Meu Adorável Cafajeste
Meu Adorável Cafajeste
Por: Autora Nalva Martins
Prólogo

A campainha começa a tocar no momento que eu chego no centro da minha sala de visitas. Largo a mochila de Alice em cima do sofá e vou atender a porta no mesmo instante, e para a minha surpresa encontro o Dante Travel em pé no corredor do hotel. Contudo, o homem me lança um olhar indecifrável que me inquieta.

— Dante? — questiono, porém, ele faz um movimento inesperado aproximando-se e me puxa bruscamente para perto do seu corpo. Inevitavelmente ofego e me pergunto por que estou permitindo isso, mas não contrato, até porque os seus lábios tocam os meus famintos, devoradores, me tirando a capacidade de pensar, de falar qualquer coisa. No entanto, me pego segurando firme em seus ombros, apertando-os com força, sentindo cada músculo rígido por cima do terno caro e permito que a sua língua invada a minha boca, iniciando um duelo gostoso com a minha. É como uma dança sensual, possessiva e quente. Imediatamente o seu corpo começa a se movimentar com uma agilidade incrível e eu escuto a porta bater logo em seguida. Uma mão sua aperta os meus cabelos bem próximos da minha nuca, enquanto a outra segura firme a minha cintura mantendo-me colada a ele. Uma teia quente e lasciva me envolve e o meu coração parece perdido em seu próprio ritmo. O sangue esquenta violentamente, queimando as minhas veias, e o fôlego falta, trazendo um formigamento diferente entre as minhas pernas.

— Dante! — Solto um som arrastado, totalmente desconhecido por mim. Um tipo de gemido, um miado. Em algum momento ele deixa a minha boca, deixando-me ávida por mais do seu sabor e mordisca levemente a pele do meu pescoço. Minha pele se arrepia e automaticamente me estou cheia de desejos insanos.

— Eu quero você, Lili! Droga, como eu preciso de você! — rosna com a voz rouca, tomada de um desejo cru, enquanto beija ardentemente o meu colo. Ofegante, eu fecho os meus olhos para apreciar esse toque ardente, arqueando as minhas costas e jogo a cabeça para trás, lhe dando mais acesso.

— Mãe? Mamãe, acorda! — Forço-me a abrir os olhos e percebo que tudo não passou de um sonho... quer dizer, sonho não, de um pesadelo! Eu estava sonhando com o cafajeste do pai da minha filha?! Mas que merda é essa, Lilian?! Sim, estou frustrada, irritada... na verdade, eu estou é revoltada mesmo! Com que direito aquele cretino invadiu os meus sonhos? Quem lhe deu tamanha liberdade? Não acredito que isso aconteceu comigo!

Filho da mãe!!!

— Mamãe? — Alice insiste, então tiro os meus olhos do teto para finalmente fitá-la. Deus, que vergonha! Com um resmungo eu me sento no colchão para encontrar a minha bonequinha ainda de pijama.

— Oi, querida, a mamãe já está acordada! —

Ou, onde está a minha educação? Eu sempre me esqueço que vocês estão bem aí, de olho nas histórias e creio que não entenderam nada do que aconteceu até aqui, né? É meio confuso mesmo, mas para entender melhor esse dilema um tanto trágico eu preciso voltar ao começo de tudo. O meu nome é Lilian Ricci, tenho vinte e cinco anos e sou descendente de italianos, mas a minha história não começa no meu confortável berço de ouro e sim em um colégio interno, exatamente quando eu completei dez anos de idade. Mas já vou avisando que tem muito drama escondido nessa parte da minha vida, porém, garanto que você vai gostar de saber os detalhes sórdidos e vai odiá-lo tanto que eu o odeio... ou devia odiar? Não, eu o odeio por tudo que fez e até pelo fato de existir. Enfim, você vai entender os meus motivos nos próximos capítulos. Nesse caso, nos vemos lá.

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