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Capítulo Quatro: Meu Mundo.

Me reviro na cama, mas logo levanto, desço as escadas e percebo que estou sozinha em casa, dou pulinhos de alegria, quem tem família grande sabe como é raro esses momentos de tranquilidade, abro a geladeira e vejo um pudim, sorrio e mordo o lábio, minha mãe sabe como engordar a família, tiro um pedaço para comer e guardo o resto. 

            Depois de comer , ligo o som no volume máximo, e começo a pular e dançar pela casa , caminho até a lavanderia e pegou a vassoura, o rodo e o balde ,  vou até à despensa e procuro os produtos de limpeza, depois de achar aumento mais um pouco o som e subo as escadas correndo, vou até o quarto dos meus pais, que é o último do corredor e começo a limpar, depois de limpo passo para o quarto do Thomas, que realmente faz sentido ele querer ser piloto de avião, por que o desastre aéreo só pode ter sido no quarto dele, arrumo tudo e passo pano, em seguida abro a porta do quarto do Kauan que está mais organizado do que o do Thomas mas a bagunça é de família,  limpo tudo e jogo as roupas dele no cesto , passo para o quarto do Bryan, que literalmente, me faz querer desistir , arrumo toda a bagunça e logo depois limpo o meu, e o corretor, limpo nosso banheiro e começo a limpar a escada, começo a dançar pela escada, até que um ser de Lúcifer desliga o som.

— QUEM FOI O PROJETO DE DEMONIO QUE DESLIGOU ESSA TRANQUEIRA?  – pergunto me virando e dando de cara com o Diogo e com o Enzo rindo igual duas crianças.

— foi ele Sophi!  –  Enzo fala apontando para o Diogo e eu sorrio de lado. 

— melhor você correr!  –  falo pegando o balde de água. 

— correr de você nanica?  – Diogo pergunta sarcástico. 

— não, correr da água!  –  falo e jogo a água do balde nele, molhado ele todo , Enzo tenta correr mas escorrega no chão molhado e cai de bunda , me apoio na escada e começo a rir .

 

— EU VOU TE MATAR SOPHIA!!  –  Diogo grita. 

— vai, mas vai matar de rir, olha o estado dela!  –  o Enzo fala rindo junto comigo. 

— vai matar, mas vai me matar depois que eu terminar de limpar a casa, agora os dois para fora!  –  falo e Diogo sai bufando, Enzo sai logo atrás rindo da cara do mesmo. 

      Liguei o Som de novo, e comecei a limpar o resto da casa, fiquei satisfeita com o resultado, mas meu estômago roncou de tanta fome, fui até a cozinha e comecei a preparar um dos únicos pratos que eu faço e dá para comer, lasanha com molho branco, depois de colocar no forno, mandei mensagem para o meu pai pedindo se ele viria almoçar em casa, o mesmo negou mas falou que mandaria os meninos pra casa almoçar. 

    Deixei a lasanha no forno e fiquei no sofá assistindo série, o forno apitou e corri pra cozinha para tirar a lasanha do forno, quando estava colocando ela em cima da mesa o Kauan entrou em casa .

— Eu realmente estou vendo isso mesmo Brasil? Sophia está fazendo o almoço?  –  Kauan fala me olhando com ar de deboche. 

— Não maninho, você que tá usando droga vencida!  –  Falo e ele começa a rir. 

— Idiota!  –  Kauan fala me abraçando.  

— O que temos pra comer?  –  Thomas fala entrando na cozinha. 

— Lasanha!  –  falo e ele me olha e em seguida olha para a cozinha. 

— Kauan, a Sophia tá doente?  –  Thomas pergunta com um ar de riso no rosto. 

— Não sei irmão, por que?  –  Kauan pergunta. 

— ela cozinhou e a casa não pegou fogo, MILAGRES ACONTECEM SENHOR!!  –  Thomas fala gritando a última parte. 

— milagre vai ser o dia que eu entrar no quarto de vocês e eles não estiverem todo revirado.  –  falo revirando os olhos. 

— estressada ela!  –  Enzo falou entrando na cozinha. 

— Veio comer?  –  Pergunto olhando para ele. 

— Vim mesmo, seu pai quase me expulsou da boca para vir comer!  –  Enzo falou e eu gargalhei.

— Peguem os pratos que  eu pego os copos!  –  falei e meus irmãos foram pegar. 

     Depois do almoço, subi e tomei um banho, coloquei um short e uma regata, por garantia coloquei minha arma na cintura e arrumei a blusa pra ela não ficar visível,  quando desci o Enzo já tinha voltado pra boca ajudar o meu pai , obriguei o Kauan e o Thomas a lavar e secar a louça, arrumei um pedaço de lasanha e coloquei dentro de um pote pra levar pra boca, sai de casa e passei no bar do seu zé, desde que eu era pequena, seu zé sempre foi como um tio para eu e pros meus irmãos.

— Minha garota!  –  seu zé fala saindo de trás do balcão. 

— Oi seu zé!  –  falo abraçando ele 

— O que vai ser hoje Sophi ?  –  seu zé pergunta e eu sorrio

— Três cocas bem geladas!  –  falo e ele vai pegar

      Depois de pagar o seu zé, sai de lá e comecei a ir em direção a boca, quando cheguei tive a mesma visão de quando sai do morro, o som tocava alto, algumas mulheres estavam com short tão pra cima que pareciam ser embaladas a vácuo, os meninos sentados vendendo, e meu pai distante de quase todos , olhando tudo de longe , junto com Diogo e Enzo, algumas pessoas mexeram comigo, mas nada que um olhar dos meninos da boca não resolvesse, me aproximei do meu pai. 

— Trouxe seu almoço, e coca para o resto! – Falei e ele riu 

— Não precisava filha! – Meu pai fala pegando as coisas da minha mão 

— Precisava sim, eu sei muito bem que você não comeu nada até agora! – Falo e ele sorri 

— Não comi mesmo, agora volta para a casa antes que eu tenha que matar esses

Desgraçado que estão te olhando! –  meu pai fala e eu gargalhei 

     Me despedi do meu pai e comecei a andar até à saída da boca, alguns homens faziam comentários e eu apenas revirava os olhos, quando estava quase saindo da boca senti um tapa na minha bunda, puxei a arma da cintura e apontei para a cabeça do infeliz bem atrás de mim. 

— QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO?  –  Gritei atraindo a atenção de todos 

— NÃO GRITA COMIGO SUA VADIA, você não sabe quem eu sou ... –  o sujeito fala gritando a primeira parte e puxando sua arma e a colocando na minha cabeça 

— Aí que está teu erro parceiro, você também não sabe quem ela é!  –  Diogo fala logo atrás dele, junto com meu pai e os outros garotos da boca, todos com as armas apontadas para ele.

— Foi mal, já vi que ela é importante! –  o cara fala abaixando a arma 

— Em respeito ao teu pai, vou te deixar sair daqui! –  meu pai fala e o mesmo sai da boca sem olhar para trás 

— Sophi, vai para a casa e vocês, circulando! –  meu pai fala e os meninos saem de perto, Diogo segura o meu braço e me encara 

— Você está bem?   –   Diogo pergunta 

— Sim, armas não me dão medo! –  falo e ele sorri e vai em direção ao meu pai 

    Saio da boca, e logo em seguida vejo o Enzo correndo atrás de mim igual um doido.

— SOPHI! – o Enzo grita e eu paro de andar 

— Eu mesma! – Falo e ele para com as mãos no joelho, pegando ar 

— Queria falar com você, você fez esse trem de vestibular não fez?  – O Enzo pergunta e eu começo a rir 

— Fiz sim, porque?  –  . Pergunto e ele coça a cabeça 

— Se não for te atrapalhar, você pode me ajudar a estudar, é muita matéria para pouco Enzo está ligada?  – Enzo pergunta 

— Posso sim, vai prestar vestibular para qual área?  –  . Pergunto 

— Advocacia, quero ser um juiz um dia! –  Enzo fala com brilho nos olhos 

— Então eu te ajudo, quando tiver livre passa lá em casa que a gente estuda. –  falo e ele sorri, em seguida me abraça 

— Valeu Sophi! –  Enzo fala e sai de volta para a boca 

      Comecei a subir o moro pensando na conversa que tive com o Enzo, ver que garotos como ele querem seguir seus sonhos, mesmo com a sua realidade sendo contrária, me faz acreditar que qualquer coisa é possível, e que nenhum sonho merece ser esquecido. 

     Chego em casa e vejo meus irmãos jogando vídeo game, fiquei um pouco na sala com eles e depois subi para o meu quarto, tranquei a porta, coloquei os fones e peguei no sono.

— SOPHIAAAAAA!! – Acordo com alguém gritando do lado de fora da porta enquanto bate nela freneticamente, tirei os fones do ouvido e revirei os olhos. 

     Abri a porta e encontrei a Rafa e a tia Annie sorrindo feito duas crianças, as duas entraram no meu quarto e se jogaram na cama.

— Pensei que você estivesse morta, se arruma que vamos sair! – Tia Annie fala 

— E posso saber onde eu vou?  – Pergunto sentando na poltrona que tem no meu quarto 

— Seus irmãos inventaram um racha de última hora. – Minha mãe fala entrando no quarto 

— Jura? Faz anos que eu não vou em racha! – Falo sorrindo e me animando 

— Falei que ela ia gostar! – A rafa fala 

— Se arrumem que as 23:00 vamos sair! – Meu pai fala passando pela porta do quarto 

— PAI!!! – Chamo ele e ele volta até a porta do meu quarto 

— Oi princesa! – Meu pai fala 

— Posso competir no racha?  –  pergunto

— Competir para ver em qual cadeira vai ficar? Claro filha! – Meu pai fala e sai andando 

— Chato! – Falo revirando os olhos

— Sophi, vai se arrumar ou vamos nos atrasar! – A rafa fala e eu começo a rir

— Estou indo! – Falo e levanto 

    Entro no banho enquanto a Rafa discutia com a tia Annie sobre qual roupa eu iria usar, ligo o chuveiro e começo a lavar meu cabelo, saio do chuveiro pouco tempo depois, vejo minha roupa em cima da cama, um body branco com um short jeans, alisei meu cabelo, passei perfume e coloquei um colar que ganhei dos meus pais quando fiz 15 anos, calcei um salto preto e desci as escadas de casa, encontro meus irmãos, Diogo, tio Léo e meu pai sentados no sofá conversando 

— Posso saber o que os homens da minha e o traste do Diogo estão aprontando?  – Pergunto 

— Me chama de traste, mas é louca para me pegar! – Diogo fala com um sorriso de lado 

— Já peguei e não achei grandes coisa! – Falo e meu pai engasga com a coca que o mesmo estava tomando 

— VOCÊ O QUE?  – Meus irmãos gritam encarando o Diogo

— Que gritaria é essa?  – Minha mãe fala descendo as escadas 

— Sua filha falou que já pegou o Diogo! – Kauan fala com a cara fechada de raiva, olho para. Rafa pedindo ajuda 

— E vocês acreditam na Sophia? Ela fala que me pega para a metade do moro e vocês nunca surtaram! – Rafa fala e revira os olhos 

— Aí gente, se pegou vocês não têm anda a haver, podemos ir?  – Tia Annie fala e eu começo a rir 

— Vamos! – Meu pai fala e saímos de casa e fomos até a garagem 

— Como vai ser a divisão?  – Thomas pergunta 

— Sophia, Lia, Rafaela, Annie vão com o papai e o resto com o tio Léo – Bryan fala e fomos para os carros 

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