A luz solar entrava pela janela, inundando o quarto com um brilho dourado que anunciava um dia ensolarado. Karen abriu os olhos lentamente, a luz intensa invadindo seu campo de visão como uma lâmina afiada. Sua cabeça latejava, cada batida pulsante ecoando dolorosamente em sua mente. Ela olhou ao redor, desorientada, tentando se lembrar do que havia acontecido.As cortinas brancas ondulavam suavemente na brisa, criando sombras dançantes nas paredes. O lençol branco, macio como seda, cobria seu corpo e seus dedos deslizaram sobre a textura fria, enviando arrepios pela sua espinha. O quarto estava impregnado com o cheiro suave de lavanda, misturado com um leve aroma de álcool.Karen levantou a cabeça lentamente, esforçando-se para lembrar da noite anterior. Mas sua mente estava um vazio absoluto. O homem ao seu lado respirava profundamente, seu peito subindo e descendo em um ritmo constante e tranquilizador. O pânico começou a crescer dentro dela. Seus olhos varreram o quarto, buscando
Karen olhou nos fundos dos olhos de Ricardo, sorriu e respondeu:— Não… Nós não passamos a noite juntos… — murmurou, com a voz trêmula, os olhos fixos no chão. — Eu me lembro de tudo o que aconteceu na noite anterior. Se você tivesse tocado em mim, eu te mataria agora mesmo. — Seus olhos se ergueram, brilhando com uma mistura de raiva e dor. — Eu poderia fazer isso agora, mas não quero. Não quero porque tenho pessoas que amo, pessoas que significam o mundo para mim. Quero aproveitar a minha vida perto delas, sentir a alegria de estar com quem me importa. — Sua desgraçada!... — Exclamou Ricardo. — Outra coisa!... A Bela não está. Menti ontem à noite. Na verdade, ela saiu porque não quer ver a sua cara nem pintada de ouro! — Explicou Karen, com um tom de voz carregado de desprezo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e determinação. — Mas... Agora ela tem um pai de verdade.Ricardo, com os olhos arregalados de raiva, exclamou:— Não fala dessa peste perto de mim! — Ele se lev
Depois que dona Cíntia passou um tempo com Karen, ela teve que voltar para casa para resolver alguns problemas no trabalho. Embora preocupada com a filha, ela sabia que tudo ficaria bem novamente. Após a saída da mãe, Karen se sentou no sofá da sala, sentindo uma crescente ansiedade. O relógio já marcava 9h da manhã e Flôr Bela, que havia dito que passaria a noite na casa de uma amiga, ainda não tinha chegado. A preocupação de Karen aumentava a cada minuto.Ela pegou o celular que estava em cima do sofá e tentou ligar para Bela várias vezes, mas sem sucesso. Frustrada, jogou o celular de volta no sofá e passou a mão pelos cabelos, tentando acalmar-se. Em seguida, tentou ligar para o motorista, mas o sinal estava fraco e a ligação não completava. O ambiente ao redor estava silencioso, exceto pelo som distante do trânsito matinal. A luz do sol entrava pela janela, iluminando a sala de estar. Karen olhou ao redor, sentindo-se sozinha e impotente.De repente, ouviu batidas na porta. Seu
O mundo de Felipe parou por alguns segundos, enquanto ele observava cada detalhe do rosto de Karen. Seus olhos percorriam o rosto dela, dos olhos brilhantes e cheios de vida até os lábios delicados que esboçavam um sorriso tímido. Ele sorriu, um sorriso puro e cheio de amor, e com uma mão trêmula, tocou suavemente o rosto dela. Murmurou novamente, com a voz carregada de curiosidade e ternura:— O que você quer me contar?... — Seus olhos fixos nos dela, buscando respostas. Felipe sabia que, pelo sorriso de Karen, era algo mais do que bom. — Hum?...Karen olhou para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de alegria e nervosismo. Ela também tocou o rosto dele, sentindo a textura da pele que tanto amava. Com delicadeza, colocou a mão na barriga e depois retornou o olhar para ele, pegando a mão dele e colocando-a sobre sua barriga. Ela suspirou fundo, ainda sorrindo, e respondeu com a voz trêmula de emoção:— Eu... Eu estou grávida. — Disse ela, com os olhos marejados. — Estou grávida,
Um ano se passou desde o nascimento do bebê de Karen e Felipe. O pequeno Lucas, com seus olhos brilhantes e sorriso encantador, trouxe uma nova luz à família. Karen, com um olhar de ternura, segurava Lucas em seus braços, sentindo o calor e a suavidade de sua pele. Felipe, ao lado dela, não conseguia conter o orgulho e a felicidade que transbordavam de seu coração.Bela, agora a irmã mais velha, estava radiante com catorze anos de idade. Ela adorava seu novo papel e se dedicava com entusiasmo a cuidar do irmãozinho. — Olha, mamãe, ele está sorrindo para mim! — exclamava Bela, enquanto balançava suavemente o chocalho colorido diante de Lucas. Seus olhos brilhavam de alegria e seu sorriso era contagiante.Karen observava a interação entre os filhos com um sorriso sereno. — Você está fazendo um ótimo trabalho, Bela. Lucas tem muita sorte de ter uma irmã tão amorosa, — disse Karen, acariciando os cabelos de Bela. Felipe, por sua vez, se aproximava e envolvia os três em um abraço caloro
Karen, uma mulher madura e independente de 32 anos, cabelos longos e escuros, nascida e criada em São Paulo, está solteira há um ano e meio após se separar do marido, Ricardo. Sua vida profissional vai de vento em popa.Ela tem uma pequena filha de 10 anos, Flor Bela, que é a luz da sua vida. Flor Bela é uma menina inteligente e carinhosa, mas o pai nunca a amou, pois ele queria um menino e não uma menina. Karen faz de tudo para compensar essa falta de amor paterno, dedicando-se ao máximo para proporcionar a Flor Bela uma infância feliz e segura.Karen e Ricardo se conheceram em uma festa de amigos comuns. Ricardo era charmoso, ambicioso e parecia ter tudo para oferecer. Karen, na época, estava buscando estabilidade e segurança. Eles começaram a namorar e, após alguns meses, Ricardo propôs casamento.No entanto, logo após o casamento, Karen começou a notar mudanças em Ricardo. Ele se tornou mais distante, mais focado em sua carreira e menos interessado em sua vida em comum. Karen sent
Karen chegou cedo ao trabalho, como de costume. A empresa estava em plena atividade, com os funcionários se movimentando de um lado para o outro, ocupados com suas tarefas. O edifício era imponente, um dos maiores e mais modernos da cidade, com uma fachada de vidro que refletia o céu azul. No interior, o ambiente era sofisticado, com pisos de mármore e uma decoração minimalista que exalava profissionalismo.Ao sair do elevador no primeiro andar, Karen foi imediatamente cumprimentada pelos funcionários. — Bom dia, senhorita Karen! — disse uma das funcionárias, segurando uma bandeja de café com xícaras fumegantes. O trabalho na empresa era longo e exaustivo, e o café era uma necessidade constante para manter todos energizados.— Bom dia! — respondeu Karen com um sorriso, enquanto caminhava em direção ao seu escritório. Ela observava os outros funcionários, todos vestidos de maneira impecável. Karen, em particular, destacava-se com sua blusa branca elegante, uma saia justa que acentuava
Felipe abriu a pequena caixinha de veludo e viu duas alianças brilhando lá dentro. Ele olhou para Karen, surpreso.— Alianças? — perguntou ele, ainda tentando processar tudo.Karen assentiu, um sorriso tímido nos lábios.— Sim, você precisará usar uma delas para tornar tudo mais convincente. — Ela pegou uma das alianças e entregou a Felipe. — Aqui, experimente.Felipe colocou a aliança no dedo, sentindo o peso da situação. Ele olhou para Karen, que parecia aliviada.— Ficou perfeita — disse ela, satisfeita. — Agora, vamos ao próximo passo.Depois de um longo dia de trabalho na empresa, Karen e Felipe saíram juntos. Karen dirigiu até a casa dela, um lugar aconchegante e bem cuidado. Ao chegarem, ela virou-se para Felipe, um pouco nervosa.— Está pronto para conhecer minha mãe? — perguntou ela, tentando esconder a ansiedade.Felipe respirou fundo e assentiu.— Sim, estou pronto.Karen dirigiu até a casa dela, um lugar espetacular e luxuoso, localizado em um bairro nobre da cidade. A cas