CAPITULO 11
O primeiro Batimento 2

Paola, ao meu lado, cutuca minha cintura levemente, seus olhos brilhando em diversão.

— Agora tudo faz sentido. Eu sabia que tinha algo diferente em você ultimamente! Ela ri, mas há carinho em sua voz.

— A insolente Luna, agora mãe. Quem diria?

Solto uma risada fraca. Quem diria mesmo?

Há meses, tudo que eu conhecia era o fogo da vingança, a adrenalina das batalhas e o peso de um legado sombrio. Agora, dentro de mim, cresce algo puro. Algo que muda tudo.

— Você precisa começar a se cuidar, Luna. A voz de María, minha tia, soa com doçura.

— Os primeiros meses são delicados.

Mal tenho tempo de responder antes que Javier solte um resmungo, cruzando os braços.

— E isso significa que você não vai mais montar Sombra.

Meus olhos se arregalam.

— O quê?

Sombra, meu cavalo, sempre foi uma extensão de mim. O pensamento de ficar sem montá-lo é insuportável.

— Nem adianta discutir. Javier continua, seu tom inflexível.

— É um risco desnecessário.

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