No dia seguinte...
O Rei entra nos aposentos da Jovem Petra com a Sacerdotisa. Ao ouvir sua voz perguntando sobre sua situação, ela abre os olhos ainda um pouco sonolenta e fraca, o vê sentado ao lado da sua cama. Eles se olham como se não houvesse mais ninguém ali. A Sacerdotisa incomodada com a situação pergunta como ela está.—Jovem Rainha, como se sente?Ela retira os olhos do marido e responde —Estou bem melhor agora Sacerdotisa Irsa.—Mas esteve ardendo em febre há dias como pode está bem?- Leif pergunta como se não acreditasse.—Veja o senhor mesmo. Pode tocar-me a fronte, não tenho mais febre- ela pega a mão do Rei que está apoiada sobre os joelhos, e leva a sua testa.—Realmente a febre cessou, isso significa que não corre mais perigo.—Calma meu senhor, ela ainda inspira cuidados. Seus ferimentos foram profundos. – responde a Sacerdotisa.—Senhora Irsa, não mais sinto os ferimentos doerem. Veja por si mesma.Irsa olha para o Rei, este lhe faz um sinal para que conferisse os ferimentos. Ela levanta com cuidado a roupa da bela jovem deixando seu marido corado ao ver suas curvas perfeitas numa pele alva e delicada. Seu coração b**e descompassado ao ponto dele engolir em seco ao notar o mamilos rijos e rosados da rainha.—Mas isso é impressionante! Como poderia haver cicatrização tão rápida? Quando me disseram que estava quase sem marcas, não acreditei ! Os cortes não se percebem. Isso é magia?—Nada fiz Senhora. Mas acredito que minha mãe está olhando por mim.—Bobagens! Sua mãe nem viva está.—Sim. Ela está bem viva. Dentro de mim.O Rei a olha com desconfiança e ao mesmo tempo com desejos que mal consegue controlar. Ele se levanta para sair dali o mais rápido possível,mas ela o intervém.—Senhor de Vithar, soberano sábio e piedoso. Agora que vê minha recuperação, quero agradecer por ter salvo a minha vida. Serei eternamente grata por isso. Mas, quero que me conceda viver na floresta, fora dos portões da cidade. Tenho trabalhos a fazer com os animais, os anciãos. Mas prometo continuar com minhas tarefas aqui dentro e os treinamentos.Ele não gostaria de negar a um pedido tão simples, mas diante da tentativa de assassinato, diz não! Vira-se e sai sem dizer o motivo.Do lado de fora ...—Meu Rei, por que negou o pedido dela? Vejo que podemos obter muito com sua ajuda.—De que tipo de poderes e qual sentimentos se refere Irsa?-A Gratidão, já havia dito como essa espécie rara se comporta. Ela pediu-lhe para morar na floresta, lá poderá exercer suas magias e curas; é uma espécie de pacificadora, como já imaginávamos.-Eu não sei...e se não der certo?—Vai dar certo....Randi Faz Uma Visita..—Posso entrar? Vejo que já está se alimentando sozinha.—Meu amigo, venha por favor, sente-se bem aqui ao meu lado.—Senhora,vou me retirar por um instante. Se precisar é só chamar.-A serva se apressa em sair.—Pode ir Tamir, mas não tenha receio do Randi,essas chagas em breve ficarão no passado. Não são contagiosas.—Não...não me interpretem mal, eu realmente estava indo limpar ...lá por dentro.—Claro, pode ir Tamir, não é a primeira vez que corre da minha presença -ambos riram- a serva se vai.—Você realmente não se importa com essas atitudes?—Já fizeram muito pior. Hoje, não mais. Eu tenho sua amizade e isso me preenche. Fico feliz que esteja viva; encontrei seu marido no caminho, ele me incentivou a visitá-la.—Meu Marido?! Nem sei como definir nossa relação, Randi. Ele nunca me tocou. Devo ter algum defeito!—Tem sim! De ser a mais bela do reino e de toda Normandia -risos—Não falo de beleza, isso é relativo. Mas de indiferença. Estou aqui há quatro anos e mal conversamos. A não ser quando precisa que finja sermos um casal normal nas festividades. Mas todos sabem que ele dorme com outras.—Pois que seja! Até agora, ele só tem a você como esposa; mas saiba que ele pode ter quantas quiser.—Já havia pensado nisso, mas não entendo minha permanência aqui por parte dele. Já meu pai, sei porque quis me manter.—Sente saudades do teu pai, dá pra notar em teu semblante triste.—Eu o amo, apesar de sua ausência. Era um pai amoroso e cuidadoso. Mas mudou comigo após a morte da mamãe.—É verdade que herdou esses poderes dela? Porque eu sei o que faz comigo. E não é deste mundo!—Eu não faço, você é um receptor natural. Sinto sua dor, seus conflitos e logo se transforma em compaixão. Se tudo isso pode-se chamar de magia, pois que seja. Eu herdei de minha ancestralidade Elfa.—Eu já a vi treinando com algumas guerreiras e guerreiros. É incrível o que faz com as armas.—Nem eu mesma sei até onde essas habilidades poderão chegar. Tenho receio que o Rei queira me usar em suas conquistas. Não sou imortal,posso me recuperar,mas posso morrer a depender do ferimento.—Certa vez me disse que sua mãe poderia ter optado pela imortalidade,por que não o fez?—Ela foi uma das últimas da sua espécie. Não há mais lugar neste mundo para seres como nós. Somos vistas como feiticeiras,bruxas. A igreja tem mostrado qual é o seu papel: de nos aniquilar. E sobre minha mãe, sim; ela optou em abdicar de sua existência eterna por amor ao meu pai. Dizia que não suportaria vê-lo partir e ela permanecer aqui vagando. Mas ela vive em mim. Está sempre comigo através de seu corpo astral. Por isso não me sinto só. E por você,meu único amigo que me faz companhia.—Petra, acha que algum dia vou ser amado? Digo de verdade, por uma mulher.—Arrisco a dizer que já é amado e não sabe.—Então pode ver, me diz quem é!—Quero dizer que não é difícil amar você. Essa pessoa deve está procurando alguém exatamente assim,como você.—Ah, exatamente como eu não, não mesmo!-risos -Veja que até a serva correu na minha presença.—Não me faça rir! Isso é uma fase. Esqueça essa doença. Não dê mais importância e ela desaparecerá.—Então vou ignorar essas fístulas fétidas na minha face e devo dizer que ninguém notará?— Não foi isso que quis dizer. Mas perceba que ao mudar o foco, sequer lembra delas. Damos demasiada importância para tudo que nos incomoda, isso só faz crescer.—Seu marido é um bobo. Que ele não nos ouça! Mas agora preciso ir. Quero que fique bem. Logo voltarei.—Eu agradeço sua visita. Estou lhe devendo aulas de arco e flecha. Deixa me recuperar um pouco mais.—Vou lhe cobrar isso!...O Rei Leif discute com suas tropas sobre as rotas de ataques por mar e terra. Há que cercar os inimigos por todos os lados. Mas uma coisa não sai de sua mente... Quem teria interesse em mandar eliminar sua esposa? Então, ele vai a prisão tirar a confissão de quem havia sido o mandante do atentado....Frida, A Criminosa— Muito bem. Já lhe dei tempo suficiente para pensar em suas prioridades. Matar a esposa de um Rei não foi nada inteligente.—Ela morreu?—Não.—Mais vai morrer! Não poderá protege-la por muito tempo!—Hum, vejo que sabe bem das intenções de quem a contratou. Nunca a vi por esse reino!—E nem verá, nunca mais!A mulher estava presa nas correntes apenas pelos pés, tinha as mãos livres, impossível sair daquele buraco a que chamavam de prisão. Ela abriu uma tampa que estava no seu anel e sorveu o líquido que a deixa agonizando na frente do Rei. Frida estava morta.—Levem essa infeliz para o vale dos corvos, se não tiver morta com esse veneno, há de se devorada antes mesmo de tentar subir de lá. Nada mais tenho a fazer aqui. Redobrem a segurança fora e dentro dos meus muros. Se ela preferiu abreviar a própria existência é porque sabia que seu fim era certo. Pois que Odim, feche as portas para ela em seu reino....Algumas horas depois a morte da condenada, Rei Leif recebe a notícia por seus soldados de que ela havia sumido misteriosamente da prisão.—Bando de inúteis! – Leif bate na mesa com força com ambas as mãos encarando os soldados. —Onde estavam quando isso aconteceu? Quero nomes dos guardiões do calabouço.—Senhor, eu mesmo estava fazendo a guarda juntamente com mais três homens.- Dízia um dos chefes de turno— Acreditamos que sua fuga misteriosa ocorreu duas horas após sua saída de lá. —Não pode ser! Alguém abriu a porta facilitando sua fuga.—Meu senhor, eu sou devotado a vossa alteza e nunca falhei com prisioneiros mais perversos e perigosos. Como não veria uma mulher frágil sair pela porta da frente? —Então me dê uma explicação, estou esperando!- Leif não suporta falhas, ele vira-se de costas em sinal de indignação.—Não tenho senhor, me perdoe. Mas aquela mulher demoníaca não morreu com o veneno, só pode ter virado fumaça saindo pelas frestas .—Ela é uma assassina! Veio aqui na
Templo do Deus Tyr—Sacerdotiza Irsa, com licença. Venho a pedido do Rei Leif para que me mostre como devo proceder com o ritual de oferendas aos deuses-Petra não está confortável diante dela, Irsa não lhe inspira confiança.—Muito bem, Petra. Sei que sua mãe já havia lhe iniciado, e que não cultuava os Deuses do seu pai. Eu sei que tem o dom da cura, sei também que está passando pelo processo de mudança mostrando para todos o poder dos grandes Elfos da era Hen. Suas habilidades tantos físicas, intelectuais e psíquicas a fará ser uma grande guerreira. Mas, tenha em conta que casou-se com um Rei Viking. Ele tem suas próprias crenças, nas quais, você terá obrigação de respeitar e adorar.—A senhora devia ter em conta que sou uma fantoche nas mãos do Rei. Sequer tive o casamento consumado, portanto se todos souberem, ele ficará desmoralizado. —Isso é uma ameaça, Petra?—Não. Jamais me voltaria contra aquele que me deu abrigo. Mas não gosto de mentiras. Como esposa do Rei, preciso m
Dia Seguinte...Petra se levanta da cama e não vê seu marido. Mas onde teria ido tão cedo? Ela veste sua roupa de treinamentos. Na arena, estavam presentes algumas mulheres jovens treinando para proteger o reino juntamente com ela na ausência dos homens. Sua presença é logo notada. Algumas comentam entra sí sobre seu relacionamento confuso com o Rei. Os boatos correm solto que ela não gosta de deitar-se com o Rei, não se sabe o motivo. Petra não se dá por vencida e resolve tomar uma atitude. Então fala em voz alta para que todos possam escutar.—Para quem finge me ignorar, sou Petra de Áxteron, casada com Rei Leif de Áxteron. Guerreira Nórdica das terras do Rei Ásbjorn, meu pai. Há quatro anos estou aqui e poucas são as que me dirigem a palavra. Se algumas de vocês se deita com meu marido é por que assim desejam. Não sou mulher de guerrear por aventuras, e sim, por causas justas e necessárias. Para os que me chamam de bruxa, saibam que não vôo em Vassouras. Sou filha de Elim, a úl
Áxteron, Reino —Petra, você não precisa dar-se ao trabalho. Eu já sei tomar banho sozinho.- Leif tenta desconcertar Petra.—Não será nenhum incomodo, eu apenas lhe ajudarei a limpar o sangue que está nas suas costas. Agora entra de uma vez nessa água! Leif sorri discretamente, retira suas roupas enquanto Petra está buscando panos limpos para que o seque, ao vê-lo imerso no banho termal, admira a imagem daquele jovem despido deixado-a com calor. Petra tenta mostrar naturalidade ao esfregar as costas do marido. Ele parece relaxar e gostar muito de sentir mãos delicadas tocando seu corpo,logo sente um forte desejo de joga-la dentro d’água,mas não faz. Leif fecha os olhos e tenta não reagir aproveitando cada segundo do doce toque da sua esposa. Mil e umas coisas passam por sua mente. Petra realmente seria virgem? Ele não podia sequer imaginar possuir seu corpo de modo forçado. Ela teria que desejar, pedir se fosse necessário. Petra deslizava seus dedos envolto
Áxteron , Reino Leif estava na grande sala aguardando a entrada dos convidados. Petra entra triunfal num belo vestido verde musgo marcado na cintura e com rendas nas mangas e no decote generoso. Seu cabelo estava trançado envolvido numa bela rede de pérolas que sua mãe confeccionou. Leif não conseguiu desviar o olhar da doce esposa.Ela se coloca ao seu lado em silêncio,os primeiros convidados a chegarem foram Lord Rusbert com sua esposa e sogro. Logo em seguida Lord kelpbür, um homem com aspecto endurecido porém de boa aparência.—Sejam bem vindos Lord Rusbert e Lord Kelpbür, vamos para a sala de jantar.—Sua esposa é veramente bela REI Leif,- Kelpbür encara Petra com olhos famintos. —Nota-se que não pertence a estas regiões,veja que pele perfeita!— Obrigada Lord kelpbür por apreciar a beleza da minha esposa,mas não sabia que conhecia de pele tão bem assim?!- Todos riem menos Petra que se conserva calada.—A soberana rainha não fala?-Kelpbür instiga Petra a dizer algo.—Lord kelpbür
Reino de Ásbjorn—Senhor, há uma mulher caída na entrada dos portões, parece fraca. Que faremos?—Mate-a!—Mas senhor, não quer saber ao menos o que ela veio fazer aqui? Está sem cavalo. Deve ter caminhado por luas, há de haver um motivo.—Se não fosse meu conselheiro Urias, o mataria agora mesmo.- Ásbjorn tem fúria no olhar.— abra os portões, se ela for uma inimiga matará a todos nós.—Está fraca senhor, não mataria uma mosca. Vou averiguar e depois aa mando partir.—Faça isso. Mas não me amole mais com isso.Ásbjorn tinha uma sombra que o aconselhava coisas horríveis. O espírito da floresta enviado por sua amada Elim o observava de longe, mas não intervia diretamente nas suas decisões. Urias era fiel ao seu Rei, sem ele o Reino já teria sucumbido de vês. O povo está com fome, o cultivo de legumes e frutas caiu muito. Não há sementes, o sol quase não brilha mais na região como se uma nuvem densa escura se mantivesse alí o tempo todo. Ásbjorn não é mais o mesmo se descuidando da higi
Àsborj,Reino—Urias, prepare o calabouço para essa mentirosa passar uns dias em companhia dos ratos até que eu decida o que fazer com ela.—Meu Senhor, não me jogue no calabouço! Sua filha vinha fazendo isto no reino de Áxteron, não suporto mais, prefiro que me mate de uma vez! Frida joga sua última cartada e vai aos prantos. Ela sabia que ao cair no calabouço dificilmente o Rei lhe daria uma segunda chance.—Pois então diga a verdade!—Senhor, não fui enviada por nenhum deles. Mas confesso que vinha em sua direção para me vingar. Sua filha e o Rei tramam contra ti. Eles falaram sobre um ataque.—Agora que começou, pare de se lastimar mulher. Se merecer, farei de você minha serva. É o máximo que tenho a lhe dar; será isso, ou a sentença.—Por Tyr senhor, não me mate!—Por Tyr? Não me venha com seus deuses. Eles em nada me ajudaram. Tirou de mim o que mais amava.— Sua filha senhor?- Ásbjorn para e pensa antes de responder.—Não faz mais sentido o que foi, pois já não está comigo. Ag
Casa real de Ásbjorn. Alguns dias depois... —Senhor meu Rei. Os meus serviços tem sido de seu agrado?- Marjorie lança sua magia através do olhar. —O que há com você mulher, está diferente? Ásbjorn vê semelhança no falar da Marjorie, seu tom de voz parece muito com da falecida Elim, sua esposa. Isso se deu pelas conjurações que a Marjorie vem feito as noites para que o Deus das sombras a transforme naquilo que o Rei mais deseja. A cada dia ela se parecerá mais com a Elfa. —A que se refere meu Rei? Se estou a lhe incomodar, vou retirar-me. —Não!! Fique aí onde está.- Ásbjorn se aproxima dela... —Senhor, está me assustando! —Pareço um monstro? Não tenha medo. Só estou lhe observando...algo há você que... —Quê??-Marjorie questiona —Nada. Devo está influenciado pela cor do seu cabelo e da sua pele. Me faz lembrar alguém que perdi. —Alguém a quem odiava? Se for, posso mudar meu cabelo de cor senhor. Há tinturas de ervas que faz isso muito bem. —Não precisa mudar nada. Está bem as