Alberto ficou internado por quinze dias e depois que recebeu alta foi para casa, onde ficou se recuperando. Clara já estava com dois meses e meio de gestação. E a filha de Mara, Olívia, foi adotada pela avó paterna Tânia. Alberto se responsabilizou em pagar uma pensão para que Olivia pudesse viver confortável. Afinal, ela era a sua sobrinha. E deu-lhe o sobrenome que o seu pai tanto almejou. Aranttes. Na cabeça de Alberto aquilo era só um sobrenome, mas vendo até onde Tomaz foi capaz de chegar pelo simples fato de não ter tido o sobrenome do pai, ele resolveu que Olívia teria. Não queria ver uma criança crescer sofrendo sendo órfã, sem sobrenome e sem família. Sua esposa o apoiou incondicionalmente. -Não quero que ela passe pelo que o pai dela passou, ela é só uma criança. -Você está certo, meu amor , e eu te apoio em tudo. -Acho que agora eu estou bem recuperado, já posso voltar para a empresa. -Clara lançou um olhar reprovativo para ele. -É brincadeira meu amor… não q
Naquela noite toda a família estava reunida. Comemoravam a cura de dona Bárbara com muita alegria e entusiasmo. A barriga de Clara era tão grande e pesada que ela tinha até dificuldades para andar. Estava no seu nono mês de gestação e mal podia esperar para que Alex nascesse. -Me alegra profundamente ver você feliz, aguardando a chegada do Alex.-Samanta acariciava a barriga. -É verdade eu mal posso esperar para carregar o meu baby nos meus braços. E pelo visto ele muito em breve terá um companheirinho para brincar. Samanta levantou lançando uma expressão interrogativa e confusa. -Você já quer outro bebê? -Sim, o seu. Virá quando? - Clara estava brincando, mas Samanta ignorou. -Não diga isso nem de brincadeira. -Porque? Você e Fernando estão juntos, dá para ver que vocês se amam. E ele falou com o Alberto que quer muito se casar e ter um filho com você, mas você anda colocando obstáculos. -Ah não é que… hmmm … - Samanta se embaralhava toda.- Bem, eu não sei se estou preparada
-Como vou fazer pra me livrar desse problema?- A pergunta de Alberto vagou no ar e ecoou por aquela enorme sala de escritório. -É meu caro, dessa vez, você vai ter que pensar rápido. - Fernando respondeu depois de alguns minutos. -Eu tenho que encontrar uma solução urgentemente, e regularizar tudo, caso contrário, esse contrato vai me prejudicar. Alberto estava enfrentando um grande dilema, ou cumpria esse comtrato ou pagava uma multa milionária, e na pior das hipóteses ele teria que liquidar a sua empresa. Mas essa última, não era nem cogitada, não era uma opção. Ele jamais se desfaria da sua amada empresa. -Eu tenho certeza que Tomaz está por trás disso tudo. - fez uma pausa e sentou na cadeira e continuou.- Tudo isso , só porque eu e nenhum dos sócios cedemos aos seus caprichos. -É, mas agora ele conseguiu te encurralar. - Fernando se levantou e caminhou até a outra parede do escritório, para pegar uma bebida. - E pior, como é que iríamos imaginar que ele teria coragem d
Durante a tarde tudo ocorreu bem, Clara realizou todas as tarefas acumuladas e ainda adiantou alguns trabalhos para o dia seguinte. Já estava quase dando a sua hora de sair e quando já aprontava a bolsa ela escuta passos “-Será que é ele ?”- pensou ela , e ao se virar para sair , se esbarra em alguém. “-Sim é ele.”- Clara queria sair antes que ele chegasse , pois estava com medo de justamente topar de frente com o Sr. Alberto. -Você já está saindo? - Alberto perguntou Ela respondeu diretamente. -Sim Senhor, como o senhor ficou o dia todo fora em reunião, pensei que não voltaria para a empresa mais.- disse ela arrumando a sua mesa e pegando a bolsa e colocando no ombro. sem olhar para ele e continuou- Olha deixei todas as pastas , e as cópias revisadas na mesa do senhor. Tenha uma boa noite e até amanhã. Com licença , por favor. Ao ver que Clara parecia tensa e querendo ir embora o mais rápido possível, evitando contato visual , Alberto não se moveu do lugar e não deu passag
-Oi meu amor você já chegou? Dona Bárbara saia da cozinha ao avistar Clara trocando as sandálias na porta de casa.-Sim mamãe. - Clara se aproximou abraçou-a e beijou-a -É como foi o dia de trabalho? -Completamente cansativo. - disse Clara se desmoronando em cima do sofá - Estou exausta.-Tanto trabalho?-Trabalho e pressão do meu chefe.-Porque? Está tudo bem? Dona Bárbara disse trazendo uns biscoitinhos de polvilho que ela tinha acabado de preparar. -Bem.. mamãe.. eu acho que as coisas não vão bem com a empresa. - Clara se levantou e sentou no sofá - Huuum esses biscoitinhos estão com uma cara boa. - Clara rapidamente se levantou e foi lavar as mãos. Em um minuto ela já tinha voltado e sentado no mesmo lugar do sofá. Enquanto dona Bárbara voltava da cozinha com duas garrafas, uma de café e outra de chá, Clara já mordia o primeiro biscoitinho. -Hummm…. Mamãe, está maravilhoso , como sempre. Coloca chá para mim, preciso ficar bem calminha e sem estresse -Então minha filha, q
Ela atendeu. E no outro lado da linha era a operadora de telefone oferecendo planos e serviços. Ela nem terminou de ouvir. Disse um “obrigada não tenho interesse" e desligou.“Povo chato.”Assim que terminou ela deitou na cama e mandou áudio para Samanta.“Já estou disponível pra falar.”. Na mesma hora, Clara recebeu uma chamada de vídeo.Ela atendeu.-Nossa, mas você é muito ansiosa viu. - e riu.-Clara, eu trabalho tanto, não tenho distração nenhuma, isso é o meu passatempo preferido. Sem contar que você está me enrolando, já marcamos várias vezes de sair e você deu pra trás, então o único jeito de conversar com você e te ligando. Clara realmente, era muito caseira , não gostava de sair de casa, era de casa para o serviço e do serviço para casa. Diferente de Sabrina, que amava sair e fazer compras, era conversada e tinha facilidades para se relacionar. -Mas conta , e aí o que deu lá em cima? Menina o que foi aquilo? Aquele homão tão belo e tão nervoso.- Enquanto Samanta falav
Do outro lado da cidade, Fernando acabava de estacionar o seu carro em frente ao apartamento de Alberto. Ao terminar a manobra e estacionar na vaga, se virou pra ele. -Tem certeza que vai ficar aqui hoje? Não quer mesmo ir pra casa? Alberto concordou com a cabeça.-Pensa bem no que conversamos, não é um ruim plano, a Clara é a pessoa certa para nos ajudar. Você é o capitão desse navio a decisão é sua. Alberto se virou pra abrir a porta do carro, ele não disse uma só palavra durante o trajeto todo, e isso fez com que Fernando ficasse preocupado. No que ele estava pensando? Era difícil decifrar a mente confusa e atordoada de Alberto. Saiu do carro e entrou para a portaria do apartamento. Não se despediu e nem olhou para Fernando. Mas ele precisava de um tempo, e Fernando entedia. Ao observar que Alberto tinha entrado, ligou o carro e arrancou. … Ao entrar em seu enorme apartamento da cobertura, deixou seu paletó e as chaves do seu carro em cima de uma mesinha e cami
Em vários momentos seus olhares se cruzaram. Ela não pode evitar de se questionar. “O que será que ele tá pensando? Porque está me olhando desse jeito?” Mas rapidamente tratou de tirar esses tipos de pensamentos “Deve ser coisa da minha cabeça.” Clara pode observar mais de perto o quanto ele era bonito, mesmo ele estando com um semblante cansado, ainda assim ele era muito atraente e charmoso. “É, tão lindo, mas sou eu conheço essa fera aí nos piores dias”. -Então, vocês concordam que vai ser necessário mais mão de obra e mais máquinas para agilizar a finalização do projeto? - Alberto falava. -Sim , eu concordo, de todas as formas é um recurso que devemos investir, não adianta só mão de obra, os tratores e escavadeiras também são importantes para agilizar o trabalho. -Um dos acionistas falou. -Então tudo certo. A assistente Clara irá formular e avaliar o contrato e assim que ele estiver pronto, vamos assinar. - Alberto tomou uma xícara de café. - Então agora se vocês