Saí daquela sala e fui para a minha mesa. Pelo menos nessa confusão toda não fui mandada pra casa. Me sento na minha cadeira, coloco a minha bolsa na gaveta da mesa, em seguida dou uma olhada no computador. Quando estava dando olhada, sai aquela morena da sala do "meu chefe".Está bem chateada. Logo ele sai da sala também e vem na minha direção. Meu Deus! Esse homem é muito lindo, começo sentir minhas pernas ficar bambas. Olha que estou sentada. Para na minha frente, está segurando seu paletó e a gravata.— Vou dar uma saída. Vou me trocar de roupa, se o cliente ligar, avise que vou demorar um pouco pois tive… — Para de falar e me fita. Aqueles olhos verdes me encarando, me deixa tonta. Raquel, se controla mulher! Você tem namorado! — Ah, não preciso dizer que a senhorita sabe muito bem! — Balanço a cabeça concordando. Estava saindo, lembra-se de alguma coisa e volta, indo para minha mesa.— Já ia esquecendo… Prepare a carta de contrato. — Ele disse, fico o observando. — O que foi? N
Estava indo para o elevador decido passar na sala da minha irmã para dizer que Wirley vai pegar o pro bono. A porta está encostada, afasto e entro, ela está debruçada na mesa chorando. Isso tudo por causa de um pro bono? Por quê?— Elena? – Ela me olha assustada, em seguida enxuga as lágrimas.— O que está fazendo aqui? Não tem um encontro com um cliente? — Disse com irritação, com a voz embargada pelo choro.— Vim aqui ver como você está, mas estou vendo que não está nada bem. — Puxo a cadeira para me sentar e cruzo as pernas olhando para ela.— Nossa, quem vê pensa que é um irmão muito atencioso… Só que não. — Se ajeita na cadeira, arruma os papéis sobre a mesa.— Para de fazer drama, está parecendo a nossa mãe. Você sabe muito bem que te amo e faço um possível, e o impossível pra te fazer feliz. — Digo, jogando a minha pasta na cadeira ao lado que estava embaixo do meu braço. Ela me fita, cruza os braços sobre a mesa.— Então por que não quis pegar o pro bono? — Questiona.— Estou
Acabamos de chegar no restaurante que o Wirley indicou, fica localizado em Botafogo, aqui no Rio. Ele foi muito legal comigo no caminho, conversamos muito que até tínhamos esquecidos do tempo.Fomos logo entrando ele foi falar com a moça da recepção e por sorte conseguimos uma mesa, não estava cheio o restaurante. Como cavalheiro que é, puxa a cadeira para eu sentar, coloco a minha bolsa na cadeira, depois ele se sentou ficando de frente para mim.Como ele é bonito, mas não mexe comigo como o meu chefe. Não posso pensar essas coisas. Tenho namorado. Chega o garçom trazendo os cardápios.— Sejam bem vindos ao La villa. Vão querer alguma bebida? – Indaga o garçom, me encara.— Pode pedir, não tenho noção nenhuma desse negócio. – Sussurro, inclinando para frente para ele ouvir. Balança a cabeça e volta olhar para o garçom.— Vamos querer suco de laranja, pode trazer, enquanto olhamos o cardápio. – Ele disse, o garçom anota o que o Wirley disse e sai. Fito não acreditando no que ele pediu
— O que está fazendo? — Pergunto, ela está levantando a manga da minha blusa.— MEU DEUS! AQUELE BABACA FEZ ISSO? — Ela me olha em choque quando ver o roxo do meu braço.. Me afastei dela e abaixo a manga da minha blusa. — Raquel, você tem que ir para delegacia e dar queixa desse idiota. – Vou até a pia e encosto, começo a beber o café.— Dar queixa do Bruno? Que absurdo! Foi um acidente. — Terminei de beber o café, coloco a caneca dentro da pia, vou para o meu quarto para pegar a minha bolsa. ela vem atrás de mim. — Ele se desculpou por ter feito isso. E outra, ele fez isso porque sai para almoçar com o Wirley. Eu provoquei isso.— Não acredito nisso. — Leva a mão no rosto, depois volta olhar para mim. — Mulher acorda! Você foi a vítima e quem é culpado ele! — Me puxa para sentarmos na cama. Olho para o lado. Fico pensando se ela está certa? Não foi culpa minha, porque me sinto como se fosse? Sacudo a cabeça para afastar esses pensamentos. Estou confusa.— Agora tenho que ir trabalhar
Não dormir nada, pensando na porra da negociação que tenho que fazer hoje. Merda, merda! Para piorar a porra do senhor Coutinho se esqueceu de me informar que tinha traído a esposa no escritório com uma secretária. Merda de novo! Antes que era dez mil de pensão que estava combinado, ele mudou de ideia e não queria pagar esse valor. Advogada da sua ex esposa mostrou as fotos, prints das mensagens pelo e-mail, que a mulher tinha a senha e que por acaso é a mesma da empresa de hotelaria que os dois são sócios. Mais uma vez merda! Além disso, tudo, não paro de pensar naquela morena abusada… Sacudo a cabeça para afastar esse pensamento. Saio do meu Bugatti, está novinho em folha, nem parece que sofreu uma batida daquela louca… Linda… E gostosa… Para Bruno! Para de pensar naquela doida. Estava indo para o elevador e meu celular vibra, espero que não seja o Coutinho, não estou com paciência pra falar com ele nesse momento. Olho a tela e é Letícia. Puta que pariu! O que ela quer? Rejeito a c
— Espera aí! Fala mais devagar! Seu chefe rasgou uns papéis e de beijou? - Pergunta Patrícia que está na sala tomando uma cerveja comigo. Faz duas semanas que não apareço no trabalho, liguei para a Carla do Rh falando da minha demissão. Insistiu pra eu voltar, mas não volto! Quero ficar longe daquele louco psicopata do meu chefe... Principalmente longe... Daquela boca... - Raquel? Raquel? - Patrícia me chama.— Hã? O que foi? - Olho para a minha amiga colocando a long neck na mesinha do centro.— Não sei não, acho que alguém gostou da "pegada" do chefe, há, há. — Levanto a sobrancelha para ela.— Que absurdo! Claro que não! — Me levanto do sofá e vou para cozinha. Em seguida ela vem atrás de mim.— Mas me conta o que aconteceu? Que eu entendi que pediu para você imprimir uns papéis... E o que aconteceu depois? — Ela encosta-se a pia segurando a long neck. — Tinha deixado em cima da mesa dele, fiquei horas na frente do computador procurando esses relatórios do tal cliente, estava muit
— Então, vai me deixar entrar? Já ia esquecendo, isso aqui é pra senhorita. — Ele me entrega um buquê de rosas vermelhas. Elas são lindas.Olho para ele que sorri para mim, ele está tão lindo, está vestido de terno azul escuro. Sinto o meu corpo se arrepiar e me lembro do beijo que ele me deu.Porém, também me lembrei o que o Wirley me disse sobre o carro dele e veio toda a raiva das coisas que ele me fez passar. Jogo o buquê em cima dele, que me olha confuso, se aproxima e fecho a porta bem na sua cara.— Ei? Sua louca! Venho aqui e é assim que me recebe? — Bate na porta. Afasto-me indo para o sofá. — Abra essa porta! — O ignoro e vou para cozinha ver a minha lasanha.Abro o forno tirando a lasanha. Está linda e cheirosa. Escuto batida na porta, me lembro do babaca do meu chefe. Tinha esquecido daquele traste.— ABRA ESSA PORTA! ANDA LOGO, ESTOU MANDANDO! — Continua batendo na porta. São dez e meia da noite, os vizinhos vão começar a reclamar do barulho. Vou para sala, abro a porta e
— O que você disse? Repete, acho que não ouvi direito? — Olho para o meu namorado que se vira e me fita.— Isso mesmo que você ouviu, está proibida de voltar a trabalhar nessa empresa. — Caminha para o sofá e se joga, esticando as pernas na mesinha de centro. — Ai… Ainda está doendo meu estômago… Raquel, traz uma cerveja?—NÃO! – Ele me olha confuso.— Não vai trazer a cerveja? — Indaga.— Não vou fazer o que você pediu? — Vou até ele. — Vou voltar a trabalhar… — Ele me corta.— Voltar a trabalhar? Você tinha saído? — Levantar-se me encarando. — Por quê?— Tive motivos para sair e era por isso que o meu chefe esteve aqui… — Fabricio levanta a sobrancelha, desconfiado.— Se você saiu porque faz tanta questão de voltar? — Cruza os braços me encarando.— Ah, meu chefe foi muito grosseiro comigo e também… — Paro de falar e vem na mente o beijo do senhor Bruno… Aqueles lábios quentes e macios…— Raquel? Raquel? — Meu namorado me sacode me fazendo sair daquele transe.—Oi? O que foi? — Ele