— O que você disse? Repete, acho que não ouvi direito? — Olho para o meu namorado que se vira e me fita.— Isso mesmo que você ouviu, está proibida de voltar a trabalhar nessa empresa. — Caminha para o sofá e se joga, esticando as pernas na mesinha de centro. — Ai… Ainda está doendo meu estômago… Raquel, traz uma cerveja?—NÃO! – Ele me olha confuso.— Não vai trazer a cerveja? — Indaga.— Não vou fazer o que você pediu? — Vou até ele. — Vou voltar a trabalhar… — Ele me corta.— Voltar a trabalhar? Você tinha saído? — Levantar-se me encarando. — Por quê?— Tive motivos para sair e era por isso que o meu chefe esteve aqui… — Fabricio levanta a sobrancelha, desconfiado.— Se você saiu porque faz tanta questão de voltar? — Cruza os braços me encarando.— Ah, meu chefe foi muito grosseiro comigo e também… — Paro de falar e vem na mente o beijo do senhor Bruno… Aqueles lábios quentes e macios…— Raquel? Raquel? — Meu namorado me sacode me fazendo sair daquele transe.—Oi? O que foi? — Ele
Merda! Merda! Ela está toda machucada… Por culpa desse filho da puta! — Raquel? Acorda, por favor. Não faz isso comigo! — Sacudo para ver se ela abre os olhos, mas nada. Puta que pariu! Passo a mão no seu cabelo sinto algo gosmento e vejo que é sangue.Desgraçado! Olho para o lado e o infeliz continua apagado depois da surra que dei nele. Não devia ter deixado ela sozinha com ele! Calma Bruno! Não perca o controle, ela pode está viva?Me aproximo do seu rosto e consigo ouvir sua respiração, fraca, mas consigo. Graças a Deus! Ainda está viva! Com ela no meu colo me levanto e a levo para o hospital, se eu for rápido acho que consigo salvá-la. Então me levanto, pego ela no colo e saio do apartamento, vou até o elevador, ainda com ela no colo me aproximo e aperto o botão, não demora muito ele sobe. Por sorte está vazia, não tenho paciência para dar explicações. Chegamos ao estacionamento, aperto o passo para encontrar o meu Bugatti. A coloco no banco do carona com cuidado, logo ponho o
Não estou entendendo, para piorar não me lembro de como vim parar aqui? E por que o Bruno está aqui? Começo a observar ele, parece cansado… Está bem perto de mim...Ergo a minha mão no seu rosto, sinto o seu cabelo… Nossa, é bem macio... Ele começa movimentar-se e logo afasto a minha mão do seu cabelo, levantar-se e se espreguiça, olha para mim e dar um sorriso.— Você acordou! — Diz com doçura. Está feliz em me ver, mas por quê? — Está sentindo alguma dor? — Olho para ele sem entender?— Dor? Do que está falando? Aliás, como vim parar aqui? Isso aqui é um hospital, não é?— Você não se lembra o que aconteceu? — Me fita. Se aproxima e senta no canto da cama.Balanço a cabeça que não. Ele levanta-se e vai para um lado e para o outro com a mão na cabeça. Acho que está vendo uma maneira para me dizer algo. Mas o quê?— Pode falar. Não pode ser algo tão grave assim? — Me ajeito para ficar sentada na cama, começo a sentir dor ao redor da minha barriga.— Não faz esforço. Depois do que você
Acabei de sair da padaria e vou para o ponto de táxi para ir para empresa. Meu celular volta a vibrar. Quando entro no carro, tiro o telefone da bolsa e vejo várias ligações do Fabricio. Sinto um arrepio, dou uma olhada e tem mensagens dele.Fabricio: Desculpa por ter feito aquilo.Fabricio: Estava com ciúmes.Fabricio: Raquel, eu te amo.Fabricio: Me perdoa.Fabricio: Raquel, me responde!Fabricio: Raquel! Raquel!Eu sei que você já saiu do hospital e vai continuar me ignorando?— Senhorita, chegamos ao endereço. — Disse o taxista. Guardei o celular na bolsa e dou o dinheiro.— Pode ficar com o troco. — Disse saindo do carro. Estava entrando, comecei a sentir um calafrio, não sei por que sinto como se alguém estivesse me seguindo?Apertei o passo, acabei entrando para o estacionamento da empresa. E aparece alguém na minha frente de repente que me faz dar um grito pelo susto.— Ei, fica quieta! — Ele coloca a mão na minha boca para parar de gritar. Olho para ele não acreditando.— Br
Vendo aquela cena, me aproximo para querer alguma explicação. Por que diabos ela está nos braços do Wirley?— Que palhaçada é essa aqui? — Pergunto, fitando o meu colega de trabalho.— Eu que pergunto, por que está tão nervoso? Até parece que está apaixonado? — Indaga, Noto que a Raquel está me olhando já afastada do Wirley. Neste momento esqueço-me do Wirley e fico olhando para ela.— Pode dizer o que aconteceu? — Dou um passo para frente olhando nos seus olhos.— É que o Bruno me seguiu até aqui... E se o Wirley não tivesse aparecido... — Ela parou de falar e lágrimas caíram no seu rosto. Não acredito nisso! Vou matar aquele filho da puta! — Calma Raquel. O quê esse desgraçado queria?— Ele estava a pressionando contra o carro parecia que estava machucando quando vi, a primeira coisa que passou na minha cabeça era tirar ele de cima dela... — Disse Wirley. Mas fico prestando atenção na Raquel. Afasto-me dela, volto a olhar para Wirley e puxo para ficarmos longe, pois não quero ouça.
Não pode ser? Não, não! Estou imaginando coisas, é isso! Não posso está gostando do Bruno. Não mesmo. O elevador se abre, estou no escritório. Tento me acalmar, não posso ficar assim na minha sala, com certeza vão perceber o meu estado. Se acalme Raquel! Se acalme! Fecho os olhos para afastar esses pensamentos e sem perceber esbarrei em alguém.— Tudo bem Raquel? — Abrir os olhos e vejo que é Wirley, que está com as mãos nos meus braços me segurando.— Oi... estou bem... — Digo, me afastando. Tenho que me acalmar. Não posso falar pra ele o motivo por está assim, então olho para ele. — É que teve uma confusão lá no estacionamento.— Que confusão? — Pergunta, mirando em mim, ficando curioso.— É, estava conversando com o Bruno... — Estava indo para minha mesa, Wirley levanta a sobrancelha, estranha o modo como chamei o meu chefe. Droga! Assim vai perceber que tenho alguma coisa com ele, tenho que dar um jeito nisso. — Quer dizer, o senhor Montenegro... Apareceu a Letícia Garcia, toda br
Acabamos de chegar ao apartamento, cumprimentei o porteiro, eu e Wirley entramos no elevador. Apertei para o quinto andar, em seguida a porta se fechou, ficamos encostados no espelho. No caminho até aqui não dizemos nada, Wirley ficou calado a viagem toda.Pude notar que está pensativo, depois que ele voltou para a empresa para me levar para casa, quando estávamos saindo da minha sala, ele olha para o lado e vê o Bruno saindo com a Letícia Garcia abraçados indo para o elevador. Ele ficou triste e confesso que eu também senti uma dor no peito vendo aquela cena.Olho para o alto para não cair uma lágrima no meu rosto. Depois que eles entram e o elevador fecha, o Wirley vira e olha para mim perguntando se estava pronta? Respondo que sim, dar passagem para eu passar e logo depois fecha a porta. Não demorou para o elevador chegar.Não entendo porque ele está assim. Ele não é assim, fechado, pelo contrário ele gosta de conversar. Chegamos no meu apartamento, abri a minha bolsa para pegar a
Dois anos atrás— O que foi Letícia? — Pergunto, estava de terno e gravata, tinha acabado de chegar em casa.— Não podemos fazer isso! É um erro! — Ela disse, andando de um lado para o outro. Está bem nervosa.— O que você está falando amor? — Vou até ela para abraçá-la e recua para trás. Olho confuso. Por esta evitando o meu abraço?— Não piora! Não podemos casar, já disse. — Rebate, não olha nos meus olhos. Está bem apreensiva. Aconteceu alguma coisa que não quer me falar. Me aproximo mais uma vez e mais uma vez ela desvia de mim. E continua. — Não insista, está decidido! EU NÃO QUERO MAIS CASAR COM VOCÊ! — Ela se vira e sai do meu apartamento.Fico ali sem entender. Como ela pode ter mudado de ideia tão rápido, faltando uma semana para o nosso casamento? Pego a chave do carro que está sobre o rack e vou atrás dela. No estacionamento entro no meu carro, ela está saindo. Dou a partida e começo a segui-la, estou bem atrás dela. Não quero acreditar que ela não me ama mais. A Letícia n