa que conseguia me animar, e apesar de Cameron ser lindo, nunca tivemos maldade um com o outro.— Por onde você andou sua maluca? – Cameron pergunta assim que sentamos no meio fio.— Passei três anos em São Paulo! – Falo e Cameron faz uma careta.— Podia ter ido para Londres comigo! Meu pessoal ia amar te conhecer! – Cameron fala e eu sorrio.— Como estão as coisas Cam? – Pergunto e ele sorri.— Bem! Kelvin vai casar mês que vem! – Cameron fala se referindo ao irmão mais novo.— E você? – Falo e Cameron gargalha.— Você sabe que odeio algemas! – Cameron fala e eu rio. Fico conversando com Cameron até escutar um barulho enorme, em seguida vejo fogo, corro para ver o que aconteceu e me deparo com o carro dos meus pais em chamas, entro em desespero, olho para todos os lados e vejo os dois correndo até mim, junto com os meus irmãos.— Que droga aconteceu aqui? – Escuto alguém perguntar ainda em choque.— Pai, a Sophia! – Escuto a voz de Bryan enquanto eu me abaixo, olhando para o carro e sentindo o ar diminuir.— Tira ela daqui! Acabou o racha! Mando alguém buscar a Sophia assim que puder! – Meu pai fala e vejo Diogo surgir na minha frente.— Sophia calma! Sou eu, vamos sair daqui! – Diogo fala e eu apenas seguro sua mão, algo me diz que posso confiar nele, saímos dali caminhando lentamente, enquanto eu tentava respirar. Chegamos na casa de Diogo minutos depois, ele me ajudou a sair do carro e fez sentar em seu sofá e esperar que ele fizesse um chá para que eu me acalmasse, depois de tomar o chá, Diogo finalmente teve coragem para perguntar.— Quer me contar porque ficou em pânico? – Diogo pergunta e eu respiro fundo.— A quatro anos eu sofri um acidente de carro, não morri porque o homem que fez meu carro capotar errou o tiro, desde então eu tenho essas crises! – Falo e Diogo fecha a mão, como se tivesse com raiva.— Desculpa! – Diogo fala e eu encaro ele.— Tudo bem. Quer me mostrar o quarto de hospedes? – Pergunto sorrindo e ele sorri de volta. Peguei no sono minutos depois.Acordo com o cheiro de café no ar, abro meus olhos tentando não sentir a dor de cabeça que ficava cada vez mais forte, olho ao redor, fico mentalmente envergonhada, mas, logo Diogo surge na porta do quarto sorrindo.— Bom dia, venha tomar café! – Diogo fala e eu levanto.— Bom dia! – Falo e sigo ele até a cozinha. *** — Você não serve para fazer isso! Me dá! – Falo pegando a frigideira das mãos de Diogo que ria por ter derrubado três panquecas no chão.— Nunca pensei que nos daríamos bem! – Diogo fala e eu sorrio.— Você era
Acordo com o barulho do despertador ecoando em meus ouvidos, abro os olhos e giro para o outro lado da cama, desligo o despertador do celular e levanto da cama, ando até o banheiro e lavo o rosto, tomo um banho rápido sem molhar o cabelo e coloco um short de moletom cinza e uma camiseta da mesma cor que deixa minha barriga aparecendo, desço as escadas e vejo o Kauan sem camisa virando o bacon na frigideira, abraço ele por trás e beijo sua bochecha.— Bom dia! – Falo e ele sorri.— Bom dia pirralha. – Kauan fala e eu reviro os olhos.— Que cena mais linda, acho que vou chorar! – Bryan fala parado na porta da cozinha, sem camisa também.— Bom dia ciumento! – Falo beijando a bochecha dele e o mesmo sorri.— o pai E a mãe já saíram? – Bryan pergunta.— Thomas também! – Kauan responde e eu sorrio.— A CASA É NOSSA!!!! – Bryan grita e Kauan gargalha.— Parece puta, de tão escandaloso. – Rafaela fala entrando na
Na manhã seguinte, acordei sozinha na cama e com batidas na porta do meu quarto.— Sophia, posso entrar? – Kauan pergunta.— Espera um pouco. – Falo e corro colocar uma roupa. Depois de colocar um pijama, abri a porta.— Vim conversar com você sobre uma coisa, que eu vi hoje de manhã. – Kauan fala.— Diga! – Falo e Kauan respira fundo.— Você e Diogo passaram a noite juntos? Vi ele saindo daqui! – Kauan fala e eu fecho os olhos.— Kauan, você sabe a resposta, mas, antes da bronca, eu sou adulta! – Falo e ele suaviza a expressão. — Sophia, você sabe que a gente não vai te impedir, mas se isso for pelo mesmo caminho que foi com o TH, você vai conseguir lidar? – Kauan pergunta e eu sinto vontade de socar ele por tocar no nome do TH.— Kauan, eu sei que eu sempre vou ser a irmãzinha indefesa de você tem que proteger, mas, eu não sou mais a menina boba que
Na manhã seguinte, meus tios e tias voltaram para os hotéis onde estavam hospedados, passei parte da tarde arrumando minha mala de volta para irmos para casa. *** As semanas passaram tranquilamente, revezei com meus irmãos os plantões da boca e conversei com Bryan sobre a Alina, e pude entender um pouco do que ele está sentindo em relação a morte dela. Meu irmão e a Alina se conheceram quando ela veio morar no morro com o Fabricio e desde a primeira vez que Bryan viu Alina, ele se encantou, ao contrário do normal, Brya
O despertador ecoa nos meus ouvidos, me viro na cama e abro os olhos e vejo o sol brilhando do lado de fora da janela. Levanto e tomo um banho rápido, me visto e coloco uma roupa qualquer, abro a gaveta e pego a pequena caixa com uma fita dourada e um laço e desço as escadas, vejo meus pais, irmãos e o Tyson reunidos na sala conversando e se revezando em jogar vídeo game.— Oi queridos! – Falo e Thomas leva um susto.— Brota do chão, cruz credo! – Thomas fala e eu rio.— Pai, mãe, pausem o jogo! – Falo e eles fazem o que pedi.— Diga amada filha! – Meu pai fala e eu rio.— Bom, como todo ano a gente, dá um presente para vocês. Aqui está o desse ano! – Falo e entrego o embrulho.— Vocês não fizeram isso! – Minha mãe fala.— Fizemos! Foi caro e vocês embarcam amanhã! – Bryan fala e eu rio.— O meu não vai superar o deles, mas, aqui está! – Tyson fala e entrega uma caixa para cada um.&nbs
Quando acordei, meus irmãos já tinham saído do quarto e Tyson estava parado no corredor falando com alguém no celular.— Eu já falei que ela está bem, relaxa cara! – Tyson fala para alguém no celular para alguém.— Venha para o Brasil o mais rápido possível! – Tyson fala e eu forço a tosse. — Escutar a conversa é feio Sophia! – Tyson fala e eu reviro os olhos e ele desliga a chamada — Vamos? – Falo e ele concorda com a cabeça. Coloquei apenas uma calça preta de moletom e sai de casa, minha mãe já tinha ido trabalhar, mas o resto da família, já estava no galpão. Quando cheguei
Dois dias se passaram desde que deixei Diogo oficialmente livre para sair da minha vida, na esperança falha de que ele escolhesse ficar, meus pais viajaram no mesmo dia em que tomei a decisão, levamos eles para o local onde iriam embarcar no navio e os dois começaram a sua viagem de comemoração dos vinte anos de casamento, deixando, Tio Léo eu e meus irmãos, tomando conta do morro. Kauan estava na cozinha quando desci as escadas e sentei no sofá. — Sophia, a festa da máfia é hoje! – Kauan fala da cozinha e eu levanto.— Hoje? – Pergunto.— Sim, Zé avisou hoje! – Kauan fala.— Irmãos, já estou saindo pra ir pro aeroporto! – Ele fala com um sorriso enorme no rosto.— Chegou o dia? – Pergunto e ele sorri afirmando com a cabeça.— Meu primeiro voo como piloto, pirralha! – Ele fala e eu abraço ele o enchendo de beijo na bochecha
Entramos na enorme mansão, haviam seguranças espalhados em pontos estratégicos, uma recepcionista, ruiva, com o uniforme todo branco nos recebeu com um sorriso no rosto.— Que bom que vieram, nossos líderes irão adorar saber que vocês chegaram! – A mulher fala.— Pode deixar que eu levo eles querida! – Lorena, mulher do Zé, fala dispensando a mulher. — Ela me deu medo! – Rafaela fala fazendo todos segurarem o riso.— Medrosa! – Thomas fala provocando ela.— Se comportem, crianças! – Lorena fala.— Essa bateu no coração. – Bryan fala e chegamos até a mesa onde ficaríamos durante a cerimônia de abertura. Nos sentamos por ordem de idade, Tio Léo e Tia Annie, Thomas, Kauan, Rafaela, Bryan e eu, que nasci dois minutos mais tarde que Bryan. Ficamos sentadoscom eles p