Capítulo 5

O dia mal havia amanhecido e Felipe já estava de pé, os primeiros raios de sol iluminando suavemente o quarto. Ele se espreguiçou, sentindo a brisa fresca da manhã entrar pela janela entreaberta. Com um suspiro, levantou-se e caminhou silenciosamente até o quarto da mãe, preocupado com seu bem-estar. Ao abrir a porta, viu que ela ainda dormia, o rosto sereno em meio aos lençóis.

Decidido a preparar um café da manhã especial, Felipe foi até a cozinha. Abriu a geladeira e pegou alguns ovos frescos, leite e uma variedade de temperos. Com movimentos ágeis e precisos, começou a preparar panquecas fofas, o aroma delicioso logo preenchendo o ambiente. Enquanto as panquecas douravam na frigideira, ele espremia laranjas para fazer um suco fresco e vibrante.

Com o café da manhã pronto, Felipe arrumou a mesa com carinho, colocando flores recém-colhidas em um vaso no centro. Satisfeito com o resultado, voltou ao quarto da mãe. Aproximou-se da cama e, com um sorriso terno, sentou-se ao lado dela.

— Mãe... A senhora está acordada? — perguntou ele suavemente, tocando de leve a mão dela.

Quando a mãe de Felipe abriu os olhos, seu rosto refletiu uma mistura de surpresa e ternura. Seus olhos, ainda um pouco sonolentos, brilharam ao ver o filho ao seu lado. Um sorriso suave e caloroso se formou em seus lábios, iluminando seu semblante. As linhas de cansaço suavizaram-se, dando lugar a uma expressão de gratidão e amor profundo.

— Bom dia, meu querido — disse ela, a voz ainda rouca pelo sono, mas cheia de carinho. — Você é sempre tão atencioso.

Felipe retribuiu o sorriso, sentindo-se feliz por poder cuidar dela.

Ele sorriu ao ouvir a voz da mãe e ajudou-a a se sentar na cama, ajeitando os travesseiros para que ela ficasse confortável. Ele pegou uma manta e a colocou sobre os ombros dela, protegendo-a do frio da manhã.

— Preparei um café da manhã especial para a senhora — disse ele, com um brilho nos olhos.

A mãe de Felipe olhou para ele com admiração e carinho, sentindo-se profundamente tocada pela dedicação do filho. Com um esforço, ela se levantou da cama, apoiando-se no braço dele.

— Você é um anjo, Felipe. Sempre cuidando de mim — disse ela, com a voz embargada pela emoção.

Eles caminharam juntos até a cozinha, onde a mesa estava lindamente arrumada. Felipe empurrava a cadeira de rodas da mãe com cuidado, garantindo que ela se sentisse confortável. As panquecas douradas e o suco de laranja brilhante pareciam ainda mais apetitosos sob a luz suave da manhã. Felipe puxou uma cadeira para si e se sentou ao lado dela.

— Espero que goste, mãe — disse ele, servindo uma porção generosa de panquecas no prato dela.

Ela pegou o garfo e deu a primeira mordida, fechando os olhos para saborear o gosto delicioso. Um sorriso de satisfação se espalhou pelo rosto dela.

— Está uma delícia, meu filho. — disse ela, com um brilho nos olhos. — Sente-se e coma um pouco também.

Felipe olhou para o relógio na parede, um antigo relógio de pêndulo que marcava o tempo com precisão. Ele retornou o olhar para a mãe e disse:

— Infelizmente não dá mais tempo, mãe. Tenho que ir trabalhar, caso contrário, irei me atrasar. — Explicou ele, com um tom de desculpa. — Mas eu estarei aqui ao meio-dia, certo? — disse ele, pegando na mão dela com carinho.

— Tudo bem, querido. Tenha um ótimo dia de trabalho. Eu te amo. Você sempre será meu bebê.

— Eu te amo, mãe — disse ele, abraçando-a com ternura.

Ele pegou um copo de suco antes de sair e bebeu rapidamente, sentindo o frescor da bebida.

Do outro lado da cidade, em um bairro elegante, estava Karen. A casa dela era um verdadeiro refúgio de luxo e bom gosto. A fachada moderna, com grandes janelas de vidro, permitia a entrada de muita luz natural. O jardim bem cuidado, com flores coloridas e uma pequena fonte, dava as boas-vindas a quem chegasse.

Dentro da casa, a decoração era impecável. Móveis de design contemporâneo, obras de arte nas paredes e um aroma suave de lavanda no ar. Karen estava quase pronta para mais um dia de trabalho na empresa. Ela usava uma blusa branca social, uma saia justa e um salto alto elegante. Seus cabelos estavam amarrados para trás, combinando com seus brincos de pérola. Ela estava usando joias caras e um perfume que exalava pela sala inteira.

Karen estava olhando alguns papéis da empresa quando a pequena Flor Bela correu e a abraçou por trás.

— Mamãe!... A senhora já está indo trabalhar? Fica um pouco comigo!

Karen se virou e pegou a filha no colo, com um sorriso no rosto.

— Eu adoraria, minha pequena... Mas tenho que ir trabalhar.

— Ah... Mamãe!...

— Filha, eu irei sair mais cedo do trabalho hoje, apenas para ficar com você. — Afirmou ela, com um olhar carinhoso. — Lembre-se, eu te amo.

— Hum!... Tudo bem, mamãe.

— Agora vai tomar o seu café da manhã. — murmurou Karen, fazendo cócegas na pequena. — Daqui a pouco a sua professora irá chegar, então você precisa estar forte e cheia de energia.

Karen colocou Flor Bela no chão, ainda com um sorriso. Uma das empregadas, vestida com um uniforme impecável, acompanhou Flor Bela até a cozinha, mas antes de ir, a pequena virou-se para Karen e disse:

— Mamãe!... — Exclamou ela, entregando um lindo desenho colorido. — Eu fiz para o Felipe, olha.

Karen olhou para o desenho e sorriu.

— É o Felipe aqui?

— Sim, — afirmou a pequena. — Entrega para ele, mamãe.

— Certo, meu bem... Te amo. — disse ela, enquanto pegava as chaves do carro em cima da estante onde ficavam os livros.

Karen abriu a porta do carro, um sedã preto luxuoso, entrando e sentando no banco do motorista. Ela pegou o desenho da filha e olhou novamente, dando um leve sorriso. Em seguida, ela guardou o desenho dentro da bolsa, pegou no volante, deu a ré e foi em direção à empresa.

— Ah… minha pequena nunca se animou tanto assim na presença de alguém, nem mesmo na presença de sua professora. — Murmurou ela para si mesma, com um sorriso no rosto. — Parece que o Felipe tem uma boa afinidade com crianças.

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