Débora.Eu ainda estava atordoada enquanto fechava a loja. O beijo de Braadock não saía da minha mente. De repente, ouvi uma voz familiar."Débora?"Era Caio, meu ex-namorado. A surpresa me pegou de jeito.- O que você está fazendo aqui? perguntei, perguntei passando por ele.Caio sorriu ironicamente. - Ainda está com raiva?Minha raiva ressurgiu. - Você acha que é só raiva? Você me traiu com minha melhor amiga! Um beijo não é apenas um beijo, Caio. É traição.- Eu vim para consertar as coisas, estou com Saudade. Ele disse me parando bem no meio da pracinha do Morro e todo mundo olhando.- Quer voltar? depois de tudo que me fez? Perguntei incrédula.- Eu sei que errei. Eu estava perdido, mas agora entendi o meu erro. Eu te amo, Débora.Cruzei os braços firme.- Não tem mais volta, você quebrou tudo quando me traiu.- Você nunca me perdoo né? Sempre foi fria, distante. Eu precisava de amor e carinho...e você não deu. Ele disse apontando para meu peito e eu bati na mão dele.- Não cu
Braadock.- Não vou participar disso! Adriana andava pela casa enquanto eu ia atrás dela.- Você não vai ajudar seu irmão? - De novo isso? não quero participar dessa patifaria- Mas eu realmente, quer dizer...tô gostando dela.- Braadock meu irmão, a gente não pode brincar com os sentimentos das pessoas.- Eu só tô pedindo para você contratar ela, eu pago.- Tem algum propósito por trás disso? Você não pode comprar sentimentos Braadock.Ri irônico.- E desde quando você se importa com o certo, Adriana? Cruzei os braços esperando a resposta.Adriana cruzou os braços com uma expressão severa.- Espero que sua intenção seja apenas ajudar a menina, mas pelo visto você quer algo a mais...tô errada?- Deixa baixo essa parte! Só quero protegê-la de qualquer perigo. Adriana erguei a sobrancelha.- Proteger? ou possuir?Eu fiquei em silêncio, e Adriana saiu com a cara fechada mas eu sei que ela vai contratar Débora. Eu vou ter essa mulher pra mim, a fama de fria e com a personalidade forte
Débora.Acordo com o sol na minha cara e automaticamente me cubro com a coberta. Mas logo me dou conta: "Meu Deus, tô atrasada!"Sento na cama, olhando ao redor do quarto, e lembranças da noite passada invadem minha mente. Quando olho para o banheiro, Braadock sai somente de toalha. Eu me cubro da cabeça aos pés.- Está se escondendo por quê? Tudo que eu tinha que ver, eu vi ontem!Braadock puxa a coberta.- Para! Meu Deus, que vergonha! digo, sem saber como reagir.Flashs da noite anterior invadem minha mente.- Fica de boa, Débora. Você não está atrasada, hoje é sábado. Adriana não trabalha aos sábados- diz Braadock, tentando me acalmar.- E sobre ontem? pergunto, ainda confusa.- O que, que tem? - Como assim? a gente...você sabe.- Normal! homens e mulheres fazem isso- ele começou a ri.- Oh graça! eu sei que homens e mulheres fazem isso, eu querendo dizer como vai ficar agora? não vou ser marmita de ninguém. Insisto.- Você não vai ser marmita de ninguém Débora. Eu não quero isso
Continuação.Débora.Eu encarei Braadock de longe e ele não me viu, ah ele está brincando com fogo ele pensa que vou fazer barraco aqui? ele nem imagina o que o aguarda porque homens assim eu mato na unha. Eu e Sara entramos e Pedro olhou para a gente avisando para Braadock sobre nossa presença eu cheguei bem plena na mesa deles e Braadock ficou me olhando com cara de Deboche como se quisesse me provocar mas eu não sei brincar, na festa tinha muita gente a metade acho que era aliado deles e tinha um que me interessou ele estava lá na frente de Braadock fumando reparei que ele me olhou de canto de olho, baldes e baldes de cerveja vinha para nossa mesa.- Vamos dançar? Adriana puxou-me.Levantei e fui para a pista dançar e começou a tocar um funk antigo aquele que é assim." Eu...parado no bailão, ela com o popozão no chão"Na batida daquele funk eu rebolava a bunda e reparei que aquele mesmo cara que estava na mesa junto com a gente estava me olhando. Até tocar outro funk antigo." Ela
Braadock. Na manhã seguinte, depois da primeira ficada entre Braadock e Débora. O sol entra pelo quarto, iluminando tudo. Eu abro os olhos, surpreso. Não houve pesadelos, Não houve gritos, Não houve dor. Apenas silêncio e Débora ao meu lado, respirando suavemente. Até escutar uma gritaria lá embaixo. Lavantei rapidamente e sair do quarto, encontrando Micaele já na porta com os olhos vermelhos de chorar. - O que está fazendo aqui? perguntei segurando seu braço. - O que eu faço aqui? essa piranha passou a noite contigo- ela disse nervosa e chorando. - O que eu te avisei? qual foi nosso combinado Micaele? - Com ela não, não vou suportar ver ela do seu lado, pagando de sua mulher. Ela respondeu soluçando. - Não testa minha paciência, a gente conversamos bastante esses dias sobre isso. Dias anteriores. Eu e Micaele estávamos vindo do supermercado e eu não parava de pensar em Débora, e em tudo que Pedro descobriu sobre ela. - Micaele você me ama? perguntei assim que cheg
Débora.Os meses iam se passando e eu me sentia tão gratificada, eu tenho um namorado incrível e agora sou madrinha do meu sobrinho, as coisas no Morro estava tranquilo continuei trabalhando com Adriana me sinto mais próxima dela ultimamente e Braadock é tão bom me surpreendeu. Estava na loja colocando as roupas no cabide quando alguém jogou uma pedra que quebrou o vidro da frente, levei um susto tão grande e fui ver o quem era, e a Pedra estava com um papel amarrado nele, peguei aquela pedra do chão meia receiosa desamarrei e abrir e nele dizia:“ Cuidado! Você está perto de cair numa armadilha”Comecei a me tremer inteira e Adriana entrou correndo na loja e me viu paralisada.- Débora? Você está bem. Ela chegou perto de mim e viu o bilhete.- O que é isso?- Não sei! -Ele não me deixa ser feliz! Não basta tudo o que aconteceu. Pensei falando alto.-Débora? Ele quem, isso não deve ser nada- Adriana tomou o bilhete da minha mãe e eu ainda estava paralisada.- Adriana eu posso ir pr
Braadock Narrando. O olhar de Débora me fazia questionar tudo sobre a nossa relação e sobre mim mesmo. Eu não conseguia parar de pensar nela, mesmo quando estava ocupado com outras coisas. E agora, ver ela frágil e vulnerável me fez questionar se realmente é a pessoa que eu pensei que ela era. Será que eu estou vendo apenas o que quero ver? Por que o destino teve que cruzar nossos caminhos justamente agora, quando eu estava começando a superar o passado? Por que ela tinha que ser filha dele? Me vejo dividido entre o amor que sinto por ela e a razão que me diz que ela é filha do homem que causou tanto sofrimento para mim e minha família. Não posso esquecer o quanto o pai dela nos fez sofrer. A dor e a raiva ainda estão frescas em minha mente. Devo fazer ele sofrer pelo que fez com meu pai? Ou devo seguir meu coração e dar uma chance ao amor que sinto por Débora? A mente está uma confusão intensa, não consigo dormir a noite só de imaginar o que vem pela frente, depois que saímos dei
Continuação. Olhando eles ali juntos, parece que queriam minha cabeça eu sentia meu coração se despedaçando a cada palavra que saia da boca de Braadock e naquele instante me vinha um sentimento que eu havia sentido anos atrás quando vi meu pai matar minha mãe na minha frente, e novamente eu estava pagando por algo não fiz minha mãe morreu por mim e eu morrerei por meu pai. - Faça o que tem que ser feito!- Eu disse com lágrimas caindo sendo totalmente pressionada. Braadock me olhava com incerteza e raiva, ele trincava o maxilar e fechava os punhos e andava de um lado para o outro, me pegou pelo braços e jogou gasolina em toda a casa que a gente planejou com tanto carinho e amor, se é que era amor ele me ameaçava e mandava eu chamar meu pai, mas como vou chamar alguém na qual fujo por 10 anos? Ele me levou para fora da casa e tinha muita gente do lado de fora. Aquele olhar era de raiva dirigido a mim. Ele nem mesmo me ouviu. Quem é esse homem? Realmente me enganei ao escolhê-lo.