CAPITULO 47

O Encontro com o Inimigo

O silêncio que segue a execução dos Cordobeses é opressor. A areia se acalma rapidamente, como se a terra estivesse satisfeita com sua refeição.

O vento, antes feroz, diminui e se torna uma brisa fria, carregando com ela o odor da terra e da morte. Eu me afasto lentamente, não querendo olhar para as marcas que os corpos deixaram na areia.

Théo está ao meu lado, os braços cruzados, observando atentamente o local onde a areia se fechou.

Ele não demonstra emoção, o que só aumenta a sensação de desconforto que eu sinto. Mas eu sei que ele está jogando um jogo maior, um jogo onde cada movimento, cada detalhe, é meticulosamente planejado. Não há espaço para falhas.

— Vamos voltar. Diz Théo, quebrando o silêncio.

Ele olha para mim com uma expressão fria, mas não consigo disfarçar o peso nas suas palavras. Eu sei que, em algum lugar no fundo da sua mente, ele se pergunta se poderia ter feito algo diferente. Não que ele vá admitir isso em voz alta. Ele é calc
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