CAPÍTULO 3

-Oi meu amor você já chegou?

Dona Bárbara saia da cozinha ao avistar Clara trocando as sandálias na porta de casa.

-Sim mamãe. - Clara se aproximou abraçou-a e beijou-a

-É como foi o dia de trabalho?

-Completamente cansativo. - disse Clara se desmoronando em cima do sofá - Estou exausta.

-Tanto trabalho?

-Trabalho e pressão do meu chefe.

-Porque? Está tudo bem?

Dona Bárbara disse trazendo uns biscoitinhos de polvilho que ela tinha acabado de preparar.

-Bem.. mamãe.. eu acho que as coisas não vão bem com a empresa. - Clara se levantou e sentou no sofá - Huuum esses biscoitinhos estão com uma cara boa. - Clara rapidamente se levantou e foi lavar as mãos. Em um minuto ela já tinha voltado e sentado no mesmo lugar do sofá.

Enquanto dona Bárbara voltava da cozinha com duas garrafas, uma de café e outra de chá, Clara já mordia o primeiro biscoitinho.

-Hummm…. Mamãe, está maravilhoso , como sempre. Coloca chá para mim, preciso ficar bem calminha e sem estresse

-Então minha filha, quer dizer é por isso que você anda muito apressada, estressada e com dores de cabeça ultimamente?

-É sim mamãe. - E deu uma golada no chá - As vezes eu penso em procurar outro emprego. Ultimamente ando muito esgotada e para piorar levando esporro e grosseria do meu chefe…. Ah, ultimamente ele anda tão nervoso, sabe , quem tem sorte é a Valéria, assistente dele, que está de férias, e eu estou cobrindo ela.

-Então é por isso minha filha, que você anda tão desgastada assim, você está fazendo muitas funções e trabalhando por dois?.- Dona Bárbara parecia indignada.

-É, eu sei mamãe, por isso que quando ela voltar, quem vai tirar férias sou eu. - Clara disse isso em um tom zombeteiro.

-Minha filha converse com o seu chefe.

-Conversar o quê?

-Sobre esses tipos de tratamentos. Ele não pode ficar te tratando desse jeito, ele tem é que agradecer por ter uma funcionária capaz e dedicada como você.

-Ah mamãe, é tão complicado. Mas deixa isso pra lá, chega de falar de trabalho. - Clara já se levantava para subir para seu quarto - E o papai?

-Ainda não chegou.

-E a Sabrina? Saiu com o namorado?

-Ela foi fazer umas compras, mas já está voltando. - Dona Bárbara já estava retirando a bandeja de biscoitinhos e levando para a cozinha para limpar a mesinha da sala.

-Então eu vou subir e tomar um banho, estou cansada vou cochilar um pouquinho.

-Sim filha até daqui a pouco , a janta já vai está pronta. Assim que Clara subiu, a porta se abriu e Sabrina e seu pai Sr. Arthur chegaram.

….

Clara entrou no quarto, trancou a porta e começou a ajeitar a roupa para tomar banho e enquanto fazia isso pegou o celular da bolsa e viu um monte de mensagens de Samanta.

“Oi? Já saiu?”- “Já foi?”- “Cadê você”- “Aí amiga meu espírito fofoqueiro já está surtando aqui.” - “conta, conta, conta.”

Clara só deu um leve sorriso de canto de boca.

Samanta era muito engraçada, tinha um espírito alegre, gostava de fazer brincadeira e cochichar. Era uma boa colega e amiga.

Clara mandou um áudio.

“-Cheguei em casa agora, vou tomar um banho e assim que terminar te ligo”.

Ao entrar no chuveiro, ficou lá, em suas conversas mentais, pensando em um monte de coisas que ela deveria ter dito para o chefe grosseiro, mas perdeu a oportunidade porque não tinha coragem de fazer pessoalmente.

“Um homem bonito, mas muito mal educado.”

Ela realmente achava o seu patrão muito bonito. Mas sempre ficou calada a respeito disso, nem para Samanta ela tinha coragem de contar.

Clara sempre foi tímida. Mas gostava é de fofocar com as suas colegas e cochichavam sobre a vida dos chefes, quem eles ficavam, para onde eles iam, para onde viajavam etc…

“Realmente eles tem uma vida de outro mundo, é um outro patamar.”

“Mas são ridículos, grosseiros e mesquinhos, só pensam em dinheiro.”

E novamente vieram as conversas mentais. E a raiva.

Assim que se secou e colocou a roupa, o celular tocou, era uma chamada normal.

Mas o número não era de Samanta.

Quem seria?

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