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CAPÍTULO 18
Teias de Mentiras A noite cai sobre a fazenda, trazendo consigo um frio cortante. O vento uiva entre as árvores, e a lua mal consegue perfurar a espessa camada de nuvens. Estamos reunidos novamente na mesma sala, agora mais focados, mais determinados. Mapas estão espalhados pela mesa, junto com relatórios e fotografias. — Precisamos de um plano Diz Horácio, analisando os documentos. — Não podemos simplesmente chegar lá atirando. — E nem podemos confiar em qualquer informante. Acrescenta Heitor. Théo tamborila os dedos sobre a mesa, pensativo. — A melhor forma de conseguir informações é nos infiltrarmos. — Mas como? Questiona Joana. Fernando sorri de canto, puxando um tablet e exibindo uma série de imagens de um cassino em Córdoba. — Os Cordobeses controlam um cassino ilegal. Dinheiro, apostas, informações… Tudo passa por lá. Se quisermos respostas, é lá que devemos estar. Mateo assente, os olhos brilhando com um misto de curiosidade e determinação. — Então precisamos de u
CAPÍTULO 19
A Jogada Começa O frio da madrugada envolve a fazenda enquanto todos se preparam. O plano está traçado, mas ainda há uma tensão no ar. Arturo caminha até Fernando e Mateo, avaliando-os. — Vocês sabem no que estão se metendo? — Sabemos. Responde Mateo. — E estamos prontos. Théo se mantém ao meu lado, sua postura protetora mais evidente do que nunca. — Cuidado. Digo a eles. — Não sabemos exatamente com o que estamos lidando. Joana, que sempre foi mais observadora, olha ao redor e murmura: — Algo me diz que há mais nisso do que estamos vendo. Ela não está errada. Algo ainda não encaixa. Mas, por enquanto, tudo o que podemos fazer é seguir o plano e esperar que o disfarce funcione. A escuridão da madrugada torna tudo mais intenso. O ar gélido carrega um silêncio pesado, quebrado apenas pelos passos calculados de cada um de nós. Sei que todos sentem silencioso movimento. Sei que ele ainda não gosta da ideia de eu estar envolvida, mesmo que seja dos bastidores. Seu maxilar e
CAPíTULO 20
A Jogada Começa O frio da madrugada envolve a fazenda enquanto todos se preparam. O plano está traçado, mas ainda há uma tensão no ar. Arturo caminha até Fernando e Mateo, avaliando-os. — Vocês sabem no que estão se metendo? — Sabemos. Responde Mateo. — E estamos prontos. Théo se mantém ao meu lado, sua postura protetora mais evidente do que nunca. — Cuidado. Digo a eles. — Não sabemos exatamente com o que estamos lidando. Joana, que sempre foi mais observadora, olha ao redor e murmura: — Algo me diz que há mais nisso do que estamos vendo. Ela não está errada. Algo ainda não encaixa. Mas, por enquanto, tudo o que podemos fazer é seguir o plano e esperar que o disfarce funcione. A escuridão da madrugada torna tudo mais intenso. O ar gélido carrega um silêncio pesado, quebrado apenas pelos passos calculados de cada um de nós. Sei que todos sentem silencioso movimento. Sei que ele ainda não gosta da ideia de eu estar envolvida, mesmo que seja dos bastidores. Seu maxilar e
CAPÍTULO 21
A Última ReuniãoO dia seguinte traz consigo a ansiedade que, até então, havíamos conseguido afastar. Hoje, a reunião será decisiva. No velho celeiro, disfarçado como um centro de encontro secreto, nos reunimos com os mais próximos: Paola, Mateus, Jonh, Joana e, claro, Théo. O ambiente que por fora parece decadente esconde o que existe de mais sofisticado em tecnologia, laboratório e fisioterapia.Cada um de nós está ali por um motivo, cada um com uma missão a cumprir. A segurança da fazenda, o futuro do bebê, as ameaças externas… Tudo isso pesa sobre os nossos ombros, mas não podemos demonstrar fraqueza. Não podemos deixar que a incerteza nos vença.Paola começa a reunião, sua voz clara e firme, como sempre. Ela nos orienta sobre os últimos passos, as decisões a serem tomadas, enquanto Mateus e Jonh discutem as possíveis estratégias. A tensão é palpável, mas, mesmo assim, cada um de nós sabe o que precisa ser feito. Não podemos falhar.Enquanto todos discutem, eu me pego refletin
CAPITULO 22
Meu Sol A manhã começa com uma luz suave, filtrada pelas cortinas que tremulam levemente ao ritmo do vento. O cheiro fresco da natureza invade o quarto, enquanto o silêncio da Fazenda Feitiço do Sol Nascente oferece uma paz que há muito não experimentamos. Ao meu lado, Laura dorme profundamente. O cabelo castanho espalhado sobre o travesseiro e o corpo levemente curvado em busca de conforto me fazem sorrir, mas também me apertam o coração. Nos últimos dias, ela tem estado mais quieta, reservada. As cicatrizes que marcaram seu corpo, físicas e emocionais, são lembranças dolorosas para ela. Eu sei que, por mais que ela tente disfarçar, a insegurança ainda a assola. Mas, ao olhar para ela agora, deitada em meus braços, vejo algo que me dá força. Ela é minha mulher, minha eterna companheira, e eu não deixarei que nada a faça sentir-se menos do que a mulher incrível que é. Com delicadeza, passo a mão pelos seus cabelos, tentando não acordá-la. Cada fio entre meus dedos é um toqu
CAPÍTULO 23
Sussurros da AlmaJavierA tarde vai caindo lentamente, e a tranquilidade da nossa rotina no campo traz um tipo de paz que tanto precisamos. Depois do café da manhã, nós dois saímos para caminhar pela propriedade, e, mesmo com a leveza do momento, posso perceber a leve sombra de dúvida nos olhos de Laura. Ela tenta ser forte, mas sei que as cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais, ainda são uma carga pesada para ela.— Laura...Chamo seu nome enquanto caminhamos lado a lado. Ela olha para mim, mas não responde imediatamente. Eu continuo: — Eu sei que você ainda se sente insegura, mas eu estou aqui. O que você pensa sobre si mesma não muda a forma como eu te vejo. Você é a mulher que eu escolhi, a mulher que amo, e isso nunca vai mudar.Ela olha para mim com os olhos marejados, mas há uma leveza em seu olhar, como se minhas palavras tivessem tocado algo profundo dentro dela. Eu a puxo para perto, envolvendo-a em um abraço. Seu corpo se encaixa no meu de maneira perfeita, e sinto
CAPÍTULO 24
Um Dia TranquiloA manhã surge como uma promessa silenciosa de paz. O céu azul, sem nuvens, é interrompido apenas pelas árvores ao redor da fazenda, que se agitam suavemente com a brisa leve. O som do vento, misturado ao canto dos pássaros, é a música perfeita para um dia de recuperação. Aqui, no coração da Fazenda Feitiço do Sol Nascente, tudo parece distante da batalha, da tensão que permeia o resto do mundo. Hoje é um dia para deixar as preocupações de lado, ao menos por algumas horas.A casa está tranquila. Não há pressa, nem o frenesi das horas de trabalho. A única atividade visível são os poucos empregados que circulam em silêncio, cuidando dos afazeres diários. Eu caminho até o jardim, onde minha mãe e Jordana estão sentadas, conversando suavemente. Minha mãe, que há pouco tempo estava frágil, parece agora mais serena. Seu sorriso leve faz meu coração se aquecer. Não importa o que o futuro traga, Jordana e minha mãe são as âncoras que me mantêm firme.— Luna, você parece
CAPÍTULO 25
Uma Semana de Separações e Inícios A fazenda Feitiço do Sol Nascente respira um silêncio incomum. É como se o tempo estivesse suspenso depois de tudo o que aconteceu. Já faz uma semana desde que Teodoro, Jordana e Paola retornaram à Argentina para reassumirem seus trabalhos na empresa. A fábrica de pneus e a logística de distribuição ocupam o tempo deles, mas não o suficiente para dissipar a tensão que todos sentimos. Paola, mesmo a quilômetros de distância, mantém contato constante com Mateus. Ele passa boa parte do tempo com o celular em mãos, trocando mensagens ou participando de chamadas rápidas. Apesar da distância, vejo a suavidade em seus olhos sempre que fala com ela, algo raro de se ver em Mateus, sempre tão contido e focado. Théo, por outro lado, não se afasta de mim. Ele está aqui, firme, mas vejo a preocupação em cada gesto. Minha gravidez começa a pesar de verdade. O enjoo parece não me dar trégua, e mesmo as manhãs ensolaradas da fazenda não conseguem aliviar a sensa
Último capítulo