Marius Fitzy narrando:Desço as escadas em direção à sala de jantar e encontro meu pai sentado à mesa enquanto lê um jornal.— Bom dia —falei me sentando a mesa para tomar meu café da manhã antes de ir para a empresa.— Bom dia, filho —disse meu pai fechando o jornal e me olhando.— Onde estão meus irmãos? —perguntei — Cristian dormiu fora e Eliza já saiu para a faculdade —disse bebericando seu café.— Certo, onde está minha mãe?— No jardim cuidando das plantas —disse.Mamãe ama cuidar do jardim, diz ela que as plantas a fazem relaxar.— Certo.Após comer me despedi do meu pai e sai para mais um dia de trabalho, apesar de já ter vinte e oito anos ainda moro com meus pais, mas isso não significa que não tenho outras casas, pelo contrário, tenho dois apartamentos no centro da cidade, um deles é uma cobertura enorme aonde vou quando quero ficar sozinho e onde também pretendo formar uma família, já o outro é apenas um apartamento normal para quando quero transar, pois não gosto de ir para
Victoria Becker narrando:Odeio quando meu pai está drogado.Depois que minha mãe largou a gente e foi embora, ele começou a beber e usar muita droga. Ele costuma ficar agressivo, mas nunca conseguiu me bater quando estava sobre o efeito, já tentou mais nunca conseguiu, só não saiu de casa, pois não tenho para onde ir.Só tenho uma única amiga e ela já me ajuda como pode, eu não tenho dinheiro suficiente para sair de casa e não posso simplesmente fugir para casa dela. Mas logo cedo ela me chamou para dormir na sua casa e como não queria ficar na minha vendo meu pai drogado e fedendo a álcool falar merda, resolvi ir.Joana é minha melhor amiga desde o colegial, ela me ajuda como pode quando o assunto é meu pai, sou muito grata a ela por isso. Tenho vinte anos e trabalho como garçonete, a um bom tempo venho juntando dinheiro para um dia poder sair dessa casa e espero que logo isso possa acontecer.[...]— Oi my Boo —disse Joana abrindo a porta e me abraçando.— Oi jojo —falei retribuindo
Marius fitzy narrando:Acordo com uma dor de cabeça infernal.Com muita dificuldade abro meus olhos e vejo que estou no meu quarto, tento buscar na mente como cheguei aqui, mas não lembro de nada.Nunca mais bebo na vida, resmunguei enquanto tentava levantar.Segui até o banheiro onde tomei um banho e fiz minhas higienes, depois vesti apenas uma cueca e uma calça moletom e desci para tomar algum remédio para ressaca e dor de cabeça. Assim que cheguei na sala de estar vejo meu irmão esparramado no sofá com a cabeça no colo da nossa mãe, a mesma fazia cafuné em seu cabelo.— Filho, você está melhor? —perguntou ela preocupada.— Sim, mas preciso de um remédio para dor de cabeça e tentar comer algo sem botar para fora —falei sentindo meu estômago revirar só por falar em comida.— Ontem você estava péssimo —disse ela. — seu irmão e seu pai tiveram que te levar até o quarto, pois você chegou desmaiado.— Você estava doidão. — disse Cristian— e por falar em ontem, que morena era aquela que vo
Victoria Becker narrando:Chego na lanchonete que trabalho e vou diretamente pegar meu caderninho pra notar os pedidos.- Bom dia Vic _disse meu amigo Den, seu nome verdadeiro é Deniel mas eu o chamo de Den.- Bom dia Den _o comprimentei.Pra todos aqui eu sou apenas uma garota que mora com o pai e precisa de uma grana, e não uma garota abandonada pela mãe que vive com um pai drogado e precisa de grana pra ter o que comer e futuramente conseguir fugir do inferno que a vida dela se tornou.Mas chega de falar de problemas, quanto mais você fala mais atraí eles.- A mesa três está te chamando _disse Den.Rapidamente fui até um casal de idosos que estava me chamando.- Bom dia _sorri_ o que vão querer?- Dois cafés e duas fatias de bolos de chocolate _disse a senhora.- Certo, já volto _voltei para o balcão onde entreguei o pedido para o Den colocar em uma bandeja.A lanchonete é bem grande, tem o Den e o Louise que preparam os pedidos enquanto eu e mais duas garçonetes pegamos os pedidos
Victoria Becker narrando:- Faz xixi nesse negócio aí _disse Joana me entregando uma caixinha.- Eu nem estou com vontade de fazer xixi _falei abrindo a caixa.- Liga a torneira do banheiro e observa a água caindo, você fará xixi tão rápido que o flash irá chorar no banho _disse jô me empurrando em direção ao banheiro.- Certo.Assim fiz, não fiquei nem trinta segundos observando a água que já me deu vontade de fazer xixi, rapidamente urinei naquele pequeno objeto e o deixei sobre a pia.- Fez? _perguntou e eu assenti_ então agora é só esperar.Voltamos para o quarto e nos sentamos na cama.- Não sei o que irei fazer se der positivo _falei chorosa_ eu não tenho uma vida instável, não tenho dinheiro pra dar uma vida pelo menos confortável pra essa criança.- Calma, tudo tem um objetivo _disse me consolando_ se der positivo é por que estava nos planos de Deus.- Essa criança irá sofrer... Eu irei sofrer mais ainda por não poder dar o que ela quer _falei_ vai doer muito se um dia meu fil
Victoria Becker narrando:Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal
Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c