Continuação:
Braadock o Dono do Morro estava me olhando, e Sara saiu me puxando para um canto onde ele estava sentado no sofá, rodeado de mulheres. Seu olhar era hipnótico. Ele me encarou, e sentir meu coração acelerar, que isso? - Quem é essa? ele perguntou, apontando para mim. - É Débora, irmã de Sara- Pedro respondeu. Braadock sorriu, revelando um sorriso perfeito. Seu olhar me fazia sentir vulnerável. - Vamos dançar Doida! Sara me puxou. - Não quero! estou bem aqui.- recusei. Braadock levantou-se. Seu olhar era intenso se aproximando de mim. - Você é Débora? perguntou com voz suave. - Sim! respondi tímida, mas cadê minha marra toda? - Ah! agora me lembrei, tu é aquela menina que era magrela daquela rua lá de baixo. Ele soltou um sorriso, e eu revirei os olhos e ele continuou falando. Braadock se aproximou de mim Seu hálito quente em meu rosto me fazia arrepiar. - Magrela, mas agora está uma gatinha. Fiquei desconfortável com Braadock, mas tentei manter a calma. - É um desprazer de ver de novo. - Mas o prazer é todo meu. Ele diz de uma forma debochada. Olhei ao redor e vi que a casa de Braadock esbanjava luxo. - Impressionante! tu gosta de mostrar teu poder, não é? Braadock sorriu. - Poder é algo que se exibe, não se esconde. Ele diz. - Isso é arrogância!- Retruquei levantando a sobrancelha. Ele se aproximou de mim com um olhar intenso e disse. - Tu não sabe o que é ser Poderoso. Deixe-me ensinar. - Não preciso de suas lições. E não me atraem homens que acham que podem comprar tudo. Reviro os olhos. Braadock começou a ri. - Tu é uma pequena fofoquiera. Vou gostar de domésticá-la. - Não seja grosso Cara! Sara disse. Cruzei os braços. - Não preciso de Proteção. Posso cuidar de mim mesma. Braadock sorriu provocante e disse: - Domésticá-la? Talvez tu queira mesmo ser domesticada, Débora. - Meu querido tu não é o único homem rico e poderoso desse mundo, ou melhor dessa favela. Ele se aproximou de mim com um olhar ardente. - Mas sou o único que pode oferecer o que tu deseja...e precisa. - Gente que clima é esse? Parem tá todo mundo olhando. Sara ficou no meio de nós. Plantei os pés e disse: Não preciso da tua caridade! e não me intimide. Ele riu baixo. - Intimidar? ainda nem comecei. - Braadock? Pedro diz pegando no braço dele. - Tu acha que é o Dono do mundo, não é? - E tu acha que é a rainha da moral? Lavantei a voz sendo segurada por Sara e disse. - Pelo menos não compro pessoas! Braadock deu um passo a frente. - Eu não preciso comprar! elas vêm a mim. - Para gente! Sara disse. - Tu pensa que sou igual essas aí que vão até você? pois saiba que não me impressiono com dinheiro ou poder. Digo olhando nos olhos dele. Ele sorriu, parecia intrigado. - E o que te impressiona, então? Levantei o queixo. - Respeito, honestidade. Coisas que tu não tem. Braadock franziu a testa. - Tu é corajosa, Débora. Mas isso pode ser perigoso. - Tu é perigosa, Débora. Mas eu gosto disso. - Não me subestime, Braadock. Digo cruzando os braços. - Tu é diferente, não se intimida comigo ao contrário de umas aqui que até pra falar comigo falam mansas. - Hahaha eu sei o meu valor. Cruzo os braços. - Será? vou provar que meu poder não é apenas dinheiro e influência Débora. Aqueles olhos dele, aquele sorriso...fiquei sentada e ele estava a minha frente ele fumava me olhando como se fosse me comer com os olhos, ele me olhava como se tivesse tendo pensamentos sujos comigo, até uma mulher sentar no colo dele. - Voltei amorzinho- ela disse envolvendo os braços em Braadock, mas logo me olhou. - Quem é essa? - Ela é minha irmã! Sara disse. - Nossa! estou impressionada não sabia que tinha uma irmã- ela me olhou de cima abaixo. - Mas agora sabe né meu anjo, para de ficar fingindo simpatia porque isso passou foi longe- Digo vendo o quanto aquela mulher é debochada. Decidi levantar e pegar uma cerveja, já que estou aqui não vou deixar passar, fiquei dançando como se estivesse no meu quarto e ia até no chão e rebolando com as mãos no joelho até sentir que todos os olhares estavam sobre mim. Uma mulher chegou perto de mim quase me derrubando a mesma que estava sentada no colo de Braadock. - Eu sei o que tu tá fazendo! não adianta ficar aí se mostrando o chefe é meu marido- ela diz com um tom de raiva para mim. - Hahaha como é que é? não escutei direito. Digo parando de dançar e Sara pega no meu Braço. - Vamos embora!- Débora pegou no meu braço e assim que eu dei as costas sentir um jato gelado nas minhas costas e quando virei aquela mulher estava com o copo vazio na mão, olhando pra mim com raiva. - Você quer roubar meu lugar, não é. Eu sorri desafiadora. - Não preciso roubar, e nem quero. - Tu se acha sua vadia- ela disse furiosa e minha paciência já tá se esgotando. - Débora, vamos embora. Sara saiu me puxando e eu comecei a ri e virei as costas. - Acha que pode me substituir? ela gritou. - Minha filha tu é louca? Soltei meu braço de Sara que logo me segurou. - Micaele para!- Sara disse no meio da gente. - Tu não é nada aqui!- Que mulher possessiva cara. - Não preciso provar nada para você. Digo. - Tu vai se arrepender de ter se jogado pra cima do meu homem. - Não tenho medo de você! Olhei para Braadock que permaneceu sentado, observando. - Para de caô!- Pedro saiu puxando ela e ela se soltou dele. - Não se mete nisso Pedro! Ela disse. - Tá louca e tá extrapolando. - Não sou da sua conta!- ela disse cruzando os braços. - Louca sem noção! não vou te dar esse palco por ciúmes porque se não eu te arrebentava agora- Digo virando de novo e ela veio pra cima de mim porém Pedro segurou ela mas conseguiu se soltar. - Tu acha que pode me desafiar e sair ilesa? Vou te mostrar quem eu sou aqui. Uma garrafa voo em minha direção. Eu me esquivei, mas a garrafa quebrou ao lado a música parou e todo mundo ficou olhando pra nós. O silêncio foi quebrado e Micaele avançou furiosa. - Pois saiba que sou Ousada!- gritou Micaele. Sara e Pedro tentou contê-la, mas ela se libertou eu me preparei para defender-me mas uma figura inesperada apareceu: Uma mulher alta e muito bonita.Braadock.Eu sou Wesley, conhecido como Braadock. Dono do Morro, líder absoluto. Minha palavra é lei. Tenho 25 anos, mas minha experiência de vida vale mais que a idade. Nasci e cresci aqui, lutei por tudo. Não tenho medo de nada e ninguém. Este é meu morro, minha família, minha vida. Respeito é conquistado, não dado. Quem não respeita, não fica.Eu sou o protetor deste morro, desde de quando meu pai faleceu, tive que virar homem com 15 anos e assumi a responsabilidade no mundo do crime. Minha irmã Adriana é minha única família. Juntos, nós defendemos nosso território contra todos os que ousam nos desafiar.Meu passado é marcado por dor e perda, mas também por vitórias e conquistas. Eu não sou um homem fácil de ser derrubado. Estou aqui para ficar, para liderar e proteger.Não sou um santo, sou um homem de ação. Faço o que precisa ser feito. E não me importo com o que os outros pensam.Fiz uma resenha no meu barraco pra comemorar a morte de um desafeto meu, estava rodeado de mulheres,
Braadock.Me sento em barraco, cercado pelas sombras da noite. O uísque na minha mão parecia um consolo inútil contra o incômodo que Débora me deixou. Não estou acostumado a ser ignorado, especialmente por alguém que me desafia como ela."Por que ela me afeta tanto?Penso franzindo a testa."É apenas orgulho ferido?"Me levanto e caminho até a janela, olhando para as luzes do morro. A cidade pulsava com uma energia que não consigo mais me animar. Meu pensamento esta preso em Débora: seus olhos desafiadores, seu sorriso enigmático.Ela vai se arrepender de ter brincado comigo dessa forma.- Tá com essa cara por quê? Adriana entrou no barraco.- O que faz aqui?- Eu sabia que tu tava aqui, saiu igual um doido lá de casa.- Tinha que resolver uma ideia ali.- Qual é?- Já está resolvido então tu não precisa saber.- Ui... tá frustado assim porque? é mulher.- Cala a boca! tu já viu alguma mulher me frustar?- Nunca te vi tão vulnerável.Olho feio pra ela.- Não sou vulnerável. Estou a
Continuação. Os fogos no céu anunciava uma invasão enquanto eu e Braadock estávamos ali naquele beco. - Pode me soltar! tu tá vendo vai ter uma invasão. - Não vou soltar, você me faz questionar tudo- ele diz chegando mais perto a boca dele na minha mas eu virei o rosto. - O que você fez comigo? Débora. Você me fez sentir de novo. - Eu não quero nada com você. Agora Salta-me! De repente, uma explosão ecoa pelo beco. - A invasão começou, precisamos sair daqui. Ele pegou na minha mão. - E pra onde? Aperto a mão dele recuando. - Confia em mim! ele saiu me puxando para uma ruela adjacente, enquanto os tiros ecoavam e o radinho que ele tava na cintura não parava de apitar. Ele me puxou para dentro de uma casa abandonada e ficamos escondidos enquanto o desafetos dele passavam, nosso corpo ficou colado contra a parede, enquanto ele vigiava com a arma na mão, os passos dos invasares se afastavam, Braadock relaxou um pouco mas não soltou minha mão. - Tudo limpo! Ele sussurro
Braadock. - Ele tá na salinha!- Pedro diz me conduzindo até lá.- Ainda bem que tu é meu braço direito! bom trabalho- Bato no ombro dele.Eu estava puto de raiva o por que deles ter feito essa chacina na minha quebrada, matou gente inocente a troco de quê?- Ah ele veio! o cara disse amarrado.- Eu vim pessoalmente pra te fazer pagar!- Hahaha ele riu cuspindo sangue.- Você acha graça? Vai achar quando teu corpo estiver pendurado no topo da favela. Digo furioso.- Quem te mandou aqui?- pergunto.- Você nunca vai descobrir, quem mandou.- Você vai falar por bem ou te farei falar por mal. Coloquei a arma na cabeça dele.- Nunca. Tu nunca vai fazer eu falar.- É isso que vamos ver!- Mostra pra ele irmão, não vamos deixar impune o que ele fez na nossa quebrada. Pedro diz.- Vai falar quem mandou, e o porque não deixaram passar nem os inocentes.- Nunca! eu morro mas não vou falar Braadock. Ele gritou.- Morrer? tu vai deseja morrer. Solto um sorriso cruel.- Pedro aumente a pressão.-
Débora. Para mim isso tudo é devastador esse luto na favela me enche de gatilhos. Já tinha passado uma semana e Pedro havia me dito que Braadock pagou todos os custos de todos os funeral que teve na favela fora que ajudou uns moradores essa atitude dele me impressionou nunca imaginei que o grande Braadock fosse dessa forma seria muita hipocrisia da minha parte não agradecer a ele. - Vai sair? Sara perguntou se arrumando para o trabalho. - Vou ver se consigo um emprego. - Já falou com sua avó? - Sim! ela está bem, não sei o que aconteceu mas o tratamento dela foi todo pago. Não sei o que dizer. - Então... Sara tava hesitante em falar. - Que foi? fala menina. - Pedro me disse que foi Braadock, ele se sentiu culpado por fazer aquilo contigo. Meu Deus, como posso odiá-lo? Sua bondade me faz questionar tudo é como se ele tivesse duas faces. Será que eu julguei errado? - Acho que a consciência pesou, ele sabe que agiu como criança. - Não sei porque vocês são desse jeito, quando
Continuação...- Já que estamos sozinhos, quero te agradecer por pagar todo o tratamento da minha avó. Digo colocando o tal presente dele na sacola, fiquei esperando uma resposta dele mas ele apenas sorriu e disse:- Você não precisa agradecer, Débora- ele disse olhando dentro dos meus olhos.Eu sentir meu coração derreter com suas palavras e de repente me sentir atraída por ele de uma forma que nunca sentir antes. Será se estou no período fértil né possível.Eu observei Braadock, e notei que ele estava agindo de forma muito diferente do que eu havia visto antes. No dia da invasão, ele havia sido tão intenso, tão apaixonado, e havia dito coisas que me haviam deixado sem fôlego."Você me faz sentir diferente, Débora", ele havia dito, olhando para mim com um olhar que parecia ver além da minha alma.Mas agora, ele parecia... distante. Ele sorriu para mim, mas foi um sorriso superficial, sem aquele brilho intenso que eu havia visto antes. Eu não sabia o que pensar, ou o que sentir. Mas e
Débora.Eu ainda estava atordoada enquanto fechava a loja. O beijo de Braadock não saía da minha mente. De repente, ouvi uma voz familiar."Débora?"Era Caio, meu ex-namorado. A surpresa me pegou de jeito.- O que você está fazendo aqui? perguntei, perguntei passando por ele.Caio sorriu ironicamente. - Ainda está com raiva?Minha raiva ressurgiu. - Você acha que é só raiva? Você me traiu com minha melhor amiga! Um beijo não é apenas um beijo, Caio. É traição.- Eu vim para consertar as coisas, estou com Saudade. Ele disse me parando bem no meio da pracinha do Morro e todo mundo olhando.- Quer voltar? depois de tudo que me fez? Perguntei incrédula.- Eu sei que errei. Eu estava perdido, mas agora entendi o meu erro. Eu te amo, Débora.Cruzei os braços firme.- Não tem mais volta, você quebrou tudo quando me traiu.- Você nunca me perdoo né? Sempre foi fria, distante. Eu precisava de amor e carinho...e você não deu. Ele disse apontando para meu peito e eu bati na mão dele.- Não cu
Braadock.- Não vou participar disso! Adriana andava pela casa enquanto eu ia atrás dela.- Você não vai ajudar seu irmão? - De novo isso? não quero participar dessa patifaria- Mas eu realmente, quer dizer...tô gostando dela.- Braadock meu irmão, a gente não pode brincar com os sentimentos das pessoas.- Eu só tô pedindo para você contratar ela, eu pago.- Tem algum propósito por trás disso? Você não pode comprar sentimentos Braadock.Ri irônico.- E desde quando você se importa com o certo, Adriana? Cruzei os braços esperando a resposta.Adriana cruzou os braços com uma expressão severa.- Espero que sua intenção seja apenas ajudar a menina, mas pelo visto você quer algo a mais...tô errada?- Deixa baixo essa parte! Só quero protegê-la de qualquer perigo. Adriana erguei a sobrancelha.- Proteger? ou possuir?Eu fiquei em silêncio, e Adriana saiu com a cara fechada mas eu sei que ela vai contratar Débora. Eu vou ter essa mulher pra mim, a fama de fria e com a personalidade forte