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Enquanto me acomodava no bar, o brilho dos copos de cristal refletia em suaves feixes sob as luzes cálidas do cassino, fragmentando o ambiente em pequenas explosões de luz. O som constante das máquinas e o murmúrio das conversas ao redor formavam um zumbido quase hipnótico. Pedi um martíni, mas o copo nas minhas mãos trêmulas era apenas uma distração, algo para me manter ancorada enquanto minha mente vagava por labirintos sombrios. Meu coração estava inquieto, pulsando com uma ansiedade que nem o luxo e o brilho ao meu redor conseguiam mascarar.

A opulência que antes me fascinava agora parecia uma prisão dourada. Cada detalhe brilhante, cada lustre magnífico, pesava sobre meu peito, sufocando. O vidro frio roçou meus dedos quando o barman colocou o copo à minha frente, mas o impacto físico era insignificante comparado ao turbilhão emocional que se agitava dentro de mim. Eu sabia que estava sendo observada, analisada, e não apenas por Fabrizio.

Meus olhos varreram o salão, e foi então
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