Dois meses mais tarde, Alex veio ao mundo. O bebê nasceu forte e saudável. -Se parece muito com o papai. - Alberto sussurrou o pegando no colo. - o bebê havia acordado chorando. - Shhh Shhh - balançou levemente, o posicionando em posição vestical em seu peito. Depois da hora de ouro Clara caiu em um sono profundo. Seu parto havia sido normal, mas estava exausta devido a todo esforço que fizera para dar a luz. Estava ninando o bebê quando se virou, seus olhos encontraram os dela. Ela estava os observando. -Como se sente amor? - Se aproximou, com uma das mãos acariciou os cabelos da testa dela. Ela deu um sorriso que se expandiu para uma risada involuntária. -O que foi? - ficou olhando para ela. -Sua pergunta... é engraçada - ela estendeu os braços fazendo menção de que queria pegar o bebê. -O quê tem de engraçado na minha pergunta? - perguntou ele enquanto entregava com cuidado e delicadeza Alex para a mãe. -Me sinto como se tivesse sido surrada, meu corpo dói. - o
-Como vou fazer pra me livrar desse problema?- A pergunta de Alberto vagou no ar e ecoou por aquela enorme sala de escritório. -É meu caro, dessa vez, você vai ter que pensar rápido. - Fernando respondeu depois de alguns minutos. -Eu tenho que encontrar uma solução urgentemente, e regularizar tudo, caso contrário, esse contrato vai me prejudicar. Alberto estava enfrentando um grande dilema, ou cumpria esse comtrato ou pagava uma multa milionária, e na pior das hipóteses ele teria que liquidar a sua empresa. Mas essa última, não era nem cogitada, não era uma opção. Ele jamais se desfaria da sua amada empresa. -Eu tenho certeza que Tomaz está por trás disso tudo. - fez uma pausa e sentou na cadeira e continuou.- Tudo isso , só porque eu e nenhum dos sócios cedemos aos seus caprichos. -É, mas agora ele conseguiu te encurralar. - Fernando se levantou e caminhou até a outra parede do escritório, para pegar uma bebida. - E pior, como é que iríamos imaginar que ele teria coragem de
Durante a tarde tudo ocorreu bem, Clara realizou todas as tarefas acumuladas e ainda adiantou alguns trabalhos para o dia seguinte. Já estava quase dando a sua hora de sair e quando já aprontava a bolsa ela escuta passos “-Será que é ele ?”- pensou ela , e ao se virar para sair , se esbarra em alguém. “-Sim é ele.”- Clara queria sair antes que ele chegasse , pois estava com medo de justamente topar de frente com o Sr. Alberto. -Você já está saindo? - Alberto perguntou Ela respondeu diretamente. -Sim Senhor, como o senhor ficou o dia todo fora em reunião, pensei que não voltaria para a empresa mais.- disse ela arrumando a sua mesa e pegando a bolsa e colocando no ombro. sem olhar para ele e continuou- Olha deixei todas as pastas , e as cópias revisadas na mesa do senhor. Tenha uma boa noite e até amanhã. Com licença , por favor. Ao ver que Clara parecia tensa e querendo ir embora o mais rápido possível, evitando contato visual , Alberto não se moveu do lugar e não deu passag
-Oi meu amor você já chegou? Dona Bárbara saia da cozinha ao avistar Clara trocando as sandálias pelos chinelos na porta de casa. -Sim mamãe. - Clara se aproximou abraçou-a e beijou-a -É como foi o dia de trabalho? -Completamente cansativo. - disse Clara se desmoronando em cima do sofá - Estou exausta. -Tanto trabalho? Você realmente parece estar cansada. - Bárbara se aproximou observando as olheiras levemente expostas por debaixo da maquiagem de Clara. -Cansada é pouco mamãe, me sinto completamente exausta. Pois além de muito trabalho, também estou tendo que lidar com a pressão do meu chefe. -Porque? Realmente vendo de perto percebo que você está com olheiras. Está tudo bem? Você está bem? Me conte meu amor? Você tem comido bem? Bebido bastante água e .... -Mamãe, eu estou bem, não se preocupe, eu só estou cansada mesmo, é muito trabalho , fico muitas horas sentada de frente para uma tela de computador, é só isso. Dona Bárbara se afastou e foi até a cozinha, e em po
Ela atendeu. E no outro lado da linha era a operadora de telefone oferecendo planos e serviços. Ela nem terminou de ouvir. Disse um “obrigada não tenho interesse" e desligou.“Povo chato.”Assim que terminou ela deitou na cama e mandou áudio para Samanta.“Já estou disponível pra falar.”. Na mesma hora, Clara recebeu uma chamada de vídeo.Ela atendeu.-Nossa, mas você é muito ansiosa viu. - e riu.-Clara, eu trabalho tanto, não tenho distração nenhuma, isso é o meu passatempo preferido. Sem contar que você está me enrolando, já marcamos várias vezes de sair e você deu pra trás, então o único jeito de conversar com você e te ligando. Clara realmente, era muito caseira , não gostava de sair de casa, era de casa para o serviço e do serviço para casa. Diferente de Sabrina, que amava sair e fazer compras, era conversada e tinha facilidades para se relacionar. -Mas conta , e aí o que deu lá em cima? Menina o que foi aquilo? Aquele homão tão belo e tão nervoso.- Enquanto Samanta falav
Do outro lado da cidade, Fernando acabava de estacionar o seu carro em frente ao apartamento de Alberto. Ao terminar a manobra e estacionar na vaga, se virou pra ele. -Tem certeza que vai ficar aqui hoje? Não quer mesmo ir pra casa? Alberto concordou com a cabeça. -Pensa bem no que conversamos, não é um ruim plano, a Clara é a pessoa certa para nos ajudar. Mas tudo bem, você é o capitão desse navio a decisão é sua. Alberto se virou pra abrir a porta do carro, ele não disse uma só palavra durante o trajeto todo, e isso fez com que Fernando ficasse preocupado. No que ele estava pensando? Era difícil decifrar a mente confusa e atordoada do amigo. Mas apesar de tudo ele só queria ajudar. Ele saiu do carro e entrou para a portaria do apartamento. Não se despediu e nem olhou para Fernando. Mas ele precisava de um tempo, e Fernando entedia. Era tudo muito repentinho e extranho. Mas conforme o andar da carruagem eles não tinham muitas alternativas para resolver essa situação. A
Em vários momentos seus olhares se cruzaram. Ela não pode evitar de se questionar. “O que será que ele tá pensando? Porque está me olhando desse jeito?” Mas rapidamente tratou de tirar esses tipos de pensamentos da sua mente. “Deve ser coisa da minha cabeça.” Clara pode observar mais de perto o quanto ele era bonito, mesmo ele estando com um semblante cansado, ainda assim ele era muito atraente e charmoso. “É, tão lindo, mas sou eu conheço essa fera aí nos piores dias”. -Então, vocês concordam que vai ser necessário mais mão de obra e mais máquinas para agilizar a finalização do projeto? - Alberto falava. -Sim , eu concordo, de todas as formas é um recurso que devemos investir, não adianta só mão de obra, os tratores e escavadeiras também são importantes para agilizar o trabalho. -Um dos acionistas falou. -Então tudo certo. A assistente Clara irá formular e avaliar o contrato e assim que ele estiver pronto, vamos assinar. - Alberto tomou uma xícara de café. - Então ag
Enquanto Fernando e Alberto arquitetavam o plano , uma leve batida na porta foi efetuada. -Sr.Fernando , o senhor está aí? E fizeram silêncio. -Claro, estou sim , entre , por favor. -Aqui, vim trazer as folhas do contrato para o senhor checar se está tudo certo, para os acionistas assinarem amanhã. Clara sentiu o ambiente estranho, mas disfarçou o seu constrangimento. Ela se aproximou da mesa de Fernando para entregar os papéis. -Deixa eu ver aqui , só um minuto.- Enquanto Fernando se distraia , avaliando os papeis, Alberto lançou um olhar sedutor para Clara. A olhando de cima embaixo. E ela percebeu, mas ficou calada e desviou o olhar. "Que abusado!" Alguns segundos depois. -Ótimo, ótimo Clara, tudo certo, pode copiar , e não se esqueça, guarde essas informações a sete chaves, por favor.- Fernando pausou ao olhar para Alberto e continuou. -Não queremos correr os risco de novamente ter os nossos documentos fraudados. Clara prontamente concordou com a cabeça. -Cla