Meu Novo Vizinho Bilionário
Meu Novo Vizinho Bilionário
Por: Y. M. Schneider
Capítulo 1

POV da Victoria

O que uma garota faz pelo seu irmão um governo não faz pelo seu país. Mais interesse em marketing que eu tenho só o interesse de um recém nascido em economia. Exato, nenhum, além de eles não entenderem nada sobre, igual eu com publicidade.

Mas aqui estou eu, bem longe da minha zona de conforto em Florence, no Oregon, no meu antigo quarto na casa da minha família em Las Vegas, me arrumando para um evento nada mais nada menos do que da Mercedes. Meu irmão mais velho, Christian, está cursando publicidade na universidade, o evento em si aconteceria ali em Vegas e o querido tinha a possibilidade de levar um acompanhante, então ele resolveu me arrastar.

A vontade que eu tinha de estar no meio de um monte de riquinho metido e mimado com o nariz empinado debaixo da saia da mamãe e do papai empresário que tinham como lema que o dinheiro para ser limpo precisa ser lavado, era nula. Mas a vontade que eu tinha de demonstrar apoio e amor ao meu irmão era infinita, então eu iria. Iria até o fim do mundo com as pessoas mais detestáveis por Chris. Já estava indo.

"Minha irmãzinha querida!" Ele diz, entrando no quarto.

"O que você quer?" Pergunto desconfiada.

"Ter certeza de que não mudou de ideia." Ele responde.

"O que você me pede sorrindo que eu não faço chorando?" Respondo com um sorrisinho.

"Saímos em quinze minutos." Ele avisa e eu assinto. Termino de tingir meus lábios de vermelho e aliso meu vestido uma última vez, conferindo meu reflexo no espelho. Certo. Vamos lá.

Entro no banco do carona do Volvo do meu irmão. Eu ganho um aluguel em outra cidade e ele um carro, já que eu preferi uma casa em outro estado e ele continuou morando com nossos pais, prioridades de cada um.

"Não me deixe sozinha." Peço ao chegarmos.

"Relaxa, maninha." Ele respondeu, sem me tranquilizar muito.

Por ser um evento fechado da Mercedes eu jurava que seriam poucas pessoas e que eu não gostaria de nenhuma delas. Mas eu estava enganada sobre a quantidade, a não ser que esse pessoal tenha um carro por pessoa, só pelo estacionamento lotado já dava para perceber que o lugar estaria cheio. Cheio de gente arrogante.

"Dá tempo de desistir?" Pergunto após descer do carro.

"Como você é engraçada. Vamos lá." Ele ri e me oferece o braço para ficarmos juntos e me confortar.

Um dos seguranças conferem nossos nomes na lista e nos entregam broches para prendermos no peito escrito "estudante" e "acompanhante." Entramos em um salão imenso de dois andares em formato circular, parecia um shopping gigante porém ao invés de lojas, tinham telas com vídeos dos carros mostrando detalhes de perto ou em alta velocidade por estradas desertas, quiosques com drinks e comidas e claro, os carros.

"Não precisamos ficar todos juntos, pois assim a perspectiva de cada um sobre o evento, da parte profissional sobre o marketing, vai ser única e podemos debater depois." Chris me explica.

"Como se você estivesse super focado em estar aqui unicamente pelos estudos." Provoco e ele ri.

"Estou fingindo costume."

"Se segurando pra não ir direto nas comidas, eu aposto." Dou risada também.

"Me segurando para não ir pegar senha para entrar em uma das naves. Fingindo que esse telão é a coisa mais interessante que eu já vi, pensando no que posso dizer na universidade depois para poder me divertir um pouco agora." Ele confessa.

"Não é toda noite que passamos em um lugar assim, né?" Ergo uma sobrancelha. "Nunca tinha visto tanta gente usando grife em um só lugar."

"Vic, você está estonteante, se não fosse minha irmã eu estaria jurando que tem mais dinheiro que os próprios Jones."

"Quem?"

Ele me encara esperando eu demonstrar ser piada, mas como eu não faço isso, ele suspira e me explica:

"Só uma das famílias mais ricas do país e donos deste evento."

"Eles são donos da Mercedes?"

"Não, eles são donos de garagens e oficinas de carros de luxo, o que inclui eventos privados como estes. Eles tem um filho da sua idade, é um bom partido." Chris ergue uma sobrancelha.

"Você está querendo vender sua irmã? Eu recuso, obrigada. Preciso de uma bebida." Digo enquanto o arrasto para o bar e peço uma bebida cor de rosa de morango, leite condensado e vodka. Era servida em uma taça junto de um canudinho colorido.

"Pela fortuna dos Jones eu venderia a minha alma."

"Que horror! Aposto que não suportaria um segundo perto dessa família. Qual será a preocupação do filho deles? Ir em baladas caras e gastar mais dinheiro em uma noite do que a maioria das pessoas ganha na vida inteira? O papai não liberar a mesada de um milhão?" Questiono bebericando meu drink. Super doce, mas bom.

"Se eu fosse o filho deles, minha maior preocupação no momento seria quando eu poderia estrear uma belezinha dessas. Vamos ver de perto. Vem, aproveite um pouco o evento de cidade grande antes de voltar para Florence."

Foi tudo em questão de segundos. Eu estava de frente para o bar, o novo carro da Mercedes estava na direção contrária, meu irmão deu meia volta em torno de si e eu fui o seguir, ao mesmo tempo que algum sem noção inconveniente parou bem atrás de mim para perguntar:

"Florence? Você é de Florence?" Enquanto minha bebida deixava a taça para colorir meu vestido e a camisa branca do homem, pois não o vi se aproximando e ao me virar para sua direção, nos batemos. Eu dou um passo para trás, cambaleante e derrubo a taça, que se quebra em mil pedacinhos no chão. "Me desculpe, não quis te assustar."

"Imagina se quisesse!" Balanço a cabeça, meu peito se movendo rapidamente por minha respiração acelerada.

O homem era dono de uma beleza exuberante, era bem mais alto que eu, seus cabelos loiros ondulados penteados para trás me proporcionavam uma visão clara de seus olhos verde esmeralda que me analisavam atentamente enquanto seus lábios fartos estavam levemente apertados. Olho para a mancha cor de rosa em sua camisa e não consigo evitar perceber o contorno de seus músculos por baixo do tecido molhado grudado em seu corpo, perfeitamente desenhado. Naquele momento, eu o detestei.

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