O café

SAMUEL ADAMS

— Me diga. O que exatamente você quer falar, Verônica? Não enrola! — Digo sem paciência. Só de ouvir o nome da Jules e daquele cara na mesma frase, fiquei irritado.

— É que eu os vi no restaurante, jantando juntos — diz, com certo receio.

— Ela está trabalhando com ele, isso é normal.

— Samuel, você não está entendendo.

— O que eu não estou entendendo, Verônica? Seja mais clara, não enrole! — falei pausadamente, enquanto bato com os dedos na mesa, deixando bem evidente que estou chegando ao limite.

— Samuel, eu sei que eu não deveria me meter nisso, mas é que você sabe que a Sarah é minha amiga e eu não quero vê-la sofrer. Como eu disse, eu vi a Jules e o Edu jantando juntos e a Sarah também viu, mas ela só viu o Edu. Acontece que depois que a Sarah decidiu ir para casa, eu voltei ao restaurante e, eles continuavam lá jantando.

— E onde fica o problema nisso?

— É melhor você ver com seus próprios olhos — ela desbloqueia o telefone e me entrega. — Olha aí, isso nã
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