Capítulo 68

O som do vento cortando pelas folhas altas era quase meditativo. O ar cheirava a terra úmida e flores silvestres, com o toque sutil de uma tempestade que ainda se formava no horizonte. Estávamos na clareira mais afastada do Clã, onde o silêncio reinava e a natureza parecia respirar junto conosco.

Lis estava à minha frente, com os cabelos prateados presos em uma trança simples e os olhos fixos nos meus. Ela segurava um bastão de madeira negra que usava como canalizador, embora eu soubesse que ela não precisava daquilo. Era mais simbólico. Uma lembrança de que até os mais poderosos às vezes precisavam de raízes para se manterem firmes.

— De novo — disse ela, firme, mas paciente.

Eu respirei fundo, sentindo o peso do cansaço acumulado. A gravidez avançava, e meu corpo começava a dar sinais claros de que não podia manter o mesmo ritmo de antes. Mas havia uma urgência latente em tudo. O tempo corria, e o mundo não esperaria por mim.

— Está tudo bem se desacelerar — Lis comentou, como se ad
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