A chama que não se apaga

Braadock.

Me sento em barraco, cercado pelas sombras da noite. O uísque na minha mão parecia um consolo inútil contra o incômodo que Débora me deixou. Não estou acostumado a ser ignorado, especialmente por alguém que me desafia como ela.

"Por que ela me afeta tanto?

Penso franzindo a testa.

"É apenas orgulho ferido?"

Me levanto e caminho até a janela, olhando para as luzes do morro. A cidade pulsava com uma energia que não consigo mais me animar. Meu pensamento esta preso em Débora: seus olhos desafiadores, seu sorriso enigmático.

Ela vai se arrepender de ter brincado comigo dessa forma.

- Tá com essa cara por quê? Adriana entrou no barraco.

- O que faz aqui?

- Eu sabia que tu tava aqui, saiu igual um doido lá de casa.

- Tinha que resolver uma ideia ali.

- Qual é?

- Já está resolvido então tu não precisa saber.

- Ui... tá frustado assim porque? é mulher.

- Cala a boca! tu já viu alguma mulher me frustar?

- Nunca te vi tão vulnerável.

Olho feio pra ela.

- Não sou vulnerável. Estou apenas...refletindo.

- Refletindo sobre Débora?

Adriana arquea a sobrancelha.

- O que tu sabe sobre ela?

- Só que ela não é igual as outras. Ela tem fogo nos olhos hahah. Ela dá de ombros sorrindo.

- Esse fogo vai queimar ela mesma.

- Pirou de vez? quando uma mulher diz " Não" é não, pelo amor de Deus não seja um crápula.

- Não vou obriga-la a nada! vou apenas ensinar uma lição pra ela, por ter me enganado.

- Mas o que ela fez?

[...]

- Hahaha hahaha não acredito, essas é das minhas. Adriana não parava de ri.

- Para de caô! tá curtindo com minha cara.

- Ela bem corajosa meu irmão!

- Por isso mesmo, ela vai aprender que não sou muleque.

- Não seja assim Braadock. Isso vai longe demais.

- Ninguém me humilha impunemente. Endureço o olhar.

- Tá perdendo o controle. Adriana abre a porta do barraco pra sair.

- Controle? eu sou o controle.

Começo a ri sarcástico.

No dia seguinte bem cedo.

Estava a frente do supermercado do Morro, ainda não estava aberto mas dei um toque em Pedro.

- Tem certeza? Pedro perguntou assim que viu o sr.Oliveira dono do supermercado.

- O que traz você aqui? Braadock. Ele me olhou nervoso, e Pedro saiu puxando ele para dentro do supermercado e fechou a porta.

- Quero que faça uma coisa pra mim. Digo com um tom ameaçador.

- O que posso fazer? ele estava se tremendo de medo.

- Tu tem o prazo de até amanhã, para demitir uma funcionária por nome "Débora".

- Mas ela é uma funcionária exemplar porque...

Interrompo ele.

- Se ela não for demitida, seu supermercado vai sofrer consequências.

- O que vai fazer?

- Não queira saber. Solto um sorriso sinistro e ele ficou com medo.

Débora Narrando.

O despertador tocou e eu me levantei logo em seguida, tomei banho mesmo com frio vestir o uniforme do trabalho e então fui no quarto de Sara e vi que ela não estava lá, então seguir meu caminho até o trabalho quando chego bem na porta vejo Braadock saindo de lá rodeado de seguranças ele não viu que estava chegando e logo me escondi esperando ele sair logo de lá.

- Bom dia gente! As funcionária começaram a cochicha entre si.

Logo Sr.Oliveira me chamou.

- O que houve sr.Oliveira?

- Infelizmente preciso demiti-la. Ele respondeu sem olhar para mim.

- Por quê? O que eu fiz. Fiquei atortoada.

- Problemas administrativos...Não há outra opção.

- Sr.Oliveira eu trabalho aqui desde de quando esse supermercado veio pro Morro, o senhor sabe o porque não posso ficar desempregada se eu fiz algo me desculpa mas eu realmente preciso desse emprego me dá desconto. Comecei a tremer a chorar.

- Infelizmente não posso fazer nada Débora, eu sei que tu é uma ótima funcionária por isso vou te dar uma carta de recomendação. Ele falou tão frio e eu não disse mais nada e peguei minhas coisas e sair desvastada e Sara me encontrou no meio do caminho.

- O que foi? alguém mexeu contigo? Sara me olhava de cima abaixo.

- Fui demitida, o que vou fazer agora Sara? como vou pagar o tratamento da minha avó.

- Mas como? do nada.

- Eu até implorei, não é bem por mim tu sabe é por ela, ela é a única família que tenho por parte de pai e eu não sei nada sobre ele, ele deixou eu e ela sozinha a gente só temos uma a outra eu só vim pro Morro pra poder ter uma vida diferente há dois anos atrás.

- Vamos dar um jeito- Sara me abraçou.

- Como, quem vai me contratar? Comecei a chorar o desespero tomou conta de mim.

Cheguei em casa e contei para minha mãe, ela tentou me acalmar mas eu não conseguia tomei banho e fiquei com aquilo na cabeça então decidir sair para refrescar a cabeça mas já era 1 da manhã e eu precisava chorar em outro lugar tava andando pela rua até chegar na pracinha mas como estava lotada de gente resolvi cortar o caminho e estava passando por um beco.

- Olha quem está passando por aqui. Braadock disse assim que a gente se encontrou.

- Não tô afim de discutir- digo passando por ele e ele pega na minha mão.

- E quem disse que a gente vai discutir. Ele me puxa mas eu não conseguir controlar minha tristeza por estar desempregada e comecei a chorar.

- Só me deixa tá bom!- digo aos prantos e ele ficou surpreso.

- Eu...eu não estou bem eu perdir meu emprego agora como vou ajudar minha avó- digo chorando.

- Porque tô contando isso pra ti, pensando bem eu te vi lá tu está por trás disso não esta?

- Eu? não sei do que tu ta falando, tá chapando.

- Não minta! Eu sei que tu tá por trás disso. Por quê? Empurro ele.

- Talvez porque você me desafiou e me enganou.

- Você é cruel! minha avó precisa de mim.

- Essa foi a consequência por brincar comigo. Ele disse frio e sério.

- Você não tem coração? Comecei a chorar sem parar.

- Realmente você é o que os outros diz, frio e sem emoção e tu conseguiu, tu ganhou Braadock essa foi minha punição por " Brincar" com você, foi um desprazer te conhecer eu não quero nunca mais ter que te ver. Ele ficou parado com uma expressão indecifrável enquanto eu olhava para ele.

- Minha intenção não era essa. Débora eu só queria...

- Queria o quê? Controlar tudo, fazer com que tudo fosse a seu favor.

- Sim... não sei viver de outro jeito. Ele gritou.

- Eu queria te ensinar uma lição.

- Lição? cara tu é cruel e manipulador.

- Olha quem fala! tu é a culpada não aceito quem brinque comigo.

- Um não é culpa minha? você não aceita um não, que desprezível.

- Não! eu não aceito um não, fui criado dessa forma.

Ele deu um passo a frente seus olhos ardente sobre mim me fez recuar naquele beco escuro e do nada ele me agarrou colando meu corpo ao dele.

- Solta-me! você é louco?

- Não vou soltar! vai fazer o que agora Débora, me mostra o que tu faz com quem te desafia- ele diz ofegante.

Tentei me soltar mais ele é mais forte que eu, e eu sentir o respirar dele no meu meu coração acelerou e eu sentia borboletas no estômago até fogos no céu anunciar uma invasão.

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