Vivia um sentimento incerto.
Sabe, me senti melhor em busca de informação após o diagnóstico. E confesso que tive maior vontade de ser melhor. Apesar das circunstâncias e da luta diária que a gente passa com a hipomania. Eu estou me conhecendo! Eu não sabia no início o que estava acontecendo, sabe? Tudo meio que perdido! Mas depois fui aprendendo como lidar comigo, o que eu sou, como sou, o que eu gosto, como gosto e o que não gosto pra não trazer a tona meu peculiar transtorno.Parece que me achei, em um grupo de pessoas distintas. Tomando todo cuidado pra não transpor meu eu, mas eu já não tinha lugar pra mim ao certo, e agora conhecendo o transtorno eu passo a me conhecer.Coisas que pareciam não ter jeito, hoje fazem sentido pra mim. Vejo no meio desse transtorno todo mundo reclamando, meio avoado, embaraçado com seus sentimentos, eu só não vejo a hora quando tudo passa e fico bem de novo! Com aquela vontade de interagir com alguns, falar com outros coisas aleatórias, dtemperamento era de um tanto explosivo. Eu formava certa opinião e lutava até o fim. Estaca de guerra na minha frete se formava toda vez que alguém desdenhava de minha palavra. Agia sempre com muita sinceridade, então era o mínimo que eu cobrava das pessoas, mas não sabia como fazer essa troca. Minhas emoções nunca foram muito contidas, achava tão natural, como já disse, era admirável o gênio forte! Mas quando eu me pegava sozinha, não era bem aquele gênio que eu queria. Eu queria ser mais leve, relaxar quanto os outros, na verdade eu queria que eles não existissem um terço sobre mim. Nada! Queria viver livre de opiniões e ter as minhas não sendo afetadas. Sem me importar com o que o outro estivesse pensando. E foi assim que fui trabalhando em mim.As minhas crises sempre foram explosivas, daquelas de sair xingando, ou quebrando alguma coisa pra não ter que descarregar na pessoa. Hoje se você me ver as coisas são completamente outras! Que se eu contar que já quebrei o telefon
Mulher no tab, vai mais além do que um transtorno. Sim! É aprender a lidar com as próprias emoções.Mulher no tab também se interessa por política, vota, trabalha, estuda, avalia, canta, dança, faz arte, toca violão, escreve poesia, limpa casa, faz canção, ama, se encanta, é mãe, filha, neta, avó e outras séries de coisas.Tem nível acadêmico, talvez não!Acorda cedo, cai na academia, talvez sem a mínima vontade, vai ao mercado, fica na dúvida com o que comprar, se diverte na loja, ou se entristece, quando não sabe qual blusa pegar, na dúvida gasta mais e acaba levado as duas. Se mantêm na livraria, depois desce na cafeteria. Vai estar ali com um olhar que fisgam-te, e você nem vai notar. Porque no fundo ela sabe de cada sentimento, mas está ali, dando a mão para outras mulheres na mesma luta, tentando se encontrar. Porque pra ela talvez não seja fácil, mas ela sabe que precisa de forças pra poder encarar. Encarar aquele turbilhão de pensamentos que lhe deixa inquieta ou at
Eu não tenho o hábito de sair, de fazer coisas aleatórias, eu possuo uma vida reservada, uma vida mais solitária. Gosto de estar com pessoas que me entendem, que seja bom de trabalhar, de conversar. Gente que não me faça aceitar as opiniões delas nem eu as faça aceitar as minhas. Aquela conversa boa me ganha sabe? Trazer para perto esse tipo de pessoa alivia qualquer tensão. E eu sou muito tranquila, não gosto de perder essa paz esse acesso para a tranquilidade.Me distraio com tão pouco, um lápis e papel na mão ou o gadget já me mantem criativa. E eu preciso estar criativa, criando o tempo inteiro algo, para não acometer a minha depressão.Talvez um dia de cada vez me traga inspiração. A minha vida tem lá as suas fases o que é muito difícil eu estar fixa em algo ou alguém.Talvez eu encontre inspiração no meu estabilizador de humor, ou em uma simples ida a cafeteria, sentar na praça, coisas que eu ainda gosto de fazer. Eu não vejo como tão difícil estar no transtorno
Talvez eu comece contando um pouco de minha história.Vou tentar fazendo um resumo. Bem vamos lá, então...... Eu era apenas uma menina quando a minha mãe começou a fazer mudanças nas nossas vidas. Eu estava tão acostumada em só eu e ela, que a medida que ela foi acrescentando coisas eu desconhecia o perigo disso. Hoje aos trinta e um anos, eu vejo como mudanças me prejudicaram, eu não consigo fazer quase nenhuma!Escrever sobre minhas emoções e falar de meu passado é de fato uma coisa nova. Ninguém mandou, eu mesma comecei assim, me sentindo bem ao escrever! E acreditando literalmente que isso de alguma forma fosse me fazer bem. Até que prove ao contrário.Bem eu sou estudante ainda, talvez você se pergunte como? É já já você vai saber porque. Eu iniciei alguns cursos técnicos em minha jornada, estou indecisa entre Psicologia e Letras, mas sim, eu tenho muita vontade.Já não sou nehuma adolescente, então não sonho, eu tenho vontades. E a faculdade é uma delas.
Talvez eu tenha uma ótima memória para coisas passadas e uma péssima memória para fatos atuais.O que importa? Se eu preciso lembrar é de coisas que me aconteceram, talvez eu penso que elas me ajudem de alguma forma! Ou é mais fácil lembrar de momentos ruins do que os bons. Os bons eu tenho anotado para um dia poder contar pros meus bons amigos.Olha, você não escreveu netos. Não! Eu fujo deles. Porque eu tenho uma certa síndrome de pânico que eles aconteçam.Talvez eu mude de ideia. Queria viver uma vida bonitinha, em que todos então felizes nos seus devidos momentos, mas a realidade não é esta. O que dá pra eu ir fazendo para ter uma vida perfeita, eu vou inventando no meu mundo invisível. Nele eu já casei, tive uma filha, que estaria atualmente com doze anos. Uma vida normal. Mas a realidade é que eu estaria passando por uma crise de depressão, procurando um diagnóstico sensato. E vivendo uma vida difícil pelas autoridades. Difícil ao ponto que eles entendam
Bem, a minha vida ao que tudo indica, eu já comecei sem ao menos me conhecer bem.Mas eu fazia testes de revistas teen de minha época, que resultavam que eu casaria com um príncipe encantado; e solteira aos trinta.Como se as revistas tivessem falado com alguma princesa, haha .A massa faz de você um objeto espiritual, emocional e etc...E os testes continuam aí, nos fazendo acreditar em coisas surreais.Mas eu não quero mais isso, nem pela busca de um diagnóstico errado.Ou quando eu fazia jogos na escola que de fato eu seria a empresária do ano. A vida real me chamando e eu achando que estava tudo mal por estar casada com o sapo da história. É, eu não me conhecia direito. Não servi nem para fazer os testes. Não?Claro que não, deram todos errados. Haha Brincadeira a parte!Mas me conheci a ponto de aprender que hoje eu amo ler, e escrever.O que eu não fazia durante o casamento, ler! Mas já escrevia muito.O casamento...Vejo muitas pessoas falan
A vida é como jiu-jitsu, você vira mestre em defesa, de contrapartida aprende golpes, contra golpes e técnicas até virar tarja preta!Em outro sentido, será que estou sentindo falta desses tarja, haha parei.Eu quis levar na brincadeira, porque eu atualmente estou decolando de uma crise a outra. Fazendo terapias e buscando entender maneiras e técnicas que me ajudem a conviver com o transtorno! De quebra ganhei, um remédio para o humor. O que me deixa assim engraçada.- Mas não leve a sério ela já era engraçada antes dessa medicação, e do tratamento.Ela só está pondo as coisas em ordem.Falar na terceira pessoa difere das vozes, ou... sim, eu também gosto de usar a terceira pessoa. As vezes são coisas que eu ouvi. Já estou muito acostumada.Lembro-me como se fosse ontem, que eu tinha uns momentos só meu, nos quais eu gostava de brincar sozinha. Inventar momentos e fatos em que tudo estava bem, e falava sozinha. Aquela coisa de amigo imaginário
Talvez aqui nesse capítulo, eu fale um pouco mais da minha visão.Provavelmente você não irá me ver fazendo de vítima porque eu tenho reações contrárias a isso.Eu tenho um hábitos bem diferenciado sobre costumes.Eu sou um pouco coerente e participo de grupos para ver se há pessoas que estão iguais a mim. Se existem pessoas de fato com o mesmo problema ou soluções.Se tem uma vida normal, se encontraram algum jeito melhor de lidar.E acreditem eu pareço a única que leva na maior naturalidade.Mas eu estou com certa intolerância a certos alimentos, mudei minha alimentação faz algum tempo.Sinto tudo diferente. E isso me torna a estranha, rejeitada, afastada, sim até de minha própria família.Meus pontos de vistas são diferentes, minha percepção é baseada em fundamentos sinceros. Não que as outras pessoas não sejam, mas eu sinto nelas um contorno para agradar.Como assim Daniela?Eu não vou sorrir se não estou sentindo vontade daquilo o que torna m