Victoria Becker narrando:
Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal não fui eu que roubei, ele que cobre a quem cometeu o delito.E para piorar acabei de descobrir que Joana irá viajar pra estudar fora, ela irá para o texas e são quase um dia de viagem de Los Angeles pra lá.É muito longe pra quem não tem dinheiro,nem transporte e muito menos tempo.Já choramos juntas e conversamos muito, ela está muito indecisa e não quer ir pois não quer me deixar sozinha, isso é injusto, não posso estragar a chance dela ter um futuro.*Flashback on*- My boo _disse ela se aproximando.Eu tinha acabado de sair de uma consulta na qual ela tinha me acompanhado, estávamos conversando enquanto voltávamos para a casa dela.- Sim? - Tenho que te falar uma coisa _disse parando de andar.- Fala _falei me aproximando e segurando sua mão.- Meus pais querem que eu vá estudar no Texas _disse_ na Texas tech university, meus pais se formaram lá e agora eles querem que eu me forme também.Mas eu não quero deixar você...- Você quer estudar lá? _perguntei- Sim mas...- Sem mas, se você quer, vá em frente _abracei ela_ você sempre me apoiou em tudo que eu fiz e sempre esteve ao meu lado, agora chegou a hora de eu fazer o mesmo, vai atrás dos seus sonhos, vou ficar bem.- Vic...- Joana, eu quero que você vá lá e estude para se tornar no futuro a pediatra que você tanto sonha _falei_ futuramente quero ter consultas de graça quando for levar meu bebê.- Sua interesseira _disse me fazendo rir.- É sério, quero que você seja feliz, nunca vou me perdoar se você ficar _falei olhando em seus olhos_ vamos nos ver nas suas férias e vamos ficar bem.- Tem certeza?- Claro.Nos abraçamos e deixei algumas lágrimas caírem, eu quero o melhor pra ela e nunca iria me perdoar se eu impedisse ela de ir realizar o que ela tanto deseja.Ainda mais tem os avós dela que são do texas e que ela não os vê tem um bom tempo, eu seria muito egoísta se impedisse isso.*Flashback off*Ela irá viajar daqui a três dias, fizemos uma despedida adiantada pois irei estar trabalhando e não poderei ir vê-la.A mesma também me deu todas as minhas econômias que ela guardava, eu já tenho planos para esse dinheiro, irei usá-lo pra pagar consultas e várias outras coisas relacionados ao meu bebê, não irei pensar no futuro, por enquanto irei me virar do jeito que posso.[...]Coloco o moletom enorme antes de sair do quarto, esse foi um dos truques que uso para esconder a barriga pra que meu pai não veja.Mas ele nem para em casa, já faz basicamente três dias que não o vejo, pelo um lado é bom mas por outro fico preocupada.Tranco tudo e vou para o trabalho, todos lá já sabem afinal fica difícil de esconder deles já que o uniforme é bem justo, todos ficaram em choque mas já se acostumaram.Tirando o meu chefe que disse que meus dias lá estavam contados, eu já sabia que isso iria acontecer mas enquanto esse dia não chega irei trabalhar.Sei também que posso ganhar um bom dinheiro por ser demitida mas conhecendo George o mesmo irá fazer de tudo para eu não arrancar nenhum dinheiro dele.- Bom dia _falo assim que vejo Den.- Bom dia minha buchudinha _disse me fazendo revirar os olhos.Não conversamos muito pois logo os clientes começaram a chegar, atendo alguns e a primeira coisa que fazem é olhar pra minha barriga, as vezes vejo eles se questionarem sobre minha idade.Não ligo pra isso, já me acostumei." A fitzy technology irá se expandir, uma nova filial está sendo construída na Holanda _disse a repórter na pequena televisão da lanchonete_ o CEO Marius fitzy nos deu uma entrevista falando sobre seu investimento e vários outros assuntos comentados pelo empresário".Olhei para a TV ao ouvir uma voz que eu já tinha ouvido antes e arregalei meus olhos.É ele, o cara da boate e pai do meu filho.Ele é dono da fitzy technology... meu Deus. O pai do meu filho é bilionário.- Esse homem é o sonho de toda mulher _ouvi uma das clientes falar.- Eu faria de tudo pra sentar nesse homem _disse outra.- Sou mais o irmão dele, o Cristian _ouvi outra mulher falar.Sai de perto e andei até o Den com o pedido da cliente e o entreguei.- Parece que viu um fantasma _disse ele.- Não, eu vi a solução _falei.Se eu encontrar esse cara ele pode me ajudar... pelo menos a cuidar do nosso filho.Assim continuei a trabalhar, mas sempre com aquele homem em meus pensamentos, no horário do almoço irei até a tal empresa, ele precisa saber o quanto antes.Quando o horário de almoçarmos chegou avisei que iria sair rapidinho e assim corri o mais rápido que pude, a empresa não era muito longe para minha sorte.Olhei para o grande letreiro "fitzy technology" o prédio era enorme, andei até a entrada indo em direção à recepção.- Bom dia _falei.- Bom dia _respondeu a recepcionista_ o que deseja?- Quero falar com Marius fitzy.- Sr fitzy não está _disse.- Por favor, é urgente _supliquei.- Desculpe senhorita mas eu realmente não posso fazer nada.- Lídia, você sabe me dizer se meu pai já chegou? _disse um moreno dos olhos azuis parando ao meu lado.- Já sim Sr Cristian _respondeu a moça.- Você é Cristian fitzy? _perguntei, me lembro de uma das moças falar de um tal de Cristian irmão do Marius.- Sim, o que deseja _disse.- Eu preciso urgentemente falar com seu irmão, por favor _implorei.- Meu irmão viajou _disse.- Tem algum número de telefone ou qualquer outro jeito de falar com ele? É urgente.- O que uma garçonete teria de tão importante pra falar com meu irmão? _disse me olhando de cima a baixo_ vai embora, aqui não é seu lugar.Assim ele saiu e vi a recepcionista me olhar com pena, o que me deu na cabeça de vir aqui? E se Marius for igual ao irmão e também me humilhar?Assim fui embora daquele lugar, terei que passar por isso sozinha...Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af
Marius fitzy narrando:Já fazia algum tempo que eu estava acordado, quase não consegui dormir a noite pois estava ansioso. Então depois ter feito minhas higienes saiu do meu quarto e vou até o de Victoria, ela já estava acordada dando de mamar a coisinha rosa.A pequena Helena parecia uma esfomeada, fiquei até sem ar de ver a garotinha fungando enquanto enterrava o rosto no peito da mãe.- Bom dia _falei atraindo seu olhar.- Bom dia _respondeu e voltou a acariciar os cabelinhos da nossa filha.Nossa? Eu conheci ela ontem e já estou aceitando a ideia de ter uma filha, eu deveria estar surtando com isso.- Daqui a pouco sairemos para a clínica _avisei_ o café da manhã já está na mesa.- Tudo bem, você pode segurar Helena pra eu tomar um banho? _perguntou.- Eu não sei segurar, posso deixá-la cair _falei assustado.- É só ficar sentado aqui, rapidinho eu volto _disse.Andei até a cama onde me sentei e logo ela se aproximou, a mesma me ensinou rapidamente como segurá-la e logo colocou
Victoria Becker narrando:Eu era apenas uma desconhecida que afirmava ter uma filha com o filho mais velho dos fitzys, eles não me conheciam porém estavam me tratando super bem. Eles são podres de ricos e me trataram com humildade, não consigo entender como o Cristian saiu com aquela personalidade. Agora eu estava na mesa com a família fitzy almoçando, Helena não desgrudava do Marius, já tentei pegá-la mas aquela safada me trocou. Sofri horrores pra colocá-la no mundo e agora está lá, toda plena nos braços do pai. Marius ainda tem dúvidas sobre a descoberta de ter uma filha mas parece que gostou da ideia, eu sei disso por que sou muito observadora, Aquela pequena menininha já o conquistou e ele nem percebeu ainda. Ouço passos nas escadas e me viro pra olhar uma linda morena dos olhos azuis descendo. Eu entrei na família dos olhos azuis e que herdam uma beleza incomum, ninguém dessa família é feia. - Não foi pra faculdade hoje Liza? _perguntou Marius. - Resolvi me dar um dia d
Victoria Becker narrando:Já fazia uma semana que eu estava na casa de Marius, ele e a família dele são super legais, com exceção do Cristian. Eu achava que Marius iria me chamar de mentirosa ou interresseira mas não, ele não acreditou mas aceitou fazer o teste de paternidade e ainda está sendo muito bom comigo. Eu nunca esqueci aquela noite e acho que nunca esquecerei. Eu sempre tive medo e receio de ter relações sexuais por não ter memórias boas daquilo, infelizmente eu tinha onze anos quando tudo aconteceu...Só de pensar que quase passei por aquilo de novo no dia do nascimento de Helena me faz ter pesadelos, me sinto orgulhosa de mim mesma por ter me mantido forte naquele momento. Mas eu sei de onde veio toda aquela força, olho para minha linda menininha que se mexia na cama enquanto chupava seus dedinhos, eu fui forte por ela. Depois de ter passado por aqueles abusos na infância que veio do amigo do meu pai, que ele esteja queimando no inferno, eu fiquei com medo de qualquer