Saio da sala da Raquel, notei que a minha linda não está bem. Primeiro aquela noite no seu apartamento, agora aqui na empresa. Está distraída… Preocupada…
Também precisava beijá-la, sentir seus lábios nos meus. Desde que fui ver a Letícia e depois que nos beijamos, quer dizer, ela me beijou, só fiquei sem ação e acabei me envolvendo na situação. Wirley para de se enganar. Na verdade eu gostei de sentir o gosto da sua boca…Parei de andar e sacudir a cabeça para afastar esses pensamentos. Olho pra cima, dou uma bufada de ar e continuo andando até chegar na minha sala. Cumprimento a minha secretária e vou para minha, quando ela me chama. — Senhor Castro, preciso lembrar-lhe que o senhor tem uma reunião com o cliente às dez da manhã. — Avisa, me viro para ela, arqueando a testa. — ReunEla saiu bufando de raiva da minha sala, vou até a minha mesa e encosto levando a mão no rosto. Mais um pouco não ia resistir e agarrá-la, ia beijá-la. Essa morena me deixa louco! Mas não posso mais fazer isso, não quero magoar o Wirley. Fiz isso no passado com aquela doida da Letícia, não posso fazer isso de novo, mesmo sendo completamente apaixonado por Raquel. Ela tem que decidir.Quer dizer, ela já fez a sua escolha, porém… Levantei a cabeça, que me fez lembrar de algo. Quando ela veio pra cima de mim, questionando os meus sentimentos por ela, parecia segura de si. Nem se compara ao outro dia que estava na dúvida entre mim e o Wirley? Caminho para frente ainda pensando. Quando ela se aproximou da mesa, com certeza, ouviu a minha conversa com a Luna, ela ficou…Não pode ser, será? Com ciúmes? Estou rindo agora, por que não hora não
Chegamos na empresa. Nem fui para minha sala. Continuei caminhando para o outro lado e a minha irmã estranhou.— Bruno, você vai aonde? Sua sala é para outro lado? — Questiona.— Não vou para minha sala. Primeiro tenho que resolver um assunto primeiro. — Ela pegou no meu braço e me puxou que parei na hora.— Não me diz que você vai à sala do Wirley? — Pergunta, me fitando.— Não. Vou pra Disney. Não está vendo? Não posso demorar que marquei de me encontrar com Mickey. Deixa-me ir que ele detesta atrasos. — Olho para a minha irmã com as mãos no bolso da calça.— Bruno está zoando? — A Elena cruza os braços me encarando.— Depende. Se você acha que vou encontrar com Mickey…— Pará! Bruno já entendi! Mas porque você vai à sala do Wirley? Não é por causa… — Ela dá um passo para frente, olha para os lados para não ouvir a nossa conversa. Passaram duas pessoas e depois ela voltou a olhar para mim. — Bruno, a Raquel está bem! Na hora do almoço vamos lá visitá-la. A Patrícia me disse que ela
Estava na minha mesa me preparando para negociação com o meu cliente e seu chefe. Meu celular começou a tocar. Quem será que está me ligando? Será que é… Ela? Atendi a ligação. — Alô? Quem está falando? — Oi Wirley. Queria saber se você vai vir aqui? — Pergunta. Reconheci a voz e bateu um desânimo. Está esperando que a Raquel me ligasse, mas faz dois dias que não liga para mim? — Oi Letícia. Eu não sei, agora estou terminando de arrumar a minha pasta que vou fazer uma negociação. — Digo olhando para o lado, não consegui disfarçar o meu desalento. — Está tudo bem? Parece triste, ainda está pensando naquela biscate? — Questiona a Letícia. Afastei o celular para não ouvir ela falando da Raquel, apesar do modo como nos separamos… E de repente alguém tocou no meu ombro, me virei para ver e fui golpeado. Acabei perdendo o equilíbrio e caí no chão com o celular na mão. Que porra foi isso? Esfrego os olhos e olho para cima. Nem acreditei no que estava acreditando? — Wirley? Está aí? Wir
Estava ali diante da Elena esperando ela dizer o hospital que a Raquel está, mas fica calada. Porque ela não quer me falar? Será que Bruno falou com ela?— Por favor, Elena. Me fala! Qual hospital a Raquel está! — Insisto, pego na sua.— Eu não posso contar… A Raquel precisa descansar depois o que ela passou… — Ela se afastou e apoiou-se na sua mesa com a mão no seu braço.— Mas foi tão grave assim? Ele bateu muito nela? — Pergunto me aproximando e encostando-me à mesa também.— Wirley! Ela levou um tiro! — Ela exclama me fitando.— O QUÊ? A RAQUEL LEVOU UM TIRO? — Esbravejo dando um pulo, elevo as mãos na cabeça não acreditando.— Wirley se acalme. — Ela foi até a porta e trancou. Depois ela vem até mim e colocou suas mãos nas minhas costas. — Não fica assim! Ela está bem.— Mas foi por minha culpa que aquele desgraçado a machucou! E pensar que estava em outro lugar… — Virei o meu rosto. Me lembrei que fui no apartamento da Letícia. Merda! Minha Raquel.— Wirley? Não é culpa sua… — A
Estou do lado de fora esperando a enfermeira vir para me dizer se posso vê-la. Estou muito ansioso. Apesar da própria enfermeira me garantir que ela está bem, mas quero ver com meus próprios olhos. Droga! Como está demorando! Será que a Raquel não quer me ver? Ando para um lado e paro o outro. Logo vem a enfermeira.— Falei com ela e o senhor pode vê-la. Mas não esquece que não pode demorar, mesmo ela estando bem. Ouviu? — Orientou a enfermeira, me fitando.— Sim, sim. Não vou demorar. Só quero mesmo saber se está tudo bem. — Ela deu passagem e deixou-me entrar. Assim que entrei estava ela deitada com um lençol tapando suas pernas. Uma garota loira de frente para ela. Acho que estava vendo o machucado. Dou um passo para frente, a Raquel me ver. Mas seu semblante é… Assustada? A moça loira nota a sua fisionomia.— O que foi Raquel? — Ela não respondeu. A moça se levantou e virou-se e me viu. É amiga da Raquel. Então ela vem pra minha direção.— Oi Pat… — Ela me da um tapa no meu rosto
Pronto. Está tudo pronto aqui. Dou a volta na mesa e deixo na gaveta. Quando estava indo para a porta, meu celular começou a tocar. Só falta o Sérgio desmarcar mais uma vez. Puta merda! De novo não! Tirei o celular do bolso, de novo. Vi o número da chamada e era do fixo de casa. O que será que aconteceu?Apertei o botão para aceitar a ligação e logo reconheci a voz.— Alô, meu menino? Está me ouvindo?— Oi Maria! Sim, estou ouvindo. Tudo bem? — Pergunto, estou no meio da sala. Fiquei curioso. Por que a Maria estaria me ligando? — Comigo está bem, meu menino. Mas a sua mãe…— Minha mãe? O que aconteceu com ela? — Inquirir, ela não respondeu a minha pergunta. Começo a ficar apreensivo e acabo alterando o tom de voz. — Maria, não vou perguntar de novo, por favor, responda: O que aconteceu com a minha mãe?— Está bem, está bem! Não precisa ficar nervoso! Vou dizer… Mas você tem que prometer que não pode falar pra sua mãe que eu disse? — Ela pede. O que deve ser para eu não contar para a
Estava ali, diante da Raquel. Estava olhando para ela e pensando no que ela acabou de me pedir. Amigos? Apesar de tudo, ainda gosto muito dela… Mas a vendo assim, decidida ela quer ficar com o Bruno. Não posso a obrigar a ficar comigo…— Wirley? Wirley? — Ela me chama. Levanto a cabeça e olho para ela.— Sim? — Respondi, ela continua me fitando.— Então… Você aceita de sermos amigos? — Ela pergunta mais uma vez. Abaixo a cabeça e penso por um minuto. Depois levanto da cama e vou para seu lado, ela continua olhando para mim. Levo minha mão na sua cabeça e acaricio nos seus cabelos negros macios, noto que fechou os olhos sentindo o toque. Me inclino e a beijo. Ela abre os olhos e sorri para ela, levanta a sobrancelha.— Sim Raquel. Vai ser uma honra ser seu amigo. — Sussurro no seu ouvido. Ela se emociona, cai uma lágrima no seu rosto. Ergo minha mão no seu cenho enxugando. Logo entra a amiga da Raquel.— O que aconteceu? Ele fez algo com você? — Vem até a cama perguntando e olhando par
Um mês depoisDepois que recebi alta do hospital e fiquei um mês de licença em casa, descansando. A Patrícia ficou o tempo todo comigo, cuidando de mim. Bruno me ligava todos os dias, todo atencioso. Agora estou de volta ao trabalho. Trabalhei muito hoje. Caramba! Estou muito cansada, mas estava com saudade dessa correria.Ajudei o Bruno no seu caso com um dos clientes aqui da empresa, ver ele no julgamento foi incrível! Agora perto das dez da noite, estou terminando sua agenda de amanhã. E de repente o interfone começa a tocar. Paro que estou fazendo e vou atender.— Sim?— Por favor, senhorita Oliveira. Compareça à minha sala imediatamente! — Ordena. Respondi que sim. Coloquei o gancho no interfone, me levantei e fui para a sala do meu chefe.— Senhorita Oliveira, fecha a porta, por favor! — Já dentro da sua sala faço o que ele ordenou. Fechei a porta. Ele se levantar da sua cadeira e vem até a minha direção.Pega pela a minha cintura me puxando para si. Me beija, seus lábios tocand