Áxteron , Reino
Leif estava na grande sala aguardando a entrada dos convidados. Petra entra triunfal num belo vestido verde musgo marcado na cintura e com rendas nas mangas e no decote generoso. Seu cabelo estava trançado envolvido numa bela rede de pérolas que sua mãe confeccionou. Leif não conseguiu desviar o olhar da doce esposa.Ela se coloca ao seu lado em silêncio,os primeiros convidados a chegarem foram Lord Rusbert com sua esposa e sogro. Logo em seguida Lord kelpbür, um homem com aspecto endurecido porém de boa aparência.—Sejam bem vindos Lord Rusbert e Lord Kelpbür, vamos para a sala de jantar.—Sua esposa é veramente bela REI Leif,- Kelpbür encara Petra com olhos famintos. —Nota-se que não pertence a estas regiões,veja que pele perfeita!— Obrigada Lord kelpbür por apreciar a beleza da minha esposa,mas não sabia que conhecia de pele tão bem assim?!- Todos riem menos Petra que se conserva calada.—A soberana rainha não fala?-Kelpbür instiga Petra a dizer algo.—Lord kelpbür,sua observação sobre minha pele é deveras curiosa. Acho que isso se deu por viver numa clima muito frio na Normandia.—Bem articulada para uma mulher -Kelpbür expõe sua opinião sobre o modo de Petra dirigir-se a ele.—Lord Kelpbür, o que esperava, uma mulher muda ou inculta? De onde venho todas as mulheres aprendem a ler . Não se espante. Kelpbür decide mudar de assunto Todos ficaram surpresos com a reposta da rainha. Leif pareceu gostar da resposta dada pela esposa, isso notava que ela era sábia com as palavras sabendo colocá-las no momento certo. Irsa estava com ódio por dentro, não via a hora de livrar-se da jovem rainha. Petra era esperta e encantava sem fazer nenhum esforço. A esposa do Lord Rusbert conversa com Petra admirando seu cabelo.—Senhora se me permite... não é só sua pele que é bela, mas seus cabelos parecem fogo reluzente. Que lindo arranjo fez com essas pérolas. Gostaria de ter uma igual.—Obrigada Mileide Ester. Mas ii um presente de minha falecida mãe. Ela mesma confeccionou.—As pérolas são brilhantes, parecem verdadeiras.—Elas são verdadeiras.- diz Petra calmamente enquanto bebê uma bebida fermentada a base de uva e pêssegos.Durante o jantar foram tratados assuntos de como fariam para invadir o anglo saxão sem serem notados. Uma forte aliança entre alguns reis poderia destruir a força de dois fortes irmãos que estavam se expandindo rapidamente. Se nada fosse feito logo,a era dos desbravadores Vikings, estaria ameaçada. Sem poder avançar, eles perderiam suas rotas de comércio vindo a sucumbir como derrotados.Petra observa toda a conversa e num dado momento o nome do seu pai foi citado.—Meu caro Rei, soube que o velho Ásbjorn está enlouquecendo de vez. – Petra para de comer e fica de cabeça baixa.—Lord Rusbert, Rei Ásbjorn não é motivo mais de preocupação para mim. Já não devemos nada um ao outro.—Como não? Ele está insano, aloi-se as trevas e vive esconjurando vosso reino, dizem que ele não se lava há anos, está fétido como um porco. – as lágrimas de Petra caem discretamente.—Não é atoa que os monjes estão pensando em exorcizá-lo hahaha- Kelpbür dá uma gargalhada.—Com licença a todos, preciso me retirar, estou indisposta,-Petra sai da mesa e corre para o quarto chorar .—Mas o que deu na sua esposa? Não me diga que ela tem pena desses loucos? Hahaha – diz Kelpbür sarcástico, ele sabia da verdade sobre Ásbjorn.—Meus nobres, vamos mudar de assunto. Ásbjorn é carta fora do baralho, nos concentramos em inimigos mais ferozes.—Certamente, vamos falar sobre os aliados que podemos terão nosso lado.Leif pede a Irsa que vá ver como está Petra. Ela pode está precisando de algo. Petra vai até o quarto na intenção de piorar mais a situação da Jovem rainha.—Com licença, não pude deixar de ouvir os absurdos sobre seu pai. Não é porque seu marido o odeia que vai permitir tamanha afronta. Seu pai deve está sofrendo de possessão, ele viveu cercado de proteção mas agora está sozinho e abandonado. Se nada for feito, ele pode ser preso pela igreja com alegação que sempre foi um perigo para o reino, vão encarcerado até sua morte em algum lugar para endemoniado.—O que pretende vindo aqui me dizer tais asneiras. Meu pai não será encarcerado. Ele ainda é um Rei.—Oh jovem senhora, me perdoe, mas não foi o que ouvimos lá na mesa. Seu pai está possuído por forças obscuras , não pretende ajudá-lo com seus poderes? Já perdeu sua mãe. Quer perder seu pai também?—Irsa, eu não perdi minha mãe, tenha certeza que ela está olhando por meu pai. Nada de mal acontecerá a ele.—A jovem senhora não acha que podia visitá-lo, talvez...passar um tempo até que se restabeleça.—Faz quatro anos que fui esquecida por meu pai em mãos estranhas, podia está morta. Infelizmente não posso fazer nada por ele,ao menos por enquanto. – Irsa está com ódio, nota-se por seu olhar frio.—A senhora que sabe. Ele é seu sangue e se está possuído não sabe o que faz por isso não tem forças para vir até vós.—Não quero falar mais sobre isso. Espero que este assunto tenha sido encerrado na mesa.—Ainda estão rindo da situação, inclusive o Rei. Não devia ter saído e deixado as coisas tomarem a proporção que tomou.—O que acha que devia fazer? Impedir o Lord de escarnecer meu pai? Acredito que nem saiba minha origem.—Sim, certamente um deles sabe, mas fingiu não saber sua origem. Ele estava mandando recado, caso visse o seu pai.—Pois ele perdeu seu tempo. Agora me deixe sozinha.—Como queira, senhora.Irsa sai do quarto na certeza que falhou mais uma vez. A tentativa de enviar Petra ao Reino de Ásbjorn não deu certo. Seria a chance de dar um fim nela no caminho. O jeito seria dar início ao plano de enviar sua irmã Frida até lá pra destruir de vez o Rei Ásbjorn.Após o jantar, todos se foram. Leif se dirige aos aposentos reais na certeza que teria uma explicação para sua esposa sair da mesa deixando os convidados.—Petra, o que faz aí na sacada, quer pegar uma doença? Está frio.—Que diferença isso faz Leif, meu pai foi ultrajado na mesa e você nada fez, aposto que riu nas minhas costas. Leif se aproxima da esposa que está de costas, ele chega o mais perto possível sentindo seu cheiro. Faz menção de tocar nos cabelos mas Petra vira-se de de repente e os dois ficam cara a cara. Ele a olha com desejo, havia bebido um pouco mais da conta. Não seria difícil tomar a esposa. Petra sente uma irresistível vontade de beijá-lo, mas procura sair desviando-se dele.—Está com medo Petra? Eu não sou o monstro que pensa! Tenho meus princípios.—Não tenho medo de você...mas de mim Leif. Ando confusa sobre muita coisa. Além do mais, você tem direitos sobre mim. É meu marido e pode reivindicar o que desejar.—Então é isso? Reivindicar! Não quero nada a força. Você terá que desejar ser minha ou nada será consumado. Seu ódio Petra é visível.—Está enganado. Não odeio mas também não pedirei nunca que né tome como sua.—Isso é o que vamos ver . Passe bem. Vou para outro aposento me deitar com alguma interessada no que tenho a oferecer.—Faça o que bem entender. A mim não atinge Rei Leif.Leif sai em busca de aventura. Encontra Ticiane vagando o pelas vielas do reino, ela é uma anfitriã que se serve aos nobres. Hoje se deitará com o Rei.Reino de Ásbjorn—Senhor, há uma mulher caída na entrada dos portões, parece fraca. Que faremos?—Mate-a!—Mas senhor, não quer saber ao menos o que ela veio fazer aqui? Está sem cavalo. Deve ter caminhado por luas, há de haver um motivo.—Se não fosse meu conselheiro Urias, o mataria agora mesmo.- Ásbjorn tem fúria no olhar.— abra os portões, se ela for uma inimiga matará a todos nós.—Está fraca senhor, não mataria uma mosca. Vou averiguar e depois aa mando partir.—Faça isso. Mas não me amole mais com isso.Ásbjorn tinha uma sombra que o aconselhava coisas horríveis. O espírito da floresta enviado por sua amada Elim o observava de longe, mas não intervia diretamente nas suas decisões. Urias era fiel ao seu Rei, sem ele o Reino já teria sucumbido de vês. O povo está com fome, o cultivo de legumes e frutas caiu muito. Não há sementes, o sol quase não brilha mais na região como se uma nuvem densa escura se mantivesse alí o tempo todo. Ásbjorn não é mais o mesmo se descuidando da higi
Àsborj,Reino—Urias, prepare o calabouço para essa mentirosa passar uns dias em companhia dos ratos até que eu decida o que fazer com ela.—Meu Senhor, não me jogue no calabouço! Sua filha vinha fazendo isto no reino de Áxteron, não suporto mais, prefiro que me mate de uma vez! Frida joga sua última cartada e vai aos prantos. Ela sabia que ao cair no calabouço dificilmente o Rei lhe daria uma segunda chance.—Pois então diga a verdade!—Senhor, não fui enviada por nenhum deles. Mas confesso que vinha em sua direção para me vingar. Sua filha e o Rei tramam contra ti. Eles falaram sobre um ataque.—Agora que começou, pare de se lastimar mulher. Se merecer, farei de você minha serva. É o máximo que tenho a lhe dar; será isso, ou a sentença.—Por Tyr senhor, não me mate!—Por Tyr? Não me venha com seus deuses. Eles em nada me ajudaram. Tirou de mim o que mais amava.— Sua filha senhor?- Ásbjorn para e pensa antes de responder.—Não faz mais sentido o que foi, pois já não está comigo. Ag
Casa real de Ásbjorn. Alguns dias depois... —Senhor meu Rei. Os meus serviços tem sido de seu agrado?- Marjorie lança sua magia através do olhar. —O que há com você mulher, está diferente? Ásbjorn vê semelhança no falar da Marjorie, seu tom de voz parece muito com da falecida Elim, sua esposa. Isso se deu pelas conjurações que a Marjorie vem feito as noites para que o Deus das sombras a transforme naquilo que o Rei mais deseja. A cada dia ela se parecerá mais com a Elfa. —A que se refere meu Rei? Se estou a lhe incomodar, vou retirar-me. —Não!! Fique aí onde está.- Ásbjorn se aproxima dela... —Senhor, está me assustando! —Pareço um monstro? Não tenha medo. Só estou lhe observando...algo há você que... —Quê??-Marjorie questiona —Nada. Devo está influenciado pela cor do seu cabelo e da sua pele. Me faz lembrar alguém que perdi. —Alguém a quem odiava? Se for, posso mudar meu cabelo de cor senhor. Há tinturas de ervas que faz isso muito bem. —Não precisa mudar nada. Está bem as
Reino De Áxteron—Irsa, aonde foi minha mulher? Não a vejo em lugar algum!—A Jovem Rainha saiu com seu amigo Rendi para uma corrida de cavalos. —Mas com o Rendi? Não à autorizei sair dos portões sem minha permissão!—Ela mandou avisá-lo meu Rei que estaria em treinamento. —Vou atrás dela. Quem pensa que é para me desobedecer!—Não vê que é isso justamente que ela quer? Deixá-lo embaixo dos seis pés.—Tolices! Nenhuma mulher neste mundo fará isso comigo. Antes a mataria.—Ir atrás dela significa o quê, meu Rei ?!—Talvez tenha razão. Mas... não foi você mesma que disse para deixá-la apaixonada por mim, o que mudou?—Sim,eu disse! Mas os papéis parecem que se inverteram meu Rei. Um homem apaixonado fica vulnerável. Eu não confiaria nela.—Eu apaixonado?? Está louca irsa! Vou cuidar do meu cavalo. Ele sim me compreende.Leif vai para o stabulo conversar com seu cavalo Husper. Ele ama seu animal mais que qualquer coisa, foi um presente do seu pai. Leif está perdido em seus p
Àxteron, Reino —Petra, o que faz na cama tão cedo?—Não tenho nada para fazer, melhor que durma,assim não penso na vida que levo.—Está infeliz?—Feliz é que não estou. Mas consigo sobreviver.—Me idéia tanto assim Petra? —Nem tudo gira em torno da vossa alteza. Eu gostaria de está num outro lugar.—Sente falta do seu reino? Não mais pertence a ele!—Aquele reino sempre me pertencerá. Alí repousa de minha mãe Elim, alí eu também repousarei um dia.—Nunca permitiria que sua cerimônia fosse em Ásbjorn.—Não seja ridículo!! Caso venha partir antes de você, é para lá que meu corpo será levado. Minhas cinzas jogadas no desfiladeiro.—Você me chamou de Patético?? Leif puxa sua adaga afiada e se joga sobre o corpo da esposa na cama empunhando no pescoço. Petra nada diz, ela fica imóvel respirando ofegante. Leif tem um brilho diferente no olhar. Ela percebe que seus reais sentimentos não são se ódio, mas fica a dúvida sobre essa estranha reação.—Vai me matar, Leif?—Repita o que disse mai
Era madrugada nos arredores da cidade de Áxteron. Guerreiros estavam prontos para por o plano de incendiar o acampamento inimigo. Petra já havia posto as crianças e anciãos em segurança. Algumas guerreiras estavam com ela, pela primeira vez a Jovem Rainha não se sentia excluída. Ela era majestosa no seu uniforme de guerreira ostentando seu arco e flechas. Petra era uma das melhores nessa categoria. Rei Alef aguardava próximo ao acampamento inimigo com outros guerreiros e Winnie estava a frente do combate. Ao se aproximarem do acampamento, notaram um silêncio, significava que estavam dormindo como Petra havia imaginado. Havia pouca iluminação devido a pequenas fogueiras que ainda insistiam em queimar. Eles observaram que havia vestígios de bebidas e restos de comida, sinal que estavam fartos e sonolentos. Não havia sequer alguém de prontidão. Seriam mesmo inimigos ou um exílio em massa acampando em terras estranhas?! Isso só saberiam se atacassem. Leif dá a ordem que tocasse fogo na pa
Nessa mesma noite Petra teve um sonho que a deixou profundamente angustiada. Ela sonhou que seu marido havia sido morto em um conflito de guerra, ela via nitidamente de um lado, uma bandeira com o brasão do reino de seu pai, do outro, a da igreja cristã. Petra grita durante a madrugada, está molhada de suor e sentada na cama agarrada aos lençóis. Leif , que dormia no quarto ao lado, levanta-se para socorre-la.—Petra, Petra...que houve, Quem esteve aqui?-ele impunha uma espada para o alto.—Abaixa essa espada Leif, não há ninguém. Foi um pesadelo, um triste pesadelo de morte. -ela cai em prantos.—Calma, não fique assim. Posso me sentar ao seu lado?-ela assente.—Pelo visto deve ter sido algo muito ruim. Não quer dividir comigo?Ela o abraça aliviada por ver que está bem ali em segurança. Num ímpeto de sentir esse carinho, Leif retribui ao abraço da esposa. —Calma Petra, foi só um sonho. Não era pra menos, você teve um dia difícil . – ela se afasta e o olha com carinho.—Voc
Àxteron, Reino—Vinnie, alguma novidade? Não podemos baixar a guarda. O Arcebispo não estava para brincadeira ao se referir a rainha como uma Bruxa.—Sr. Ainda não há nenhuma nova mensagem por parte inimiga. Mas acredito que o Arcebispo Duprê está pouco interessado em acordos. Na sua concepção dos fatos, uma bruxa será sempre bruxa. Não esqueçamos que o Rei Ásbjorn atacou o mosteiro há 4 anos dizimando quase todos. —Mas o que Petra tem a ver com isso, Vinnie?- Petra que acabara de entrar responde.—Leif, veja que sou filha de Elim a Elfa. Minha mãe sempre foi alvo da igreja, ela era supostamente a última da sua espécie e não faria mal a ninguém. Meu pai matou muitos religiosos para impedir que viessem buscar minha mãe como prisioneira. Isso certamente será sua vingança. Vinnie está certo. Eles não vão desistir.—Malditos!! Usam o nome do seu Deus como desculpa para aplacar seu ódio. – Leif está indignado e com muito ódio.—Infelizmente o melhor a fazer é esperar. Podemos montar