Um mês depoisDepois que recebi alta do hospital e fiquei um mês de licença em casa, descansando. A Patrícia ficou o tempo todo comigo, cuidando de mim. Bruno me ligava todos os dias, todo atencioso. Agora estou de volta ao trabalho. Trabalhei muito hoje. Caramba! Estou muito cansada, mas estava com saudade dessa correria.Ajudei o Bruno no seu caso com um dos clientes aqui da empresa, ver ele no julgamento foi incrível! Agora perto das dez da noite, estou terminando sua agenda de amanhã. E de repente o interfone começa a tocar. Paro que estou fazendo e vou atender.— Sim?— Por favor, senhorita Oliveira. Compareça à minha sala imediatamente! — Ordena. Respondi que sim. Coloquei o gancho no interfone, me levantei e fui para a sala do meu chefe.— Senhorita Oliveira, fecha a porta, por favor! — Já dentro da sua sala faço o que ele ordenou. Fechei a porta. Ele se levantar da sua cadeira e vem até a minha direção.Pega pela a minha cintura me puxando para si. Me beija, seus lábios tocand
Faz três anos desde que concluí a minha graduação de secretariado executivo, sem perder tempo cursei uma pós-graduação de dez meses, para poder trabalhar na área tanto de secretariado quanto de assessora empresarial.Foram longos anos de estudo e esforço querendo conseguir alcançar o meu objetivo, trabalhar na maior empresa de advocacia do Rio de Janeiro, Montenegro Advocacia. Era o meu sonho trabalhar nessa empresa.E quando eu acessei os sites de emprego e vi que estavam precisando de uma secretária executiva, nem acreditei no que estava vendo. Não podia perder aquela oportunidade, sem pensar duas vezes mandei o currículo para o e-mail do anúncio.Só precisei aguardar. Torcendo para que conseguisse essa vaga, eu estudei tanto, batalhei tanto. E Deus ouviu minhas orações, pois duas semanas depois eu tive minha entrevista. A responsável pelo RH gostou do meu currículo e a moça que fez a entrevista foi extremamente simpática. Disse que ia passar para o Sr. Montenegro o meu currículo, q
É domingo e ainda estou na cama, acho que deve ser meio-dia e está fazendo muito frio. E quem está aqui do meu lado é o meu namorado, ontem ele veio aqui depois que saiu do seu turno. A noite foi boa, pedimos comida, claro que paguei, porque o Fabricio não tinha dinheiro. Nós nos divertimos muito, demos boas risadas com uma série que assistimos na Netflix. Foi tudo perfeito. Estou muito ansiosa, não paro de pensar que é amanhã que começarei a trabalhar na Montenegro Advocacia. E meu celular começa a tocar.Imediatamente me levanto da cama, com cuidado para não acordar o Fabrício. Vou até a minha bolsa que está perto da cama, pego o celular e coloco a mão no alto-falante para abafar o toque, saio do quarto e encostei a porta vou para cozinha. Vejo que é a Patrícia. Raios! Por que está me ligando?— Oi? Nem no domingo você me dá folga? — sussurro, dou uma espiada para o quarto ver se o meu namorado não levantou. Acho que não. Continua dormindo, que bom.— Nossa, que mau humor hein? — re
— Licença, senhor Montenegro, posso entrar? — pergunta Camila, responsável pelo RH da empresa.— Sim, pode sim. — Abre a porta e se aproxima da minha mesa. Estou exausto depois de uma negociação que acabei de fazer para um cliente. — Pode falar, Camila.— Trouxe o currículo para o Senhor dar uma olhada. É para vaga de secretária executiva — ela informa, me entregando o currículo.— Humm... Tomara que não seja igual à última que tive que mandar embora, ficava mais no celular do que fazia o seu trabalho. Aquela incompetente esqueceu de me avisar do julgamento de um cliente? A sorte que lembrei e cheguei em cima da hora, se não fosse isso estaria ferrado! — acrescento, irritado, enquanto analiso o currículo.— Sim, entendo — responde, sem olhar pra mim.— Interessante. Fez graduação e pós-graduação meses depois... Gostei disso, mas aqui não está falando da sua experiência? — pergunto para ela, ainda com o papel na minha mão.— Fiz uma entrevista, conversamos e ela nunca trabalhou, aqui v
Merda. Merda. Saio do banho correndo, nem deu tempo de secar o cabelo. Merda de novo. Calma, Raquel. Respira fundo, vai dar tempo. Não estou tão atrasada assim. Aproximo-me da minha escrivaninha, ligo a tela do celular para ver a hora. Faltam dez minutos, merda! Merda!Jogo o celular na cama, vou para o meu closet para ver logo essa roupa. Bora, Raquel! Não vai ficar indecisa agora, né? Coloco uma calça social preta, pego uma blusa de cetim rosa claro colocando dentro da calça para parecer séria – tentar ao menos –, agora está faltando o sapato, acho que scarpin cairia bem, mas cadê esse sapato?Droga. Esse quarto está uma bagunça, quando chegar do trabalho vou dar uma geral, parece aqueles quartos daqueles solteirões que a gente assiste nos filmes. Procuro embaixo da cama e nada. Cadê esses benditos sapatos? Então paro no meio do quarto e tento lembrar onde eu deixei pela última vez? É isso.Corro pra sala, vou para estante do lado esquerdo... Achei! Ufa, que bom. Depois eu penso com
O homem para ao meu lado, me fita por um momento. Dá para ver o seu rosto, parece cansado e com um pouco de barba que faz o quê? Uma semana sem fazer aquela barba, ao que parece? E aqueles olhos? São verdes que me deixa completamente rendida a ele, fico até sem fôlego.— Tinha que ser uma mulher mesmo pra fazer isso! — protesta, sua voz alta me tira dos meus devaneios. Continuo encarando-o. — Aposto que estava falando no celular.— O quê? Como ousa falar assim comigo? — Pego a minha bolsa que está banco do carona e saio do carro, ele dá um passo para trás quando saio do veículo. — Escuta aqui, seu filhinho de papai! — Ele levanta a sobrancelha. — Eu dirijo muito bem, ouviu? — brado, apontando o celular pra ele, me deixou muito irritada. Se aproxima e olha para a tela do telefone.— Acho que tem alguém na linha. — diz, indicando para o telefone. Olho para tela e noto que é a minha amiga Patrícia que ainda está na linha. Merda.— Alô? Patrícia? Está me ouvindo? — sussurro, virando de co
Acabo de estacionar quando estou saindo do carro, meu celular toca. Porra, quem está me ligando? Pego o telefone no bolso da calça. É a Letícia. Que diabos ela quer?— Fala, que tenho muita coisa pra resolver. Não tenho tempo para bater papo! — digo, encostando no couro do meu carro.— Nossa, que mau humor, hein? Queria saber se vamos jantar hoje? — pergunta, dou uma bela bufada.Não estou a fim de encontrá-la, tenho que resolver essa negociação de um cliente, que não está me deixando dormir à noite.Letícia é gata e uma ótima companhia, faz seis meses que estamos assim. Agora ela acha que devemos dar o próximo passo? Fala sério? Gosto muito da minha liberdade, sem mulher grudenta no meu lado. Está tão bom a nossa relação: nos vemos final de semana, transamos, sairmos e transamos de novo, volto para o minha empresa e ela para o seu trabalho como promotora.— Bruno? Bruno, está me ouvindo?— Sim, Letícia! — respondo, olho pelo vidro fumê um pálio branco dando volta para estacionar.É s
Me diz por que não devo mandá-la para o RH agora mesmo, depois das coisas que me disse? — Encaro-a que está sentada na cadeira. Ela olha para o lado, mexendo no cabelo. Está pensativa. — Ei? A senhorita ouviu o que eu disse?— Claro que ouvi, não sou surda não? — responde, olhando para minha direção. — Você... — Levanto a sobrancelha e ela se corrige. — Quer dizer, o senhor fica aí falando e não me deixa falar... — Abaixa a cabeça, cruzo os braços na altura do peito.― Então fale, estou ouvindo. — Ela levanta a cabeça e me fita. Nossa, como ela é linda essa morena.― Primeiro, sobre a batida do seu carro foi um acidente. Sinto muito mesmo. — Levanta-se da cadeira vindo na minha direção encostando no meu braço. Dou uma encarada, ela se afasta. ― Desculpa... E segundo... Sobre lhe ter chamado de um idiota engomadinho... — A corto.― Não esqueça que mostrou o dedo do meio para minha pessoa lá no estacionamento, no elevador? — Ergo a mão lembrando. Ela engole a seco.― Então... Tirando is