Javier
Cinzas e Promessas O hotel onde a explosão ocorreu estava em ruínas. O estrondo da explosão havia feito o prédio tremer, e as chamas subiam ferozmente, destruindo tudo em seu caminho. María, Martina Jordana e Laura haviam sido pegas no impacto, e os gritos de dor ecoavam pelo corredor escuro enquanto os feridos eram socorridos. As equipes de emergência corriam contra o tempo, tentando salvar aqueles que podiam, mas a devastação era grande demais. O cheiro de queimado pairava no ar, e o caos se alastrava por cada canto. A explosão havia sido meticulosamente planejada. O impacto foi tão devastador que o edifício começou a ruir e poderia desabar a qualquer momento. Lá fora, a polícia tentava controlar a situação, mas os culpados já haviam cumprido seu objetivo: Deixar uma marca de destruição, uma ameaça que agora ecoava nos ouvidos de todos da família. María, consciente de sua condição, piscava os olhos pesados arranhando suas pálpebras que lacrimejam com a fumaça , sentindo o peso de sua respiração dificultada pela fumaça, que arranhava sua garganta cada respiração um esforço enorme para manter a vida que ela recusava a ceder para a escuridão . Laura, ao seu lado, estava visivelmente ferida, mas uma força invisível a mantinha viva, lutando com o resto de energia que ainda existia em seu interior, resistindo ao pesadelo que começava a se desenrolar. As duas estavam longe de estarem seguras, mas pelo menos estavam vivas. Pelo menos por agora. A fumaça densa envolvia os destroços do hotel, tornando o ar quase irrespirável. As sirenes ecoavam em direção a cidade, misturando-se aos gritos e ao choro de feridos que tentavam escapar do pesadelo. Entre os escombros, Martina e Jordana lutavam contra a dor lacerante que rasgava seu peito. Seu corpo estava preso sob vigas de concreto, e cada respiração era um esforço tortuoso. Ela tentava manter-se consciente, mas o cansaço e a dor ameaçavam vencê-la. Sua mente oscilava entre a realidade caótica e memórias distantes, como se sua vida inteira passasse diante de seus olhos. Lembrou-se de sua filha Paola, do orgulho que sentia ao vê-la crescer forte e destemida. "Não posso morrer aqui. Não agora", pensou, agarrando-se à última réstia de força que lhe restava. Ao seu lado, Laura estava entrando em estado de inconsciência e Maria tossia violentamente, tentando afastar a poeira e a fuligem que invadiam seus pulmões. Laura sentia uma dor ardente no braço esquerdo, onde um pedaço de vidro havia se cravado, e um corte profundo na testa fazia o sangue escorrer pelo rosto. Seus olhos marejados tentavam focar na destruição ao redor, mas tudo parecia um borrão de caos e terror. A explosão havia sido brutal, deixando rastros de destruição em todos os andares do hotel. O fogo consumia o que restava do mobiliário, enquanto vigas ameaçavam desabar a qualquer momento. O calor intenso tornava o ambiente ainda mais sufocante, e a única coisa que Laura conseguia pensar era em Luna. "Minha filha... Preciso ver minha filha novamente." Os paramédicos trabalham freneticamente, removendo corpos dos escombros, tentando salvar aqueles que ainda tinham uma chance. Quando um grupo finalmente chegou até María e Laura, as expressões de horror nos rostos dos socorristas mostravam a gravidade da situação. — Temos duas vítimas aqui! Precisamos de uma maca agora! — gritou um dos socorristas. María tentou falar, mas sua voz saiu como um sussurro rouco. Um dos paramédicos se ajoelhou ao seu lado, segurando sua mão com firmeza. — Aguente firme, senhora. Vamos tirá-la daqui — disse ele, enquanto outro membro da equipe tentava remover os escombros que prendiam suas pernas. Laura apertou os olhos, tentando suportar a dor enquanto era cuidadosamente levantada pelos socorristas. Ela se recusava a desmaiar. Queria ver Luna. Precisava contar a ela sobre o que acontecera, sobre a ameaça real que pairava sobre eles MATEUS De volta ao México , os preparativos estavam em andamento. Arturo havia dado ordens claras, e todos estavam se mobilizando para agir o mais rápido possível. Arturo se aproxima de mim me olhando de frente –Mateus, você é um Hernández! E não é qualquer borra botas argentino que vai tirar o seu legado! Fala Arturo com a voz rouca. –Me mantenha informado! Completa. Me puxa me abraçando apertado, afrouxa o abraço, me olha nos olhos novamente e sai. As despedidas foram curtas e nós já estamos próximo do aeroporto de Carrara em Montevidéu. O futuro parece sombrio, mas eu sei que o peso de minha família e a lealdade a meus entes queridos são os alicerces para me fazer enfrentar o caos que se aproxima. E enquanto as sombras da guerra se estendem sobre nós, eu sinto, mais uma vez, o peso do legado que carrego. Agora, mais do que nunca, era hora de lutar, e eu não estou disposto a permitir que tomem o que eu havia conquistado. Eu sei que era hora de lutar e mostrar que conquistei a cadeira de futuro Dom do México por mérito e não por nome. E quem esses denominados grupos de Cordobeses pensam que são? Penso De repente sinto uma mão no meu ombro e me viro assustado, Théo está olhando direto em meus olhos, então me diz: –Mateus, você não está sozinho nessa cara! Essa guerra é minha também!Javier O Choque da ExplosãoO estrondo ainda ecoa em meus ouvidos, a imagem da explosão gravada nas retinas. O fogo iluminava o céu, as chamas refletindo em cada superfície ao redor. Eu estava ali, sentado no pergolado admirando o jardim quando tudo aconteceu me deixando impotente, assistindo ao colapso de tudo o que eu havia jurado proteger. Quando a explosão aconteceu, Maria, Laura, Jordana e Martina estavam no centro de tudo dentro do escritório em reunião.Primeiro, foi o grito de Laura, a voz dela cortando o ar, mas logo desaparecendo no caos. Quando entro e me viro, ela estava caída, seus olhos fechados, com um sangramento visível, seu rosto e seu corpo marcado por queimaduras,um corte que sangra tornando seu rosto ainda mais marcado. A cena se repetiu com Martina, que caiu ao lado dela, com uma expressão de dor que nenhum de nós jamais havia visto. Jordana estava ali também, atordoada, mas ainda consciente. Maria… Maria era a mais debilitada, o impacto da explosão send
Javier O Peso da Incerteza Os minutos pareciam horas. Cada batida de meu coração ressoava em meus ouvidos enquanto o hospital se tornava um lugar cada vez mais distante da realidade que conhecíamos. Maria, Laura, Jordana e Martina estavam agora sob os cuidados intensivos, mas a cada passo que eu dava pelos corredores frios, o peso da incerteza me esmagava mais e mais. A cada vez que passava pela sala de espera, sentia que havia algo mais pesado no ar, uma tensão crescente. O impacto da explosão não só abalou a estrutura do hotel, mas também destruiu a confiança que todos nós tínhamos na segurança e na estabilidade. Eu olhava para os rostos dos outros familiares que aguardavam notícias, e a cada olhada, eu via a mesma dor. Sabíamos que a vida que tínhamos antes disso jamais seria a mesma. No entanto, havia uma verdade inegável: todas estavam lutando. A força delas era inegável. E isso, por mais frágil que fosse, ainda era a nossa esperança. Primeiro, a notícia de Martina. Sua cond
A Chegada e o Desespero dos Maridos A noite no hospital parecia interminável, uma sucessão de minutos que se arrastavam lentamente. Enquanto eu passava de um quarto para o outro, tentando me concentrar na recuperação de Maria, Laura, Jordana e Martina, os outros membros da família, que estavam aguardando informações, começaram a chegar. A tensão no ar era palpável, e a espera havia deixado todos à beira do desespero. Sabíamos que o pior já havia passado, mas ainda não podíamos comemorar. A recuperação das nossas mulheres estava longe de ser garantida. Heitor, com seus cabelos grisalhos e os ombros sempre tão firmes, estava mais abalado do que jamais vi. Ele andava de um lado para o outro no corredor, a cada segundo passando a mão na testa, tentando parecer calmo, mas seus olhos denunciavam o turbilhão interno. Sabíamos que ele tinha um coração forte, mas ver sua esposa Maria, uma mulher de personalidade tão marcante, entre a vida e a morte, o estava consumindo de uma maneira qu
Javier Forças e Juramentos A tensão no ar parecia densa, quase palpável. Cada um de nós estava absorvido pela dor da situação, tentando lidar com os medos de nossas mães, esposas, e figuras centrais de nossas vidas. O hospital estava silencioso, exceto pelos sons que vinham das máquinas de monitoramento e os murmúrios dos médicos, que falavam em voz baixa. Os maridos estavam exaustos, cada um à sua maneira, lutando para se manter firmes enquanto observavam o estado crítico de suas amadas. Era difícil ver nossos pais, figuras que sempre nos pareciam tão fortes, tão imponentes, agora fragilizados. Mas nós éramos seus filhos, e naquele momento, era nossa vez de ser a fortaleza. Javier, sentado ao lado de Laura, estava com os ombros caídos, os olhos fixos nela, como se não pudesse desviar o olhar. Ele tinha sido um líder implacável, mas ali, naquele hospital, era apenas um homem devastado, sem saber o que fazer. Luna se aproximou dele, com o semblante sério, mas os olhos determi
Javier O Processo de CuraVinte dias haviam se passado desde aquela noite infernal que nos separou do normal, desde o momento em que nossos mundos desabaram e nos vimos em um hospital, com a incerteza pairando sobre nossas cabeças. Durante esses dias, a dor foi constante, como uma sombra que nos acompanhava a cada passo, mas havia algo mais também. Uma leve sensação de esperança, que crescia a cada respiração de nossas mães, esposas e figuras centrais. Elas estavam sobrevivendo, lutando.Laura, ainda nas garras da recuperação, passava os dias em um estado delicado. Sua cirurgia no rosto, uma tentativa de restaurar a beleza que o fogo tinha lhe tirado, era uma batalha em si. Seus olhos, antes sempre cheios de vivacidade e energia, estavam agora rodeados por inchaços e marcas que denunciavam o que ela havia enfrentado. Mas ela ainda tinha sua força, aquela que nos inspirava, ainda estava ali. A cada dia, com o apoio dos filhos e do marido, ela vinha se fortalecendo, como uma árvore q
Javier A Recuperação e o Retorno para CasaOs dias de dor, tensão e esperança finalmente começaram a dar lugar a um novo ritmo. Laura já não estava mais imersa nas camadas de bandagens e curativos. Após a cirurgia e as semanas de recuperação lenta, seu rosto, embora ainda com cicatrizes visíveis, começava a se curar. As marcas deixadas pelas queimaduras ainda eram profundas, mas o progresso era visível. Sua pele estava regenerando, e as linhas que se formavam ao redor de seus olhos, resultado da dor, começavam a suavizar com o tempo. O mais importante: Laura estava viva, e seu espírito, aquele espírito inquebrantável, estava de volta.No dia marcado para sua alta, o hospital estava agitado. Ela havia passado os últimos dias com os filhos ao seu lado, recebendo apoio de Javier, que se mostrava cada vez mais dedicado. Mateus, Maurício e Luna, sempre presentes, não saíam de perto, acompanhando cada passo da recuperação e cuidando de sua mãe com uma intensidade comovente. Maria, Mar