CAPÍTULO 5

Javier

Forças e Juramentos

A tensão no ar parecia densa, quase palpável. Cada um de nós estava absorvido pela dor da situação, tentando lidar com os medos de nossas mães, esposas, e figuras centrais de nossas vidas.

O hospital estava silencioso, exceto pelos sons que vinham das máquinas de monitoramento e os murmúrios dos médicos, que falavam em voz baixa.

Os maridos estavam exaustos, cada um à sua maneira, lutando para se manter firmes enquanto observavam o estado crítico de suas amadas.

Era difícil ver nossos pais, figuras que sempre nos pareciam tão fortes, tão imponentes, agora fragilizados. Mas nós éramos seus filhos, e naquele momento, era nossa vez de ser a fortaleza.

Javier, sentado ao lado de Laura, estava com os ombros caídos, os olhos fixos nela, como se não pudesse desviar o olhar. Ele tinha sido um líder implacável, mas ali, naquele hospital, era apenas um homem devastado, sem saber o que fazer.

Luna se aproximou dele, com o semblante sério, mas os olhos determinados. Ela sabia o quanto sua presença poderia significar nesse momento. A dor dele era visível, mas ela também sabia que a força dele, embora abalada, ainda existia ali.

— Pai, você sempre nos ensinou a lutar, a nunca desistir, mas agora, quem vai lutar por você? — Luna perguntou suavemente, mas sua voz era firme, cheia de um respeito profundo que sempre teve por ele. — Eu vou lutar por ela. Nós vamos lutar por ela, por cada um de vocês.

Mateus, que estava ao lado, apertou o ombro de Javier, e, com a voz cheia de uma dor que ele mal conseguia esconder, disse:

— Pai, nós vamos passar por isso juntos. Nós sempre passamos, e vamos continuar assim. Nenhuma dor é maior do que o nosso amor por ela. E vamos lutar por ela até o fim. Não importa o que aconteça, nós somos sua força agora.

Maurício, mais calado, com o olhar grave, colocou a mão no peito de Javier, como se realmente tentasse transmitir alguma força.

— Nós vamos nos vingar de quem fez isso com ela, pai. Eles não vão escapar. — A palavra "vingança" ressoou no ar como um juramento que todos dentro daquela sala sentiram, e o ar se carregou de uma tensão elétrica.

Enquanto isso, Heitor estava em um canto, onde ficava alternando entre o silêncio e a agitação. Sua respiração estava pesada, e seus olhos, geralmente tão confiantes, estavam agora marcados pela dor. Ele andava de um lado para o outro, tentando compreender o que tinha acontecido com Maria.

Jonh, o filho mais velho, aproximou-se com passos lentos e firmes, a voz tranquila, mas com um brilho de preocupação nos olhos. Ele sabia que seu pai estava lutando contra si mesmo, contra o medo que o consumia.

— Pai, eu sei que você está se culpando. Mas Maria é forte, e ela vai sair dessa. Ela tem você ao lado dela. E isso, por si só, já é o suficiente. Você não está sozinho, nunca esteve. — Jonh colocou a mão no ombro de Heitor, com a mesma força que seu pai sempre mostrou, tentando transmitir um pouco daquela segurança.

Joana, mais sensível e emocional, também se aproximou e segurou a mão de Heitor, olhando para ele com intensidade.

— Você sempre nos ensinou a ser fortes, pai, não podemos esquecer disso. Maria é uma guerreira, e você também é. Não podemos deixar que isso nos quebre. Nós vamos passar por isso, porque estamos juntos.

No canto oposto, Teodoro estava quieto, observando Jordana, e sua expressão era a de um homem que havia perdido o controle. Ele sempre tivera tanta certeza sobre tudo, mas aquele momento era o teste final. Théo, mais próximo, foi o primeiro a se aproximar, com uma expressão de firmeza, tentando manter a compostura diante do pai.

— Pai, você já enfrentou tantos inimigos, tantas batalhas, mas esse momento é diferente. Nós sabemos o que você sente, e estamos aqui para te apoiar. Jordana é forte, e você sabe disso. Ela vai lutar, e você também. Vamos fazer isso juntos, como sempre fizemos.

Paola, ao seu lado, olhou para Teodoro e depois para Théo, antes de se aproximar e colocar a mão no ombro do pai.

— Não importa o quão difícil seja, pai. Nós somos sua força. Vai passar. Eu sei que vai. E quando isso passar, os responsáveis por isso... vão pagar. Nós vamos fazer justiça.

No outro canto da sala, Horácio estava completamente tomado pelo desespero. Seus olhos estavam fixos em Martina, e o vazio que ele sentia era quase palpável.

José, que estava perto dele, olhou para sua irmã Catalina e, juntos, se aproximaram do pai. José sempre fora o mais sensato dos filhos de Horácio, mas naquele momento ele era mais um filho do coração do que nunca, sentindo que a dor de seu pai era compartilhada por ele.

— Pai, você sempre nos disse que a família é tudo. E agora é o momento de sermos mais unidos do que nunca. Martina vai sair dessa, e você vai ver. Nós estamos com você, de coração. — A voz de José era um consolo em meio à tempestade emocional que tomava conta de Horácio.

Catalina, com a voz baixa, mas carregada de firmeza, completou:

— Pai, a mamãe vai lutar por você, e nós vamos lutar por ela. Não se esqueça disso. Você não está sozinho. E quem fez isso com a mamãe... eles não vão escapar.

Os filhos estavam unidos, não apenas pelo sangue, mas pela dor compartilhada e pela promessa de vingança que ressoava em cada palavra. Eles sabiam que o caminho à frente seria difícil, mas estavam prontos para fazer justiça, não apenas pelas suas mães e esposas, mas por todos aqueles que foram vítimas das sombras da máfia.

— Nós vamos atrás de quem fez isso. E não vamos parar até que a justiça seja feita. — Luna foi a primeira a falar, com uma intensidade em sua voz que ressoou em todos ao redor. Cada um dos filhos, com os rostos determinados, concluiu a promessa com um olhar firme.

— Vingança, para que eles paguem. — Maurício concluiu com um aperto de punho, e todos, de alguma forma, deram seu próprio juramento silencioso de que a dor que estavam sentindo não ficaria impune.

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