CalebMais uma vez, a minha estadia no México se prolongou mais do que eu planejava e Roger precisou vir para me ajudar.Meu relacionamento com a Duda estava cada vez melhor, estávamos nos esforçando para dar certo e eu continuava provando para ela que nenhuma distância poderia apagar o que sentíamos. Toda vez que falava com ela, contávamos os dias para nos reencontrarmos. Decidi pedi-la em casamento e Roger me ajudou a escolher o anel de noivado.Quando retornamos para Nova Iorque, pensei que a surpreenderia com o pedido e o anel, por fim, eu que fui surpreendido, já que minha Duda estava grávida e teríamos um filho ou filha. Nossa vida deu um giro de 360°, e o que parecia impossível aconteceu, não imaginava me apaixonar por alguém depois que Louise faleceu, muito menos ter uma família.Maria Eduarda chegou para somar e me mostrou que o amor realmente existia, e que era possível amar quando seu coração estava em pedaços, quando a sua pior parte parecia se tornar o seu novo eu.Nos ca
Maria EduardaEstava parada em frente à minha antiga casa, segurando uma caixa de papelão com alguns livros.O dia estava nublado, acredito que era uma forma de o Universo mostrar que estava triste com a minha partida.Não estava tão animada assim para mudar de cidade, talvez morar em Nova Iorque, fosse ser bom, mas ficar longe da Elisa era o que mais me atormentava.— Vou te visitar, Duda. — Ela me abraçou de um jeito torto, devido à caixa que estava em meus braços.Meus pais estavam terminando de colocar outras caixas no caminhão.Meu pai havia recebido uma proposta de emprego melhor, em uma empresa multimilionária e, por incrível que pareça, minha mãe também, ela é editora e recebeu um convite de uma amiga sua, a Jenny.Com essa mudança, deixarei minha melhor amiga, Elisa. Temos apenas um mês de diferença de idade e, como sou filha única, sempre a considerei como uma irmã mais velha. Ela tem o Andrés, seu irmão mais velho, que é um gato, mas nunca tivemos nada demais.Há 4 anos que
Caleb— Pode entrar — avisei, na segunda batida.— Bom dia, querido — Jenny falou, assim que terminou de abrir a porta e adentrou minha sala. — Como você está? — perguntou com sorriso largo no rosto.— Bom dia! — Fiz uma pausa, joguei os papéis em cima da minha mesa e afrouxei a minha gravata. — Tudo bem. Como está?— Estou bem e tenho novidades. — disse, se sentando em uma das cadeiras em frente à minha mesa.— Me diga que conseguiu meu novo gerente, por favor! — implorei.— Sim. Soltei o ar, que estava preso em meus pulmões, quando ouvi a palavra “SIM”.— Jenny, você é maravilhosa! — disse sorrindo. — Só não me caso com você…— Porque me considera uma mãe. — afirmou e rimos.— Quando ele começa? — Me encostei na cadeira, esperando por mais notícias.— Ele consegue vir na próxima semana.— Isso era tudo o que precisava ouvir. — Massageei minhas têmporas. — Ele está ciente de que terá que viajar para Toronto algumas vezes?— Sim, Roger está ciente de tudo isso — afirmou.— Eles já tê
Maria EduardaQue homem era esse?E, que voz!Vamos Duda, você precisa reagir – pensei comigo mesma.Então, me lembrei das suas últimas palavras.— Como você prefere, em temperatura ambiente ou gelada? — É a única frase que consegui falar. Meu Deus, Duda, como você era burra.— Pode ser gelada. — Ofereci água gelada sem saber se tinha. Fui até a geladeira e, para minha surpresa, tinha uma garrafa com água.Comecei a procurar por um copo, ainda não sabia em qual lugar a minha mãe os havia guardado.— Desculpe, é que ainda não sei onde minha mãe guardou as coisas — falei, e não olhei para trás, continuei olhando pelos armários. — Achei! — disse e me virei, percebendo que ele deu um meio sorriso, e que sorriso, hein!Ele se aproximou e pegou o copo da minha mão, fiquei sem reação, não sabia o que fazer. Ele ficou parado me observando, os olhos azuis não pararam de me fitar.— Água? — perguntei, sustentando o seu olhar.— Claro. — Ele esticou o copo em minha direção, abri a garrafa e ench
Maria Eduarda— O que você faz aqui? — questionei, assim que Andrés desapareceu do meu campo de visão.— Meu local de trabalho! — falou, apontando para o prédio da frente.— É seu?— Sim! — Arqueou uma de suas sobrancelhas. — Pensou que eu estava te seguindo?— Claro que não.— Vamos? — Andrés voltou.— Claro. — Olho para Caleb. — Até. Não esperei por sua resposta e saí com Andrés.— Tem certeza de que você não tem nada com esse cara? — Senti o meu rosto corar. — Fica linda assim! — Paramos um de frente para o outro, ainda conseguia ver Caleb nos observando. Andrés colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e encostou seus lábios aos meus.Fiquei parada e não me movi.— Desculpe! — falou, assim que percebeu que não tive reação.— Podemos ir devagar? — pedi.— É claro. — Ele sorriu e me abraçou, Caleb já não estava mais no mesmo lugar.Passei a tarde toda com Andrés.Assim que paramos em frente à minha casa, percebi termos visita.— Até! — Andrés falou e encostou seus lábio
Maria Eduarda— Você é muito madura para sua idade. — Ela sorriu e só então, percebi os seus traços, ela deveria ter, no mínimo, uns 25 anos, era bem loira, seu cabelo era curto, na altura dos ombros, seus olhos eram azuis, mas não tão lindos quanto os de Caleb. Ela usava uma camisa de manga longa na cor branca.— Obrigada. — Dei um sorriso sem graça.— Desculpe, ainda não me apresentei — falou, sorrindo para mim. — Sou a Geórgia.— Maria Eduarda. — Tentei retribuir o sorriso. — Vocês são namorados? — perguntei, olhando de um para outro.— Quase. — Geórgia respondeu toda empolgada. — Só falta o pedido.Caleb não me olhou, mas ficou incomodado com a minha pergunta. Ele apenas dirigiu a palavra para os meus pais, a Jenny e a Geórgia. Assim que terminamos o jantar, eles continuaram conversando.— Vamos à varanda — minha mãe convidou. — Venha, filha! — me chamou quando percebeu que não me movi.— Vou organizar as coisas por aqui.— Não precisa, amanhã eu te arrumo.— Claro que não, mamãe,
CalebMaria Eduarda, esse era o nome da minha mais nova perdição.Quando a vi sorrindo daquela maneira para o garoto, algo dentro de mim não gostou do que estava acontecendo, ainda mais quando descobri que ele era um amigo e que apenas queria lhe mostrar a cidade.É claro que seus pais prefeririam que eu lhe mostrasse a cidade e não um moleque.Duda saiu com o garoto mesmo assim e, em seguida, recebi uma mensagem da Jenny dizendo precisar de ajuda com um contrato. Então, marquei de encontrá-la em meu escritório, e enquanto me despedia de Mel e Roger, recebi um convite para jantar com eles. É claro que o aceitei, pois queria ver sua filha novamente.Sem ao menos me trocar, fui direto para o meu carro. Enquanto dirigia, meu celular começou a tocar, olhei no visor e contatei ser Geórgia. Já fazia alguns dias que a estava evitando e assim permaneceria.Parei em frente ao edifício da empresa, entreguei as chaves para o manobrista e antes de entrar, olhei para trás e vi Duda com o seu amigu
CalebNa mesa de jantar, me surpreendi quando Duda disse que tinha apenas 17 anos.Que porra foi aquela? Nos beijamos! Eu poderia ser preso.Apesar do susto, tentei não demonstrar como isso me abalou, mas foi em vão, a cada segundo Duda me olhava, sei que ela percebeu o que estava acontecendo.Eu teria que esperar por seis meses para poder tocá-la da maneira que desejava.Merda! Merda!***Estávamos no meu escritório e o expediente já estava terminando.— Não se preocupe, pode ir tranquilo. — Jenny tentou me confortar. — Vou ajudar Roger com tudo o que ele precisar.— O que seria de mim sem você? — Pare com isso, menino. — Ela se levantou e deu a volta em minha mesa, me puxando para um abraço. — Sabe que sempre estarei aqui para ajudá-lo.— Obrigado — agradeci, me envolvendo em seu abraço. Definitivamente, ela era como uma mãe para mim. — Posso lhe pedir um favor?— Claro.Saí dos seus braços.— Preciso do número da Duda. — confessei, um pouco sem jeito.— Maria Eduarda? — Arqueou um