— O que está fazendo? — Pergunto, ela está levantando a manga da minha blusa.— MEU DEUS! AQUELE BABACA FEZ ISSO? — Ela me olha em choque quando ver o roxo do meu braço.. Me afastei dela e abaixo a manga da minha blusa. — Raquel, você tem que ir para delegacia e dar queixa desse idiota. – Vou até a pia e encosto, começo a beber o café.— Dar queixa do Bruno? Que absurdo! Foi um acidente. — Terminei de beber o café, coloco a caneca dentro da pia, vou para o meu quarto para pegar a minha bolsa. ela vem atrás de mim. — Ele se desculpou por ter feito isso. E outra, ele fez isso porque sai para almoçar com o Wirley. Eu provoquei isso.— Não acredito nisso. — Leva a mão no rosto, depois volta olhar para mim. — Mulher acorda! Você foi a vítima e quem é culpado ele! — Me puxa para sentarmos na cama. Olho para o lado. Fico pensando se ela está certa? Não foi culpa minha, porque me sinto como se fosse? Sacudo a cabeça para afastar esses pensamentos. Estou confusa.— Agora tenho que ir trabalhar
Não dormir nada, pensando na porra da negociação que tenho que fazer hoje. Merda, merda! Para piorar a porra do senhor Coutinho se esqueceu de me informar que tinha traído a esposa no escritório com uma secretária. Merda de novo! Antes que era dez mil de pensão que estava combinado, ele mudou de ideia e não queria pagar esse valor. Advogada da sua ex esposa mostrou as fotos, prints das mensagens pelo e-mail, que a mulher tinha a senha e que por acaso é a mesma da empresa de hotelaria que os dois são sócios. Mais uma vez merda! Além disso, tudo, não paro de pensar naquela morena abusada… Sacudo a cabeça para afastar esse pensamento. Saio do meu Bugatti, está novinho em folha, nem parece que sofreu uma batida daquela louca… Linda… E gostosa… Para Bruno! Para de pensar naquela doida. Estava indo para o elevador e meu celular vibra, espero que não seja o Coutinho, não estou com paciência pra falar com ele nesse momento. Olho a tela e é Letícia. Puta que pariu! O que ela quer? Rejeito a c
— Espera aí! Fala mais devagar! Seu chefe rasgou uns papéis e de beijou? - Pergunta Patrícia que está na sala tomando uma cerveja comigo. Faz duas semanas que não apareço no trabalho, liguei para a Carla do Rh falando da minha demissão. Insistiu pra eu voltar, mas não volto! Quero ficar longe daquele louco psicopata do meu chefe... Principalmente longe... Daquela boca... - Raquel? Raquel? - Patrícia me chama.— Hã? O que foi? - Olho para a minha amiga colocando a long neck na mesinha do centro.— Não sei não, acho que alguém gostou da "pegada" do chefe, há, há. — Levanto a sobrancelha para ela.— Que absurdo! Claro que não! — Me levanto do sofá e vou para cozinha. Em seguida ela vem atrás de mim.— Mas me conta o que aconteceu? Que eu entendi que pediu para você imprimir uns papéis... E o que aconteceu depois? — Ela encosta-se a pia segurando a long neck. — Tinha deixado em cima da mesa dele, fiquei horas na frente do computador procurando esses relatórios do tal cliente, estava muit
— Então, vai me deixar entrar? Já ia esquecendo, isso aqui é pra senhorita. — Ele me entrega um buquê de rosas vermelhas. Elas são lindas.Olho para ele que sorri para mim, ele está tão lindo, está vestido de terno azul escuro. Sinto o meu corpo se arrepiar e me lembro do beijo que ele me deu.Porém, também me lembrei o que o Wirley me disse sobre o carro dele e veio toda a raiva das coisas que ele me fez passar. Jogo o buquê em cima dele, que me olha confuso, se aproxima e fecho a porta bem na sua cara.— Ei? Sua louca! Venho aqui e é assim que me recebe? — Bate na porta. Afasto-me indo para o sofá. — Abra essa porta! — O ignoro e vou para cozinha ver a minha lasanha.Abro o forno tirando a lasanha. Está linda e cheirosa. Escuto batida na porta, me lembro do babaca do meu chefe. Tinha esquecido daquele traste.— ABRA ESSA PORTA! ANDA LOGO, ESTOU MANDANDO! — Continua batendo na porta. São dez e meia da noite, os vizinhos vão começar a reclamar do barulho. Vou para sala, abro a porta e
— O que você disse? Repete, acho que não ouvi direito? — Olho para o meu namorado que se vira e me fita.— Isso mesmo que você ouviu, está proibida de voltar a trabalhar nessa empresa. — Caminha para o sofá e se joga, esticando as pernas na mesinha de centro. — Ai… Ainda está doendo meu estômago… Raquel, traz uma cerveja?—NÃO! – Ele me olha confuso.— Não vai trazer a cerveja? — Indaga.— Não vou fazer o que você pediu? — Vou até ele. — Vou voltar a trabalhar… — Ele me corta.— Voltar a trabalhar? Você tinha saído? — Levantar-se me encarando. — Por quê?— Tive motivos para sair e era por isso que o meu chefe esteve aqui… — Fabricio levanta a sobrancelha, desconfiado.— Se você saiu porque faz tanta questão de voltar? — Cruza os braços me encarando.— Ah, meu chefe foi muito grosseiro comigo e também… — Paro de falar e vem na mente o beijo do senhor Bruno… Aqueles lábios quentes e macios…— Raquel? Raquel? — Meu namorado me sacode me fazendo sair daquele transe.—Oi? O que foi? — Ele
Merda! Merda! Ela está toda machucada… Por culpa desse filho da puta! — Raquel? Acorda, por favor. Não faz isso comigo! — Sacudo para ver se ela abre os olhos, mas nada. Puta que pariu! Passo a mão no seu cabelo sinto algo gosmento e vejo que é sangue.Desgraçado! Olho para o lado e o infeliz continua apagado depois da surra que dei nele. Não devia ter deixado ela sozinha com ele! Calma Bruno! Não perca o controle, ela pode está viva?Me aproximo do seu rosto e consigo ouvir sua respiração, fraca, mas consigo. Graças a Deus! Ainda está viva! Com ela no meu colo me levanto e a levo para o hospital, se eu for rápido acho que consigo salvá-la. Então me levanto, pego ela no colo e saio do apartamento, vou até o elevador, ainda com ela no colo me aproximo e aperto o botão, não demora muito ele sobe. Por sorte está vazia, não tenho paciência para dar explicações. Chegamos ao estacionamento, aperto o passo para encontrar o meu Bugatti. A coloco no banco do carona com cuidado, logo ponho o
Não estou entendendo, para piorar não me lembro de como vim parar aqui? E por que o Bruno está aqui? Começo a observar ele, parece cansado… Está bem perto de mim...Ergo a minha mão no seu rosto, sinto o seu cabelo… Nossa, é bem macio... Ele começa movimentar-se e logo afasto a minha mão do seu cabelo, levantar-se e se espreguiça, olha para mim e dar um sorriso.— Você acordou! — Diz com doçura. Está feliz em me ver, mas por quê? — Está sentindo alguma dor? — Olho para ele sem entender?— Dor? Do que está falando? Aliás, como vim parar aqui? Isso aqui é um hospital, não é?— Você não se lembra o que aconteceu? — Me fita. Se aproxima e senta no canto da cama.Balanço a cabeça que não. Ele levanta-se e vai para um lado e para o outro com a mão na cabeça. Acho que está vendo uma maneira para me dizer algo. Mas o quê?— Pode falar. Não pode ser algo tão grave assim? — Me ajeito para ficar sentada na cama, começo a sentir dor ao redor da minha barriga.— Não faz esforço. Depois do que você
Acabei de sair da padaria e vou para o ponto de táxi para ir para empresa. Meu celular volta a vibrar. Quando entro no carro, tiro o telefone da bolsa e vejo várias ligações do Fabricio. Sinto um arrepio, dou uma olhada e tem mensagens dele.Fabricio: Desculpa por ter feito aquilo.Fabricio: Estava com ciúmes.Fabricio: Raquel, eu te amo.Fabricio: Me perdoa.Fabricio: Raquel, me responde!Fabricio: Raquel! Raquel!Eu sei que você já saiu do hospital e vai continuar me ignorando?— Senhorita, chegamos ao endereço. — Disse o taxista. Guardei o celular na bolsa e dou o dinheiro.— Pode ficar com o troco. — Disse saindo do carro. Estava entrando, comecei a sentir um calafrio, não sei por que sinto como se alguém estivesse me seguindo?Apertei o passo, acabei entrando para o estacionamento da empresa. E aparece alguém na minha frente de repente que me faz dar um grito pelo susto.— Ei, fica quieta! — Ele coloca a mão na minha boca para parar de gritar. Olho para ele não acreditando.— Br