Estava indo para o elevador decido passar na sala da minha irmã para dizer que Wirley vai pegar o pro bono. A porta está encostada, afasto e entro, ela está debruçada na mesa chorando. Isso tudo por causa de um pro bono? Por quê?— Elena? – Ela me olha assustada, em seguida enxuga as lágrimas.— O que está fazendo aqui? Não tem um encontro com um cliente? — Disse com irritação, com a voz embargada pelo choro.— Vim aqui ver como você está, mas estou vendo que não está nada bem. — Puxo a cadeira para me sentar e cruzo as pernas olhando para ela.— Nossa, quem vê pensa que é um irmão muito atencioso… Só que não. — Se ajeita na cadeira, arruma os papéis sobre a mesa.— Para de fazer drama, está parecendo a nossa mãe. Você sabe muito bem que te amo e faço um possível, e o impossível pra te fazer feliz. — Digo, jogando a minha pasta na cadeira ao lado que estava embaixo do meu braço. Ela me fita, cruza os braços sobre a mesa.— Então por que não quis pegar o pro bono? — Questiona.— Estou
Acabamos de chegar no restaurante que o Wirley indicou, fica localizado em Botafogo, aqui no Rio. Ele foi muito legal comigo no caminho, conversamos muito que até tínhamos esquecidos do tempo.Fomos logo entrando ele foi falar com a moça da recepção e por sorte conseguimos uma mesa, não estava cheio o restaurante. Como cavalheiro que é, puxa a cadeira para eu sentar, coloco a minha bolsa na cadeira, depois ele se sentou ficando de frente para mim.Como ele é bonito, mas não mexe comigo como o meu chefe. Não posso pensar essas coisas. Tenho namorado. Chega o garçom trazendo os cardápios.— Sejam bem vindos ao La villa. Vão querer alguma bebida? – Indaga o garçom, me encara.— Pode pedir, não tenho noção nenhuma desse negócio. – Sussurro, inclinando para frente para ele ouvir. Balança a cabeça e volta olhar para o garçom.— Vamos querer suco de laranja, pode trazer, enquanto olhamos o cardápio. – Ele disse, o garçom anota o que o Wirley disse e sai. Fito não acreditando no que ele pediu
— O que está fazendo? — Pergunto, ela está levantando a manga da minha blusa.— MEU DEUS! AQUELE BABACA FEZ ISSO? — Ela me olha em choque quando ver o roxo do meu braço.. Me afastei dela e abaixo a manga da minha blusa. — Raquel, você tem que ir para delegacia e dar queixa desse idiota. – Vou até a pia e encosto, começo a beber o café.— Dar queixa do Bruno? Que absurdo! Foi um acidente. — Terminei de beber o café, coloco a caneca dentro da pia, vou para o meu quarto para pegar a minha bolsa. ela vem atrás de mim. — Ele se desculpou por ter feito isso. E outra, ele fez isso porque sai para almoçar com o Wirley. Eu provoquei isso.— Não acredito nisso. — Leva a mão no rosto, depois volta olhar para mim. — Mulher acorda! Você foi a vítima e quem é culpado ele! — Me puxa para sentarmos na cama. Olho para o lado. Fico pensando se ela está certa? Não foi culpa minha, porque me sinto como se fosse? Sacudo a cabeça para afastar esses pensamentos. Estou confusa.— Agora tenho que ir trabalhar
Não dormir nada, pensando na porra da negociação que tenho que fazer hoje. Merda, merda! Para piorar a porra do senhor Coutinho se esqueceu de me informar que tinha traído a esposa no escritório com uma secretária. Merda de novo! Antes que era dez mil de pensão que estava combinado, ele mudou de ideia e não queria pagar esse valor. Advogada da sua ex esposa mostrou as fotos, prints das mensagens pelo e-mail, que a mulher tinha a senha e que por acaso é a mesma da empresa de hotelaria que os dois são sócios. Mais uma vez merda! Além disso, tudo, não paro de pensar naquela morena abusada… Sacudo a cabeça para afastar esse pensamento. Saio do meu Bugatti, está novinho em folha, nem parece que sofreu uma batida daquela louca… Linda… E gostosa… Para Bruno! Para de pensar naquela doida. Estava indo para o elevador e meu celular vibra, espero que não seja o Coutinho, não estou com paciência pra falar com ele nesse momento. Olho a tela e é Letícia. Puta que pariu! O que ela quer? Rejeito a c
— Espera aí! Fala mais devagar! Seu chefe rasgou uns papéis e de beijou? - Pergunta Patrícia que está na sala tomando uma cerveja comigo. Faz duas semanas que não apareço no trabalho, liguei para a Carla do Rh falando da minha demissão. Insistiu pra eu voltar, mas não volto! Quero ficar longe daquele louco psicopata do meu chefe... Principalmente longe... Daquela boca... - Raquel? Raquel? - Patrícia me chama.— Hã? O que foi? - Olho para a minha amiga colocando a long neck na mesinha do centro.— Não sei não, acho que alguém gostou da "pegada" do chefe, há, há. — Levanto a sobrancelha para ela.— Que absurdo! Claro que não! — Me levanto do sofá e vou para cozinha. Em seguida ela vem atrás de mim.— Mas me conta o que aconteceu? Que eu entendi que pediu para você imprimir uns papéis... E o que aconteceu depois? — Ela encosta-se a pia segurando a long neck. — Tinha deixado em cima da mesa dele, fiquei horas na frente do computador procurando esses relatórios do tal cliente, estava muit
— Então, vai me deixar entrar? Já ia esquecendo, isso aqui é pra senhorita. — Ele me entrega um buquê de rosas vermelhas. Elas são lindas.Olho para ele que sorri para mim, ele está tão lindo, está vestido de terno azul escuro. Sinto o meu corpo se arrepiar e me lembro do beijo que ele me deu.Porém, também me lembrei o que o Wirley me disse sobre o carro dele e veio toda a raiva das coisas que ele me fez passar. Jogo o buquê em cima dele, que me olha confuso, se aproxima e fecho a porta bem na sua cara.— Ei? Sua louca! Venho aqui e é assim que me recebe? — Bate na porta. Afasto-me indo para o sofá. — Abra essa porta! — O ignoro e vou para cozinha ver a minha lasanha.Abro o forno tirando a lasanha. Está linda e cheirosa. Escuto batida na porta, me lembro do babaca do meu chefe. Tinha esquecido daquele traste.— ABRA ESSA PORTA! ANDA LOGO, ESTOU MANDANDO! — Continua batendo na porta. São dez e meia da noite, os vizinhos vão começar a reclamar do barulho. Vou para sala, abro a porta e
— O que você disse? Repete, acho que não ouvi direito? — Olho para o meu namorado que se vira e me fita.— Isso mesmo que você ouviu, está proibida de voltar a trabalhar nessa empresa. — Caminha para o sofá e se joga, esticando as pernas na mesinha de centro. — Ai… Ainda está doendo meu estômago… Raquel, traz uma cerveja?—NÃO! – Ele me olha confuso.— Não vai trazer a cerveja? — Indaga.— Não vou fazer o que você pediu? — Vou até ele. — Vou voltar a trabalhar… — Ele me corta.— Voltar a trabalhar? Você tinha saído? — Levantar-se me encarando. — Por quê?— Tive motivos para sair e era por isso que o meu chefe esteve aqui… — Fabricio levanta a sobrancelha, desconfiado.— Se você saiu porque faz tanta questão de voltar? — Cruza os braços me encarando.— Ah, meu chefe foi muito grosseiro comigo e também… — Paro de falar e vem na mente o beijo do senhor Bruno… Aqueles lábios quentes e macios…— Raquel? Raquel? — Meu namorado me sacode me fazendo sair daquele transe.—Oi? O que foi? — Ele
Merda! Merda! Ela está toda machucada… Por culpa desse filho da puta! — Raquel? Acorda, por favor. Não faz isso comigo! — Sacudo para ver se ela abre os olhos, mas nada. Puta que pariu! Passo a mão no seu cabelo sinto algo gosmento e vejo que é sangue.Desgraçado! Olho para o lado e o infeliz continua apagado depois da surra que dei nele. Não devia ter deixado ela sozinha com ele! Calma Bruno! Não perca o controle, ela pode está viva?Me aproximo do seu rosto e consigo ouvir sua respiração, fraca, mas consigo. Graças a Deus! Ainda está viva! Com ela no meu colo me levanto e a levo para o hospital, se eu for rápido acho que consigo salvá-la. Então me levanto, pego ela no colo e saio do apartamento, vou até o elevador, ainda com ela no colo me aproximo e aperto o botão, não demora muito ele sobe. Por sorte está vazia, não tenho paciência para dar explicações. Chegamos ao estacionamento, aperto o passo para encontrar o meu Bugatti. A coloco no banco do carona com cuidado, logo ponho o