No livro a autora conta a história de do diagnóstico psiquiátrico. O qual ela tenta falar da maneira mais natural o possível de suas emoções. Alcançar o público TAB, seguido de depressão, dois transtornos que acompanham a rotina da jovem, fazendo de seus dias uma briga constante, onde ela procura só uma alternativa, ficar bem. Vem se aventurar nesse suspense que gira em torno da vida da jovem!
Ler maisEu não tenho o hábito de sair, de fazer coisas aleatórias, eu possuo uma vida reservada, uma vida mais solitária. Gosto de estar com pessoas que me entendem, que seja bom de trabalhar, de conversar. Gente que não me faça aceitar as opiniões delas nem eu as faça aceitar as minhas. Aquela conversa boa me ganha sabe? Trazer para perto esse tipo de pessoa alivia qualquer tensão. E eu sou muito tranquila, não gosto de perder essa paz esse acesso para a tranquilidade.Me distraio com tão pouco, um lápis e papel na mão ou o gadget já me mantem criativa. E eu preciso estar criativa, criando o tempo inteiro algo, para não acometer a minha depressão.Talvez um dia de cada vez me traga inspiração. A minha vida tem lá as suas fases o que é muito difícil eu estar fixa em algo ou alguém.Talvez eu encontre inspiração no meu estabilizador de humor, ou em uma simples ida a cafeteria, sentar na praça, coisas que eu ainda gosto de fazer. Eu não vejo como tão difícil estar no transtorno
Mulher no tab, vai mais além do que um transtorno. Sim! É aprender a lidar com as próprias emoções.Mulher no tab também se interessa por política, vota, trabalha, estuda, avalia, canta, dança, faz arte, toca violão, escreve poesia, limpa casa, faz canção, ama, se encanta, é mãe, filha, neta, avó e outras séries de coisas.Tem nível acadêmico, talvez não!Acorda cedo, cai na academia, talvez sem a mínima vontade, vai ao mercado, fica na dúvida com o que comprar, se diverte na loja, ou se entristece, quando não sabe qual blusa pegar, na dúvida gasta mais e acaba levado as duas. Se mantêm na livraria, depois desce na cafeteria. Vai estar ali com um olhar que fisgam-te, e você nem vai notar. Porque no fundo ela sabe de cada sentimento, mas está ali, dando a mão para outras mulheres na mesma luta, tentando se encontrar. Porque pra ela talvez não seja fácil, mas ela sabe que precisa de forças pra poder encarar. Encarar aquele turbilhão de pensamentos que lhe deixa inquieta ou at
temperamento era de um tanto explosivo. Eu formava certa opinião e lutava até o fim. Estaca de guerra na minha frete se formava toda vez que alguém desdenhava de minha palavra. Agia sempre com muita sinceridade, então era o mínimo que eu cobrava das pessoas, mas não sabia como fazer essa troca. Minhas emoções nunca foram muito contidas, achava tão natural, como já disse, era admirável o gênio forte! Mas quando eu me pegava sozinha, não era bem aquele gênio que eu queria. Eu queria ser mais leve, relaxar quanto os outros, na verdade eu queria que eles não existissem um terço sobre mim. Nada! Queria viver livre de opiniões e ter as minhas não sendo afetadas. Sem me importar com o que o outro estivesse pensando. E foi assim que fui trabalhando em mim.As minhas crises sempre foram explosivas, daquelas de sair xingando, ou quebrando alguma coisa pra não ter que descarregar na pessoa. Hoje se você me ver as coisas são completamente outras! Que se eu contar que já quebrei o telefon
Vivia um sentimento incerto.Sabe, me senti melhor em busca de informação após o diagnóstico. E confesso que tive maior vontade de ser melhor. Apesar das circunstâncias e da luta diária que a gente passa com a hipomania. Eu estou me conhecendo! Eu não sabia no início o que estava acontecendo, sabe? Tudo meio que perdido! Mas depois fui aprendendo como lidar comigo, o que eu sou, como sou, o que eu gosto, como gosto e o que não gosto pra não trazer a tona meu peculiar transtorno.Parece que me achei, em um grupo de pessoas distintas. Tomando todo cuidado pra não transpor meu eu, mas eu já não tinha lugar pra mim ao certo, e agora conhecendo o transtorno eu passo a me conhecer.Coisas que pareciam não ter jeito, hoje fazem sentido pra mim. Vejo no meio desse transtorno todo mundo reclamando, meio avoado, embaraçado com seus sentimentos, eu só não vejo a hora quando tudo passa e fico bem de novo! Com aquela vontade de interagir com alguns, falar com outros coisas aleatórias, d
Eu sou um pouco animada, envolvida em desempenhar algo que eu não sei ainda. Mas estou pela busca.A verdade é que eu sou uma entusiasmada pela vida bonita. Aquela que ninguém machuca o outro, não mensura, não sabota, não fere. Não experimenta desafiar, ou criticar. Talvez eu creia em uma dimensão que não está sujeita a essas coisas...É, meu mundo é assim. Parece bonito mas eu sofro, porque muitas pessoas estão longe disso. Inclusive eu!"Mas você parece tão querida, tão meiga."E sou! É que eu luto com meus sentimentos, me cobro muito, cobro as coisas que faço, queria tão perfeito. Mas não existe! As outras pessoas parece que fazem as coisas muito melhor. Tiram notas boas, escrevem, tem conteúdo, varrem melhor, eu não me entusiasmo com quase nada! "Mas você tem algo aí sim, que faz muito bem, talvez não melhor, mas muito bem! Talvez envolvam anos de prática. Precisa se conhecer."E essa luta que eu passo, conhecer uma pessoa que se enquadra no bio afetivo. O bio afe
Eu fico incrivelmente admirada comigo.Essa noite eu não dormi direito. Na verdade nada.E estou muito melhor do que se tivesse dormido. Minha energia, está totalmente a melhor no mês. Sim, eu falo no mês.Lembro das noites mal dormidas que já tive. Seguidas de alucinações que dominavam meus pensamentos trazendo muito medo.Já tive desmaios, mas nesse dia eu pude ouvir minha mãe gritando, pedindo ajuda. Depois não lembro mais nada. Pelo que lembro, eu caí ao tentar me levantar.Esses episódios aconteceram bem no início de minha recaída. E compartilhá-los só me traz à tona o quanto que já superei. Coisas que não acontecem, mas que podem vir a acontecerUm belo dia você acorda, as coisas estão diferentes, as pessoas estão diferentes para você. Você está totalmente em um mundo que passa existir na sua cabeça, com fatos que só você vê e consequentemente se torna real. É gente na sua cabeça falando, é coisas estranhas que você tá vendo, no outro você desconhece as p
A gente perde o controle em tudo, de tudo e pra tudo...São dias elevados. Alguma crise, outra queixa, um desafio novo, mas perder o controle não diz só à respeito de que tudo vai mal. Não! Dá para olhar um pouco ao redor e ver algumas condições. Como quem tá segurando junto com você. Quem ainda az parte.Olhar e ver as pessoas que não perdem o controle com a gente, que está ali após uma crise, após uma sumida, revela um pouco de bom senso. Essa pessoa que sempre fez de tudo para estar conosco, esteve do nosso lado, muitas vezes sem saber o que fazer, ou sem entender, mas que chorou contigo, ou que sorriu durante um momento natural.Que tentou te fazer achar graça em alguma coisa, que fez até uma careta. Olhe para essas pessoas que te incentivaram a procurar ajuda. Elas queriam te ver bem. E é à elas e para elas que você deve olhar quando tudo tiver indo contra. Sei que no momento da crise é difícil olhar com o mesmo olhar para essas pessoas. Mas se você tivesse algué
Acordar é carregar um grito constante no peito! Uma vontade de ser, de estar de querer.As vezes essa vontade de ser é um pouco confundida... Queria ser entendida, mas eu sou entendida. Talvez pelas pessoas erradas.Queria que as pessoas entendessem umas as outras em seu ambiente mais próximo, isso vai gerando um cansaço. Essa é minha luta matinal. Conviver. As pessoas que deveriam entender se tornam mais distantes. Não que eu me importe com isso, tá um pouco, porque estou aprendendo a não me importar com elas. Mas talvez você saiba o que estou falando. Mas se não sabe, eu vou lhes explicar.Uma pessoa que diz "hoje você tem médico, não esquece." Talvez ela pensa que está te ajudando. Pode até estar. Mas não é bem isso que eu com TRANSTORNO AFETIVO quero. Eu quero que ela me deixe sozinha, quem sabe fechada, comendo o que eu posso, no dia que eu quero. Isso é péssimo para minha saúde. E eu sei. Então porque você faz isso? Eu não faço porque eu quero. O meu corpo
Está tudo bem hoje eu não estar legal,não atender telefone, dar aquela sumida, não querer ficar perto de ninguém, é comigo, nada pessoal.Está tudo bem, hoje eu não quero convites, mudar de ideia duas ou três vezes. E ainda assim depois que resolver, mudar de ideia de novo!Está tudo bem ter recaídas, achar tudo diferente a cada nova semana.Está tudo bem querer voltar no meio caminho pra pegar alguma coisa que ficou pra trás, porque seu inconsciente precisa muito daquilo, porque se não teu corpo reage de forma contrária do tudo bem, isso não é mania ou defeito.E não é se basear no "tudo como ela quer!" Ela não é nenhuma mimada.Está tudo bem eu não querer permanecer em algum lugar, levantar do nada e sair pela porta.Está tudo bem em alguém dizer "eu vou tentar falar com ela".Está tudo bem eu querer muito algo hoje e amanhã não dar bola.Isso acontece com frequência.Está tudo bem naquela vontade de sumir pra bem longe e não leva ninguém. E ter a so