Karen olhou nos fundos dos olhos de Ricardo, sorriu e respondeu:— Não… Nós não passamos a noite juntos… — murmurou, com a voz trêmula, os olhos fixos no chão. — Eu me lembro de tudo o que aconteceu na noite anterior. Se você tivesse tocado em mim, eu te mataria agora mesmo. — Seus olhos se ergueram, brilhando com uma mistura de raiva e dor. — Eu poderia fazer isso agora, mas não quero. Não quero porque tenho pessoas que amo, pessoas que significam o mundo para mim. Quero aproveitar a minha vida perto delas, sentir a alegria de estar com quem me importa. — Sua desgraçada!... — Exclamou Ricardo. — Outra coisa!... A Bela não está. Menti ontem à noite. Na verdade, ela saiu porque não quer ver a sua cara nem pintada de ouro! — Explicou Karen, com um tom de voz carregado de desprezo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e determinação. — Mas... Agora ela tem um pai de verdade.Ricardo, com os olhos arregalados de raiva, exclamou:— Não fala dessa peste perto de mim! — Ele se lev
Depois que dona Cíntia passou um tempo com Karen, ela teve que voltar para casa para resolver alguns problemas no trabalho. Embora preocupada com a filha, ela sabia que tudo ficaria bem novamente. Após a saída da mãe, Karen se sentou no sofá da sala, sentindo uma crescente ansiedade. O relógio já marcava 9h da manhã e Flôr Bela, que havia dito que passaria a noite na casa de uma amiga, ainda não tinha chegado. A preocupação de Karen aumentava a cada minuto.Ela pegou o celular que estava em cima do sofá e tentou ligar para Bela várias vezes, mas sem sucesso. Frustrada, jogou o celular de volta no sofá e passou a mão pelos cabelos, tentando acalmar-se. Em seguida, tentou ligar para o motorista, mas o sinal estava fraco e a ligação não completava. O ambiente ao redor estava silencioso, exceto pelo som distante do trânsito matinal. A luz do sol entrava pela janela, iluminando a sala de estar. Karen olhou ao redor, sentindo-se sozinha e impotente.De repente, ouviu batidas na porta. Seu
O mundo de Felipe parou por alguns segundos, enquanto ele observava cada detalhe do rosto de Karen. Seus olhos percorriam o rosto dela, dos olhos brilhantes e cheios de vida até os lábios delicados que esboçavam um sorriso tímido. Ele sorriu, um sorriso puro e cheio de amor, e com uma mão trêmula, tocou suavemente o rosto dela. Murmurou novamente, com a voz carregada de curiosidade e ternura:— O que você quer me contar?... — Seus olhos fixos nos dela, buscando respostas. Felipe sabia que, pelo sorriso de Karen, era algo mais do que bom. — Hum?...Karen olhou para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de alegria e nervosismo. Ela também tocou o rosto dele, sentindo a textura da pele que tanto amava. Com delicadeza, colocou a mão na barriga e depois retornou o olhar para ele, pegando a mão dele e colocando-a sobre sua barriga. Ela suspirou fundo, ainda sorrindo, e respondeu com a voz trêmula de emoção:— Eu... Eu estou grávida. — Disse ela, com os olhos marejados. — Estou grávida,
Um ano se passou desde o nascimento do bebê de Karen e Felipe. O pequeno Lucas, com seus olhos brilhantes e sorriso encantador, trouxe uma nova luz à família. Karen, com um olhar de ternura, segurava Lucas em seus braços, sentindo o calor e a suavidade de sua pele. Felipe, ao lado dela, não conseguia conter o orgulho e a felicidade que transbordavam de seu coração.Bela, agora a irmã mais velha, estava radiante com catorze anos de idade. Ela adorava seu novo papel e se dedicava com entusiasmo a cuidar do irmãozinho. — Olha, mamãe, ele está sorrindo para mim! — exclamava Bela, enquanto balançava suavemente o chocalho colorido diante de Lucas. Seus olhos brilhavam de alegria e seu sorriso era contagiante.Karen observava a interação entre os filhos com um sorriso sereno. — Você está fazendo um ótimo trabalho, Bela. Lucas tem muita sorte de ter uma irmã tão amorosa, — disse Karen, acariciando os cabelos de Bela. Felipe, por sua vez, se aproximava e envolvia os três em um abraço caloro
Karen, uma mulher madura e independente de 32 anos, cabelos longos e escuros, nascida e criada em São Paulo, está solteira há um ano e meio após se separar do marido, Ricardo. Sua vida profissional vai de vento em popa.Ela tem uma pequena filha de 10 anos, Flor Bela, que é a luz da sua vida. Flor Bela é uma menina inteligente e carinhosa, mas o pai nunca a amou, pois ele queria um menino e não uma menina. Karen faz de tudo para compensar essa falta de amor paterno, dedicando-se ao máximo para proporcionar a Flor Bela uma infância feliz e segura.Karen e Ricardo se conheceram em uma festa de amigos comuns. Ricardo era charmoso, ambicioso e parecia ter tudo para oferecer. Karen, na época, estava buscando estabilidade e segurança. Eles começaram a namorar e, após alguns meses, Ricardo propôs casamento.No entanto, logo após o casamento, Karen começou a notar mudanças em Ricardo. Ele se tornou mais distante, mais focado em sua carreira e menos interessado em sua vida em comum. Karen sent
Karen chegou cedo ao trabalho, como de costume. A empresa estava em plena atividade, com os funcionários se movimentando de um lado para o outro, ocupados com suas tarefas. O edifício era imponente, um dos maiores e mais modernos da cidade, com uma fachada de vidro que refletia o céu azul. No interior, o ambiente era sofisticado, com pisos de mármore e uma decoração minimalista que exalava profissionalismo.Ao sair do elevador no primeiro andar, Karen foi imediatamente cumprimentada pelos funcionários. — Bom dia, senhorita Karen! — disse uma das funcionárias, segurando uma bandeja de café com xícaras fumegantes. O trabalho na empresa era longo e exaustivo, e o café era uma necessidade constante para manter todos energizados.— Bom dia! — respondeu Karen com um sorriso, enquanto caminhava em direção ao seu escritório. Ela observava os outros funcionários, todos vestidos de maneira impecável. Karen, em particular, destacava-se com sua blusa branca elegante, uma saia justa que acentuava
Felipe abriu a pequena caixinha de veludo e viu duas alianças brilhando lá dentro. Ele olhou para Karen, surpreso.— Alianças? — perguntou ele, ainda tentando processar tudo.Karen assentiu, um sorriso tímido nos lábios.— Sim, você precisará usar uma delas para tornar tudo mais convincente. — Ela pegou uma das alianças e entregou a Felipe. — Aqui, experimente.Felipe colocou a aliança no dedo, sentindo o peso da situação. Ele olhou para Karen, que parecia aliviada.— Ficou perfeita — disse ela, satisfeita. — Agora, vamos ao próximo passo.Depois de um longo dia de trabalho na empresa, Karen e Felipe saíram juntos. Karen dirigiu até a casa dela, um lugar aconchegante e bem cuidado. Ao chegarem, ela virou-se para Felipe, um pouco nervosa.— Está pronto para conhecer minha mãe? — perguntou ela, tentando esconder a ansiedade.Felipe respirou fundo e assentiu.— Sim, estou pronto.Karen dirigiu até a casa dela, um lugar espetacular e luxuoso, localizado em um bairro nobre da cidade. A cas
A mãe de Karen olhou para o rapaz e depois para a filha, com uma expressão de surpresa estampada no rosto. Ela perguntou novamente, tentando processar a informação:— Noivo? Tão depressa? — indagou dona Cíntia, com as sobrancelhas arqueadas. — Pensei que você estava solteira esse tempo todo.Dona Cíntia, mãe de Karen, estava visivelmente impressionada com a notícia inesperada da filha. Ela não conseguia acreditar no que acabara de ouvir e precisava de um momento para assimilar a novidade.— Sim, mãe. Este é o Felipe, meu noivo — afirmou Karen com um sorriso tímido, mas confiante. — Decidi esperar um pouco antes de apresentá-lo para a senhora.Cíntia, ainda um pouco atônita, forçou um sorriso e estendeu a mão para cumprimentar o rapaz.— Muito prazer em conhecê-lo, meu jovem — disse ela, apertando a mão dele com um sorriso acolhedor, embora ainda um pouco hesitante.— O prazer é todo meu, senhora — respondeu Felipe, assentindo respeitosamente.A tensão no ar era palpável, mas aos pouco