Victoria Becker narrando:
- Faz xixi nesse negócio aí _disse Joana me entregando uma caixinha.- Eu nem estou com vontade de fazer xixi _falei abrindo a caixa.- Liga a torneira do banheiro e observa a água caindo, você fará xixi tão rápido que o flash irá chorar no banho _disse jô me empurrando em direção ao banheiro.- Certo.Assim fiz, não fiquei nem trinta segundos observando a água que já me deu vontade de fazer xixi, rapidamente urinei naquele pequeno objeto e o deixei sobre a pia.- Fez? _perguntou e eu assenti_ então agora é só esperar.Voltamos para o quarto e nos sentamos na cama.- Não sei o que irei fazer se der positivo _falei chorosa_ eu não tenho uma vida instável, não tenho dinheiro pra dar uma vida pelo menos confortável pra essa criança.- Calma, tudo tem um objetivo _disse me consolando_ se der positivo é por que estava nos planos de Deus.- Essa criança irá sofrer... Eu irei sofrer mais ainda por não poder dar o que ela quer _falei_ vai doer muito se um dia meu filho me pedir algo e eu não puder dar...- Calma, ainda não sabemos se é verdade _disse me abraçando_ tudo na vida tem um objetivo, talvez isso aconteceu para que finalmente sua vida possa mudar, isso talvez seja apenas o começo da sua história.- Isso foi lindo... mas não queria estar passando por isso.Ficamos conversando até que finalmente a Joana levantou e foi em direção ao banheiro, combinamos que ela quem iria olhar primeiro pois eu estava com medo.- Qual o resultado? _perguntei nervosa.- Positivo _disse fazendo meu corpo gelar, só não cai por que estava sentada.- Isso só pode ser engano _falei sentindo meus olhos encheram de lágrimas_ eu não posso criar essa criança, não nas condições que me encontro.Senti minha amiga sentar ao meu lado e me abraçar.- Eu sei que é difícil, por isso vou te apoiar na decisão que você tomar _disse afagando meus cabelos_ se você quiser abortar, tudo bem, irei te apoiar, e se você quiser criar essa criança, ótimo, continuarei aqui te apoiando.- Te amo _falei- Também te amo my boo _disse.[...]Dormi na casa dela e de manhã voltei para minha casa onde tomei banho e me vesti para ir trabalhar.A vida não para e não é fácil pra ninguém, preciso pensar bem no que vou fazer, se não futuramente posso me arrepender.Assim fui trabalhar, vomitei muito e trabalhei mais ainda.Saindo do trabalho passei no mercado e comprei um pote de sorvete, não me do ao luxo de ficar comprando essa coisas mas eu estava com vontade de comer.Que estranho, pensar que tem uma vida... um ser humano dentro dentro de mim.No caminho de volta pra casa penso na possibilidade de criar a criança, como seria? Será que eu seria uma boa mãe? Eu não sei cuidar nem de mim direito quanto mais de um bebê.Droga, isso é tão complicado.- Finalmente chegou _disse meu pai_ estava aonde?- Trabalhando, sabe o que é isso? _perguntei indo em direção ao meu quarto.- Olha como fala comigo sua vagabunda _disse bravo_ você deveria ter ido embora com aquela outra vagabunda da sua mãe.- Pelo menos concordamos em algo _falei séria_ ela realmente é uma vagabunda mas se a mesma tivesse me levado eu teria ido de bom grado, pelo menos não precisaria ficar aguentando isso.Entrei no meu quarto batendo a porta.Abri a pequena janela de madeira do meu quarto para que o ar frio da noite entrasse, minha casa é bem pequena, são apenas uma sala, uma cozinha, dois quartos e um banheiro.Tudo simples mas arrumadinha, era né... agora temos poucos móveis já que meu pai vendeu tudo para comprar drogas.Até meu celular o mesmo roubou e vendeu... nunca mais consegui comprar outro.Sento na cama com as costas encostadas na cabeceira e abro o potinho de sorve de morango, levo a primeira colherada a boa e suspiro diante do seu maravilhoso sabor.Eu amo sorvete mas com o pouco dinheiro que tenho isso acabou se tornando luxo e muitas vezes quando não tenho dinheiro acabo ficando apenas no desejo.Como aquele pote de sorvete todinho e ali mesmo fico, só levanto para fechar a janela e depois deitar para dormir.[...]Marius fitzy narrando:Ao longo dessas semanas que se passaram tudo ocorreu bem, muito bem.O novo software ficou pronto e foi lançado, o novo aplicativo de comunicação já conta com quase meio milhão de downloads em apenas três dias, isso por que temos um programa de segurança avançado.Hoje em dia é difícil encontrar aplicativos seguros e de boa qualidade, por isso sempre buscamos o melhor, e isso acaba nos tornando os melhores.Também recente acabei iniciando uma compra, quero expandir a fitzy technology pra outros países e surgiu uma oportunidade de abrir uma nova filial na Holanda.Irei viajar durante alguns meses pra conseguir organizar tudo, estou feliz, tudo que sempre quis foi poder expandir meus horizontes e agora tenho essa oportunidade.Mas sinto que essa felicidade não tá completa, me falta algo... será amor?Minha vida amorosa anda fracassada em comparação a minha vida financeira, a cada dia fico mais rico e não tenho certeza se estou feliz, na verdade fico feliz de ter dinheiro pra comprar o que eu quero, mas será que dinheiro realmente trás felicidade?As pessoas com dinheiro vivem cercada de amigos e de muitas outras pessoas mas isso tudo é interesse no seu dinheiro, quero só ver se quando você não tiver nada se irá ter tanta gente na sua vida.Minha vida é assim, cercado de pessoas interesseiras e que fazem de tudo pra extorquir meu dinheiro.Eu já quebrei muito a cara com isso e hoje posso dizer que pra alguém me enganar tem que ser realmente bom e convincente pois estou mais que vacinado contra esse tipo de gente.Quando você quebra a cara muitas vezes apreende a confiar somente em você, meu coração também nunca se apaixonou e deve ser por isso que meus antigos relacionamentos nunca deram certo.Minha mente também sempre está focada no trabalho e pra mim no momento é só isso que importa.Victoria Becker narrando:Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal
Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af
Marius fitzy narrando:Já fazia algum tempo que eu estava acordado, quase não consegui dormir a noite pois estava ansioso. Então depois ter feito minhas higienes saiu do meu quarto e vou até o de Victoria, ela já estava acordada dando de mamar a coisinha rosa.A pequena Helena parecia uma esfomeada, fiquei até sem ar de ver a garotinha fungando enquanto enterrava o rosto no peito da mãe.- Bom dia _falei atraindo seu olhar.- Bom dia _respondeu e voltou a acariciar os cabelinhos da nossa filha.Nossa? Eu conheci ela ontem e já estou aceitando a ideia de ter uma filha, eu deveria estar surtando com isso.- Daqui a pouco sairemos para a clínica _avisei_ o café da manhã já está na mesa.- Tudo bem, você pode segurar Helena pra eu tomar um banho? _perguntou.- Eu não sei segurar, posso deixá-la cair _falei assustado.- É só ficar sentado aqui, rapidinho eu volto _disse.Andei até a cama onde me sentei e logo ela se aproximou, a mesma me ensinou rapidamente como segurá-la e logo colocou
Victoria Becker narrando:Eu era apenas uma desconhecida que afirmava ter uma filha com o filho mais velho dos fitzys, eles não me conheciam porém estavam me tratando super bem. Eles são podres de ricos e me trataram com humildade, não consigo entender como o Cristian saiu com aquela personalidade. Agora eu estava na mesa com a família fitzy almoçando, Helena não desgrudava do Marius, já tentei pegá-la mas aquela safada me trocou. Sofri horrores pra colocá-la no mundo e agora está lá, toda plena nos braços do pai. Marius ainda tem dúvidas sobre a descoberta de ter uma filha mas parece que gostou da ideia, eu sei disso por que sou muito observadora, Aquela pequena menininha já o conquistou e ele nem percebeu ainda. Ouço passos nas escadas e me viro pra olhar uma linda morena dos olhos azuis descendo. Eu entrei na família dos olhos azuis e que herdam uma beleza incomum, ninguém dessa família é feia. - Não foi pra faculdade hoje Liza? _perguntou Marius. - Resolvi me dar um dia d