Continuação.
Os fogos no céu anunciava uma invasão enquanto eu e Braadock estávamos ali naquele beco. - Pode me soltar! tu tá vendo vai ter uma invasão. - Não vou soltar, você me faz questionar tudo- ele diz chegando mais perto a boca dele na minha mas eu virei o rosto. - O que você fez comigo? Débora. Você me fez sentir de novo. - Eu não quero nada com você. Agora Salta-me! De repente, uma explosão ecoa pelo beco. - A invasão começou, precisamos sair daqui. Ele pegou na minha mão. - E pra onde? Aperto a mão dele recuando. - Confia em mim! ele saiu me puxando para uma ruela adjacente, enquanto os tiros ecoavam e o radinho que ele tava na cintura não parava de apitar. Ele me puxou para dentro de uma casa abandonada e ficamos escondidos enquanto o desafetos dele passavam, nosso corpo ficou colado contra a parede, enquanto ele vigiava com a arma na mão, os passos dos invasares se afastavam, Braadock relaxou um pouco mas não soltou minha mão. - Tudo limpo! Ele sussurrou olhando dentro dos meus olhos. Sentir um arrepio percorrendo meu corpo. - O que você quer de mim Braadock? Ele hesitou. - Agora, quero apenas te proteger. Sentir meu coração acelerar novamente. - Não quero ser sua proteção. Ele pegou no meu queixo fazendo-me olhar para ele. - Agora já é tarde, você está sob minha proteção agora. A gente ficamos nos olhando por um segundo. Até que um barulho do lado de fora quebrou o silêncio. Braadock tensou, olhando rapidamente em direção ao barulho e seu olhar intensificou para mim. - Não se mexa! ele olhava para fora e depois ele me puxou pela mão saindo da casa rapidamente. - Vamos sair daqui, já acionei Pedro pelo rádio. Enquanto eu corria ao lado dele, ouvi tiros e gritos e logo vi um cara matando o outro na minha frente eu fiquei apavorada Braadock reagiu rapidamente trocando tiro com aquele cara com precisão mortal. Seus movimentos eram rápidos e seguros. - Corra! ele gritou empurrando-me para outro beco vindo junto comigo enquanto cobria minha retaguarda, de repente ele me puxou para dentro de um beco estreito. - Aqui ! ele disse ofegante. Radinho: Braadock: Passa a visão? Pedro: Estão recuando, mas pegamos o chefe deles. Braadock: Vou subir Pedro: Tô te esperando aqui. Radinho desligado. - Não, tu viu? ele matou um cara. Digo me tremendo segurando na mão dele. - Fica calma Débora! não vai acontecer nada, fica atrás de mim. Ele apertou minha mão e saiu me puxando a cena era tipo filme de terror! sangue escorria sobre a rua os moradores jogavam água na calçada, uns moradores olhavam para gente curiosos ao ver a gente de mãos dadas. Braadock não soltava minha mão enquanto dava ordens pelo radinho, eu estava apavorada e com medo sentia falta de ar na minha mente vinha aquele homem matando o outro o olhar dele me olhando. Eu parei e fechei os olhos e comecei a tremer e chorar. Braadock parou e ficou me olhando. - Já passou! ele tocou no meu ombro olhando dentro dos meus olhos, mas ainda estávamos de mãos dadas. - Vamos? Enxuguei minhas lágrimas e fui com ele assim que chegamos na biqueira onde estava o tal desafeto dele Adriana e Micaele vieram correndo e eu soltei a mão dele. - Graças a Deus- Adriana abraçava Braadock. - Meu amor eu estava tão preocupada. Ela disse abraçando e beijando ele. - Micaele menos!- ele a afastou dele e ela ficou me olhando. - O que ela faz aqui? apontou para mim raivosa. - Agora não é hora Micaele!- Adriana disse autoritária e eu ainda estava apavorada. - Está tudo bem?- Adriana veio até mim e eu apenas chorei. - Cuida dela!- Braadock disse saindo enquanto Adriana me conduzia até a casa deles sob a reprovação de Micaele que foi junto com eles. [...] - Calma! já passou- ela diz me dando um copo com água. - Eu nunca presenciei algo tão macabro e frio. - Isso para mim é normal, mas antes eu fiquei igual você- Ela sentou do meu lado e então fiquei observando a casa deles era grande e tinha várias fotos de Braadock, a irmã e tinha outro cara mas espera! o rosto dele não é estranho. Confusa sentir uma forte dor de cabeça e do nada veio um flash na minha cabeça o rosto dele. - Quem é ele? - É nosso pai! é a única foto que temos dele, então Braadock guarda com muito carinho, mas por que a pergunta? - Nada, foi apenas curiosidade. Adriana muito obrigada por me acolher mas eu já vou indo. - Não vai esperar Braadock? - Acho melhor não, diz pra ele que agradeço por ele me proteger na invasão, mas nada mudará o que ele fez. - O que ele fez? ela segurou na minha mão curiosa. - Pergunte a ele, ele vai saber te responder. Saio da casa de Braadock e fiquei assustada pela cena que eu via a cada rua que eu passava tinha corpos no chão me arrepiei inteira estava entrando na rua de casa quando vi um corpo no chão me aproximei dele e para mim foi um baque. - Não...não pai. Me ajoelhei perto do corpo e com as mãos tremendo o viro e quando vi sentir como se me faltasse ar, eu gelei dos pés a cabeça eu comecei a gritar e chorar, segurei a mão dele. - Pai? não pode ser. Sara e minha mãe vieram correndo. - Débora, não! Oh Deus! minha mãe veio desesperada e gritando. - Pai, não pode ser! Sara diz se ajoelhando perto do corpo. - Quem fez isso? Por quê? Minha mãe chorava. - Eu perdi minha mãe, meu pai foi embora e agora eu perdi meu pai adotivo- eu disse chorando, por mais que ele era um escroto com minha mãe ele não merecia aquele fim. Minha mãe desmaiou e ali na favela estava um caos gritos, choros e desespero ecoava ali, me fez acender um trauma de infância na qual não me lembro muito mas me faz tremer e me faz lembrar do dia em que eu me vi sozinha em um quarto escuro, procurava por minha mãe e não via ela depois disso lembrei do pai me deixando com minha avó mas não lembrava do seu rosto era como uma sombra eu me sentir sufocada naquele momento e desmaiei.Braadock. - Ele tá na salinha!- Pedro diz me conduzindo até lá.- Ainda bem que tu é meu braço direito! bom trabalho- Bato no ombro dele.Eu estava puto de raiva o por que deles ter feito essa chacina na minha quebrada, matou gente inocente a troco de quê?- Ah ele veio! o cara disse amarrado.- Eu vim pessoalmente pra te fazer pagar!- Hahaha ele riu cuspindo sangue.- Você acha graça? Vai achar quando teu corpo estiver pendurado no topo da favela. Digo furioso.- Quem te mandou aqui?- pergunto.- Você nunca vai descobrir, quem mandou.- Você vai falar por bem ou te farei falar por mal. Coloquei a arma na cabeça dele.- Nunca. Tu nunca vai fazer eu falar.- É isso que vamos ver!- Mostra pra ele irmão, não vamos deixar impune o que ele fez na nossa quebrada. Pedro diz.- Vai falar quem mandou, e o porque não deixaram passar nem os inocentes.- Nunca! eu morro mas não vou falar Braadock. Ele gritou.- Morrer? tu vai deseja morrer. Solto um sorriso cruel.- Pedro aumente a pressão.-
Débora. Para mim isso tudo é devastador esse luto na favela me enche de gatilhos. Já tinha passado uma semana e Pedro havia me dito que Braadock pagou todos os custos de todos os funeral que teve na favela fora que ajudou uns moradores essa atitude dele me impressionou nunca imaginei que o grande Braadock fosse dessa forma seria muita hipocrisia da minha parte não agradecer a ele. - Vai sair? Sara perguntou se arrumando para o trabalho. - Vou ver se consigo um emprego. - Já falou com sua avó? - Sim! ela está bem, não sei o que aconteceu mas o tratamento dela foi todo pago. Não sei o que dizer. - Então... Sara tava hesitante em falar. - Que foi? fala menina. - Pedro me disse que foi Braadock, ele se sentiu culpado por fazer aquilo contigo. Meu Deus, como posso odiá-lo? Sua bondade me faz questionar tudo é como se ele tivesse duas faces. Será que eu julguei errado? - Acho que a consciência pesou, ele sabe que agiu como criança. - Não sei porque vocês são desse jeito, quando
Continuação...- Já que estamos sozinhos, quero te agradecer por pagar todo o tratamento da minha avó. Digo colocando o tal presente dele na sacola, fiquei esperando uma resposta dele mas ele apenas sorriu e disse:- Você não precisa agradecer, Débora- ele disse olhando dentro dos meus olhos.Eu sentir meu coração derreter com suas palavras e de repente me sentir atraída por ele de uma forma que nunca sentir antes. Será se estou no período fértil né possível.Eu observei Braadock, e notei que ele estava agindo de forma muito diferente do que eu havia visto antes. No dia da invasão, ele havia sido tão intenso, tão apaixonado, e havia dito coisas que me haviam deixado sem fôlego."Você me faz sentir diferente, Débora", ele havia dito, olhando para mim com um olhar que parecia ver além da minha alma.Mas agora, ele parecia... distante. Ele sorriu para mim, mas foi um sorriso superficial, sem aquele brilho intenso que eu havia visto antes. Eu não sabia o que pensar, ou o que sentir. Mas e
Débora.Eu ainda estava atordoada enquanto fechava a loja. O beijo de Braadock não saía da minha mente. De repente, ouvi uma voz familiar."Débora?"Era Caio, meu ex-namorado. A surpresa me pegou de jeito.- O que você está fazendo aqui? perguntei, perguntei passando por ele.Caio sorriu ironicamente. - Ainda está com raiva?Minha raiva ressurgiu. - Você acha que é só raiva? Você me traiu com minha melhor amiga! Um beijo não é apenas um beijo, Caio. É traição.- Eu vim para consertar as coisas, estou com Saudade. Ele disse me parando bem no meio da pracinha do Morro e todo mundo olhando.- Quer voltar? depois de tudo que me fez? Perguntei incrédula.- Eu sei que errei. Eu estava perdido, mas agora entendi o meu erro. Eu te amo, Débora.Cruzei os braços firme.- Não tem mais volta, você quebrou tudo quando me traiu.- Você nunca me perdoo né? Sempre foi fria, distante. Eu precisava de amor e carinho...e você não deu. Ele disse apontando para meu peito e eu bati na mão dele.- Não cu
Braadock.- Não vou participar disso! Adriana andava pela casa enquanto eu ia atrás dela.- Você não vai ajudar seu irmão? - De novo isso? não quero participar dessa patifaria- Mas eu realmente, quer dizer...tô gostando dela.- Braadock meu irmão, a gente não pode brincar com os sentimentos das pessoas.- Eu só tô pedindo para você contratar ela, eu pago.- Tem algum propósito por trás disso? Você não pode comprar sentimentos Braadock.Ri irônico.- E desde quando você se importa com o certo, Adriana? Cruzei os braços esperando a resposta.Adriana cruzou os braços com uma expressão severa.- Espero que sua intenção seja apenas ajudar a menina, mas pelo visto você quer algo a mais...tô errada?- Deixa baixo essa parte! Só quero protegê-la de qualquer perigo. Adriana erguei a sobrancelha.- Proteger? ou possuir?Eu fiquei em silêncio, e Adriana saiu com a cara fechada mas eu sei que ela vai contratar Débora. Eu vou ter essa mulher pra mim, a fama de fria e com a personalidade forte
Débora.Acordo com o sol na minha cara e automaticamente me cubro com a coberta. Mas logo me dou conta: "Meu Deus, tô atrasada!"Sento na cama, olhando ao redor do quarto, e lembranças da noite passada invadem minha mente. Quando olho para o banheiro, Braadock sai somente de toalha. Eu me cubro da cabeça aos pés.- Está se escondendo por quê? Tudo que eu tinha que ver, eu vi ontem!Braadock puxa a coberta.- Para! Meu Deus, que vergonha! digo, sem saber como reagir.Flashs da noite anterior invadem minha mente.- Fica de boa, Débora. Você não está atrasada, hoje é sábado. Adriana não trabalha aos sábados- diz Braadock, tentando me acalmar.- E sobre ontem? pergunto, ainda confusa.- O que, que tem? - Como assim? a gente...você sabe.- Normal! homens e mulheres fazem isso- ele começou a ri.- Oh graça! eu sei que homens e mulheres fazem isso, eu querendo dizer como vai ficar agora? não vou ser marmita de ninguém. Insisto.- Você não vai ser marmita de ninguém Débora. Eu não quero isso
Continuação.Débora.Eu encarei Braadock de longe e ele não me viu, ah ele está brincando com fogo ele pensa que vou fazer barraco aqui? ele nem imagina o que o aguarda porque homens assim eu mato na unha. Eu e Sara entramos e Pedro olhou para a gente avisando para Braadock sobre nossa presença eu cheguei bem plena na mesa deles e Braadock ficou me olhando com cara de Deboche como se quisesse me provocar mas eu não sei brincar, na festa tinha muita gente a metade acho que era aliado deles e tinha um que me interessou ele estava lá na frente de Braadock fumando reparei que ele me olhou de canto de olho, baldes e baldes de cerveja vinha para nossa mesa.- Vamos dançar? Adriana puxou-me.Levantei e fui para a pista dançar e começou a tocar um funk antigo aquele que é assim." Eu...parado no bailão, ela com o popozão no chão"Na batida daquele funk eu rebolava a bunda e reparei que aquele mesmo cara que estava na mesa junto com a gente estava me olhando. Até tocar outro funk antigo." Ela
Braadock. Na manhã seguinte, depois da primeira ficada entre Braadock e Débora. O sol entra pelo quarto, iluminando tudo. Eu abro os olhos, surpreso. Não houve pesadelos, Não houve gritos, Não houve dor. Apenas silêncio e Débora ao meu lado, respirando suavemente. Até escutar uma gritaria lá embaixo. Lavantei rapidamente e sair do quarto, encontrando Micaele já na porta com os olhos vermelhos de chorar. - O que está fazendo aqui? perguntei segurando seu braço. - O que eu faço aqui? essa piranha passou a noite contigo- ela disse nervosa e chorando. - O que eu te avisei? qual foi nosso combinado Micaele? - Com ela não, não vou suportar ver ela do seu lado, pagando de sua mulher. Ela respondeu soluçando. - Não testa minha paciência, a gente conversamos bastante esses dias sobre isso. Dias anteriores. Eu e Micaele estávamos vindo do supermercado e eu não parava de pensar em Débora, e em tudo que Pedro descobriu sobre ela. - Micaele você me ama? perguntei assim que cheg