Eu não tenho o hábito de sair, de fazer coisas aleatórias, eu possuo uma vida reservada, uma vida mais solitária. Gosto de estar com pessoas que me entendem, que seja bom de trabalhar, de conversar. Gente que não me faça aceitar as opiniões delas nem eu as faça aceitar as minhas. Aquela conversa boa me ganha sabe? Trazer para perto esse tipo de pessoa alivia qualquer tensão. E eu sou muito tranquila, não gosto de perder essa paz esse acesso para a tranquilidade.
Me distraio com tão pouco, um lápis e papel na mão ou o gadget já me mantem criativa. E eu preciso estar criativa, criando o tempo inteiro algo, para não acometer a minha depressão.Talvez um dia de cada vez me traga inspiração. A minha vida tem lá as suas fases o que é muito difícil eu estar fixa em algo ou alguém.Talvez eu encontre inspiração no meu estabilizador de humor, ou em uma simples ida a cafeteria, sentar na praça, coisas que eu ainda gosto de fazer. Eu não vejo como tão difícil estar no transtornoTalvez eu comece contando um pouco de minha história.Vou tentar fazendo um resumo. Bem vamos lá, então...... Eu era apenas uma menina quando a minha mãe começou a fazer mudanças nas nossas vidas. Eu estava tão acostumada em só eu e ela, que a medida que ela foi acrescentando coisas eu desconhecia o perigo disso. Hoje aos trinta e um anos, eu vejo como mudanças me prejudicaram, eu não consigo fazer quase nenhuma!Escrever sobre minhas emoções e falar de meu passado é de fato uma coisa nova. Ninguém mandou, eu mesma comecei assim, me sentindo bem ao escrever! E acreditando literalmente que isso de alguma forma fosse me fazer bem. Até que prove ao contrário.Bem eu sou estudante ainda, talvez você se pergunte como? É já já você vai saber porque. Eu iniciei alguns cursos técnicos em minha jornada, estou indecisa entre Psicologia e Letras, mas sim, eu tenho muita vontade.Já não sou nehuma adolescente, então não sonho, eu tenho vontades. E a faculdade é uma delas.
Talvez eu tenha uma ótima memória para coisas passadas e uma péssima memória para fatos atuais.O que importa? Se eu preciso lembrar é de coisas que me aconteceram, talvez eu penso que elas me ajudem de alguma forma! Ou é mais fácil lembrar de momentos ruins do que os bons. Os bons eu tenho anotado para um dia poder contar pros meus bons amigos.Olha, você não escreveu netos. Não! Eu fujo deles. Porque eu tenho uma certa síndrome de pânico que eles aconteçam.Talvez eu mude de ideia. Queria viver uma vida bonitinha, em que todos então felizes nos seus devidos momentos, mas a realidade não é esta. O que dá pra eu ir fazendo para ter uma vida perfeita, eu vou inventando no meu mundo invisível. Nele eu já casei, tive uma filha, que estaria atualmente com doze anos. Uma vida normal. Mas a realidade é que eu estaria passando por uma crise de depressão, procurando um diagnóstico sensato. E vivendo uma vida difícil pelas autoridades. Difícil ao ponto que eles entendam
Bem, a minha vida ao que tudo indica, eu já comecei sem ao menos me conhecer bem.Mas eu fazia testes de revistas teen de minha época, que resultavam que eu casaria com um príncipe encantado; e solteira aos trinta.Como se as revistas tivessem falado com alguma princesa, haha .A massa faz de você um objeto espiritual, emocional e etc...E os testes continuam aí, nos fazendo acreditar em coisas surreais.Mas eu não quero mais isso, nem pela busca de um diagnóstico errado.Ou quando eu fazia jogos na escola que de fato eu seria a empresária do ano. A vida real me chamando e eu achando que estava tudo mal por estar casada com o sapo da história. É, eu não me conhecia direito. Não servi nem para fazer os testes. Não?Claro que não, deram todos errados. Haha Brincadeira a parte!Mas me conheci a ponto de aprender que hoje eu amo ler, e escrever.O que eu não fazia durante o casamento, ler! Mas já escrevia muito.O casamento...Vejo muitas pessoas falan
A vida é como jiu-jitsu, você vira mestre em defesa, de contrapartida aprende golpes, contra golpes e técnicas até virar tarja preta!Em outro sentido, será que estou sentindo falta desses tarja, haha parei.Eu quis levar na brincadeira, porque eu atualmente estou decolando de uma crise a outra. Fazendo terapias e buscando entender maneiras e técnicas que me ajudem a conviver com o transtorno! De quebra ganhei, um remédio para o humor. O que me deixa assim engraçada.- Mas não leve a sério ela já era engraçada antes dessa medicação, e do tratamento.Ela só está pondo as coisas em ordem.Falar na terceira pessoa difere das vozes, ou... sim, eu também gosto de usar a terceira pessoa. As vezes são coisas que eu ouvi. Já estou muito acostumada.Lembro-me como se fosse ontem, que eu tinha uns momentos só meu, nos quais eu gostava de brincar sozinha. Inventar momentos e fatos em que tudo estava bem, e falava sozinha. Aquela coisa de amigo imaginário
Talvez aqui nesse capítulo, eu fale um pouco mais da minha visão.Provavelmente você não irá me ver fazendo de vítima porque eu tenho reações contrárias a isso.Eu tenho um hábitos bem diferenciado sobre costumes.Eu sou um pouco coerente e participo de grupos para ver se há pessoas que estão iguais a mim. Se existem pessoas de fato com o mesmo problema ou soluções.Se tem uma vida normal, se encontraram algum jeito melhor de lidar.E acreditem eu pareço a única que leva na maior naturalidade.Mas eu estou com certa intolerância a certos alimentos, mudei minha alimentação faz algum tempo.Sinto tudo diferente. E isso me torna a estranha, rejeitada, afastada, sim até de minha própria família.Meus pontos de vistas são diferentes, minha percepção é baseada em fundamentos sinceros. Não que as outras pessoas não sejam, mas eu sinto nelas um contorno para agradar.Como assim Daniela?Eu não vou sorrir se não estou sentindo vontade daquilo o que torna m
De repente você está lá com trinta anos e pensa de maneira racional:"Como os meus gostos mudaram!"Sem interferências das vozes.Eu dei crédito pra você e eu entendermos a diferença que causa essa compostura que eu chamo de "vozes".Elas me ajudam a escrever este livro mesmo que eu não queira.Elas trazem um enredo de palavras, de qualquer forma. Como se tivessem vida.Ou eu dou vida à elas?Bom, eu estou aprendendo, as vezes é como jogar vídeo game, ou mexer no celular. Tudo envolve táticas.Os meus gostos foram mudando com o tempo. Eu estou gostando mais das coisas das quais as pessoas não gostam, ou que poucas gostam. Isso é bom e ruim. Bom porque fazer cursos numa área que quase nem todos gostam, te leva a menos concorrência, e por outro lado ruim porque quase não ter pessoas interessadas nas mesmas coisas te fazem as vezes sentir-se estranha.Estar buscando entender suas diferenças, te faz sentir estranha sim, porque as vezes
A minha depressão me trouxe alguns problemas. Já ouvi muitas coisas horríveis sobre de que a minha depressão fosse falta de algum trabalho e etc. Mas eu não dei muita bola, pois talvez pode ter sido o excesso dele, por trabalhar longos finais de semanas até sem dormir. Então não me preocupei muito, pois, as vezes são pessoas que não sabem nada de sua vida então não acrescenta em nada.Eu muitas vezes estive melancólica e acabei desistindo de muitas coisas em minha vida. Como trabalhos, estudos e oportunidades. Hoje eu olho para trás como seria se eu tivesse feito tratamento antes. Como estaria a minha vida agora. Nunca fui adepta aos remédios, mas eles poderiam ter auxiliado.Um depressivo não vai ver a vida colorida e alegre como você vê e sente as coisas. A vida dele é triste e amarga com tudo. Seus sentimentos são como quente e frios, não que não tenham coração, mas entre frio e quente eles não são mornos, ou eles tem ou não tem, ou eles sentem ou não sentem nada e sé
Já parei pra pensar que esse meu jeito poderia de alguma forma interferir minhas relações. Como está sendo agora.Moro com minha mãe, e ela reluta pra conviver comigo. Ela não entende que meu processo é mental, mas ela tenta.Ela é típica aquelas mulheres de igreja que dizem "com Deus não existe depressão", mas eu já fiz correntes e ela continua ali, e meus problemas também, cada vez mais fortes.É, isso talvez não ajuda, mas é o ponto de vista dela, e eu respeito. O que me traz problemas, por que não vejo de certa forma um interesse dela m mudar de opinião. Mas, como eu disse poucos se importam. E sim, eu luto sozinha, porque minha luta começa dentro de casa. Quando as pessoas dizem que cristão não tem depressão, que não existe. Meu cansaço mental não se diz de éticas ou políticas. Ele existe e está aqui para me salientar que eu tenho um déficit do qual eu preciso cuidar.Mas eu não me importo. Porque como eu disse no capítulo anterior, tem conversas e conversas.<