Sequestro

— Eu tive a sensação de estar sendo observado, mas ignorei… — ele começa a falar e só pelo seu tom, percebe-se que ele está com sede de devolver seus péssimos momentos a quem fez isso. — Até que cheguei de um jantar, me pegaram no estacionamento. Eles me colocaram para dormir e eu acordei em um depósito.

— O depósito fica aqui na cidade mesmo? — pergunto.

— É. Aqueles filhos da puta nem se preocuparam em se esconder direto, achavam que eu não escaparia. Se eu já achava aquele velho um pedaço de merda antes, agora…

— De que velho você está falando? É o Marcos Montreal? — Arqueio a sobrancelha.

— É esse desgraçado mesmo — responde com os dentes cerrados.

— Marcos Montreal — O Edu arqueia a sobrancelha —, mas esse não era…

— Era não, é — interrompi-o — ele está vivo.

Sua expressão muda de confuso para incrédulo.

— Mas como? Ele não morreu no acidente três anos atrás?

— Não. Aquele filho da puta forjou a própria morte para escapar da prisão. E como você sabe que é ele? Eles entrega
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