Meu adorável ex marido
Meu adorável ex marido
Por: Lira
Capítulo 1

Karen, uma mulher madura e independente de 32 anos, cabelos longos e escuros, nascida e criada em São Paulo, está solteira há um ano e meio após se separar do marido, Ricardo. Sua vida profissional vai de vento em popa.

Ela tem uma pequena filha de 10 anos, Flor Bela, que é a luz da sua vida. Flor Bela é uma menina inteligente e carinhosa, mas o pai nunca a amou, pois ele queria um menino e não uma menina. Karen faz de tudo para compensar essa falta de amor paterno, dedicando-se ao máximo para proporcionar a Flor Bela uma infância feliz e segura.

Karen e Ricardo se conheceram em uma festa de amigos comuns. Ricardo era charmoso, ambicioso e parecia ter tudo para oferecer. Karen, na época, estava buscando estabilidade e segurança. Eles começaram a namorar e, após alguns meses, Ricardo propôs casamento.

No entanto, logo após o casamento, Karen começou a notar mudanças em Ricardo. Ele se tornou mais distante, mais focado em sua carreira e menos interessado em sua vida em comum. Karen sentia-se sozinha e ignorada.

Quando Karen engravidou de Flor Bela, Ricardo não escondeu sua decepção por não ser um menino. Ele sempre quis um filho homem para continuar sua linhagem. Karen sentia-se sozinha e magoada com a rejeição de Ricardo.

Ele nunca assumiu a paternidade de Flor Bela, nem mesmo após o nascimento. Ele não participou das consultas médicas, não esteve presente no parto e não se envolveu na criação da filha.

A rejeição de Ricardo afetou profundamente Flor Bela. Ela cresceu sem a figura paterna, sentindo-se muitas vezes incompleta e sem valor. Karen fazia o possível para compensar a falta de Ricardo, mas a ferida da rejeição paterna era profunda.

Karen sentia raiva, tristeza e frustração com a atitude de Ricardo. Ela não entendia como alguém poderia rejeitar uma criança inocente e amorosa como Flor Bela. A rejeição de Ricardo também afetou a autoconfiança de Karen, fazendo-a questionar seu próprio valor como mãe.

A relação entre Karen e Ricardo continuou a se deteriorar. Eles começaram a brigar frequentemente, e Karen sentia-se cada vez mais isolada. Após um tempo, ela decidiu que não aguentava mais e pediu o divórcio.

Porém, apois um tempo, sua mãe não parau de questioná-la sobre quando ela iria se casar novamente, o que deixau Karen cada vez mais irritada.

A pressão da mãe de Karen para que ela se casasse novamente só aumenta o estresse diário que ela já enfrenta como mãe solteira e empresária. Karen tenta explicar para a mãe que está focada em sua carreira e em criar Flor bela, mas as conversas sempre acabam em discussões.

Desde que se separou do marido, Karen não teve um momento de paz. Sua mãe, Dona Cíntia, não parava de perguntar quando ela iria se casar novamente. Cada visita, cada telefonema, era a mesma ladainha. Karen já estava no limite da paciência.

Apesar de tudo, Karen mantém a cabeça erguida e continua lutando por um futuro melhor para ela e sua filha, determinada a mostrar que não precisa de um marido para ser feliz e realizada.

Em uma bela tarde Karen estava sentada em sua espaçosa sala de estar, cercada por móveis modernos e elegantes que refletiam seu sucesso como empresária. Ela olhava para a tela do laptop, revisando os relatórios financeiros da sua empresa, quando ouviu a voz familiar de sua mãe vindo da cozinha.

— Karen, precisamos conversar. — Disse dona Cíntia.

— De novo, mãe? Já sei o que você vai dizer.

— Karen, você já pensou em sair com alguém? — perguntou Dona Cíntia, enquanto preparava um jantar especial. — Você sabe, não é bom ficar sozinha por tanto tempo.

Karen suspirou profundamente, sentindo a irritação crescer dentro dela. Era a mesma conversa de sempre, e ela já estava cansada de ouvir as mesmas perguntas repetidas vezes.

— Mãe, eu estou bem assim — respondeu Karen, tentando manter a calma. — Estou focada no meu trabalho e na minha filha. Não preciso de um homem para ser feliz.

Cíntia apareceu na porta da cozinha, Seu olhar era de preocupação, mas também de insistência.

— Eu sei, querida, mas você não acha que seria bom para a Flor Bela ter uma figura paterna? Ela precisa de um pai.

Karen fechou o laptop com um estalo, levantando-se do sofá. Ela caminhou até a janela, olhando para o jardim bem cuidado lá fora. A menção de flor Bela sempre tocava um ponto sensível.

— Flor Bela está bem, mãe. Ela é uma menina forte e feliz. E eu estou aqui para ela, sempre estive. Não precisamos de mais ninguém.

— Você sabe que eu só quero o seu bem. Quando você encontrar alguém e se casar de novo, tenho certeza que será muito mais feliz? Não pode ficar sozinha para sempre, minha filha. — Disse Cíntia, enquanto passava a mão com carinho no rosto de Karen. — Só porque o seu primeiro casamento não deu certo, isso não quer dizer que o segundo não irá da certo. Não deixe que isso atrapalhe a sua vida.

— Mãe, eu estou bem sozinha. Tenho minha carreira, meus amigos. Não preciso de um marido para ser feliz.

— Mas você não acha que está na hora de pensar no futuro? E se você acabar sozinha?

— Mãe, eu já disse mil vezes que estou feliz assim! Por que você não consegue entender? — ela Levanta os braços, exasperada.

— Karem... — murmurou Cíntia.

— Já chega, mãe. Para mim já deu! cansei de conversar com a senhora. — afirmou a moça, enquanto sentava-se no sofá novamente, — Acho que já está na hora da senhora ir embora, até porque você já viu a Flor Bela.

Cíntia resolveu fazer o que Karen pediu e ir embor. Ela pegou a sua bolsa que estava em cima da pequena mesa ao lado da estante dos livros e em sequida pegou as chaves do carro. Por último, caminhou até a porta de saida.

— Se cuida, minha filha. — disse ela, enquanto saia pela porta, fechando a porta atrás de si.

Karen acenou para a mãe, um pouco irritada mas cheia de amor. Ela continuou mexendo no lptop até tarde da noite, organizando os assuntos pendentes da empresa.

Mais tarde, naquela noite, depois que Flor Bela foi para a cama, Karen se sentou ao lado da filha, acariciando seus cabelos castanhos enquanto ela dormia. Flor Bela era tudo para ela, e a ideia de que seu ex-marido nunca a amou por ser uma menina ainda a machucava profundamente.

— Você é perfeita do jeito que é, minha pequena — sussurrou Karen, sentindo uma lágrima escorrer pelo rosto. — E eu sempre vou estar aqui para você, não importa o que aconteça.

Karen sabia que sua jornada como mãe solteira não seria fácil, mas ela estava determinada a dar o melhor de si para Flor Bela. E, apesar das pressões externas, ela estava confiante de que poderia encontrar a felicidade e a realização por conta própria, sem precisar de um novo casamento para isso.

De repente, Karen se levantou da cama com cuidado e sussurou para si mesma:

— Isso será perfeito. Só assim a minha mãe não insistira mais nesse assunto. — Murmurou ela, enquanto dava pequenos passos pelo quarto.

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