Victoria Becker narrando:
Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos.Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio com uma cadeira de rodas e eu me sentei.- Moça cadê seu acompanhante? _perguntou ela.- Não tenho _falei_ eu não tenho ninguém.Comecei a chorar enquanto arfava de dor, a mulher me olhou e suspirou.- Você não está em condições de assinar nenhum documento mais pelo menos me fale seu nome para que coloquemos na identificação da criança _disse ela.- Victoria Mary Becker _falei ou gritei, eu não estava mais em mim naquele momento.- Certo, eu vou te acompanhar _disse ela me empurrando na cadeira.As próximas horas foram assustadoras, nunca senti tanta dor na minha vida, aquela enfermeira ficou ao meu lado na hora do parto e me deu forças, ainda existem pessoas boas no mundo.Quando ouvi o chorinho da minha filha foi impossível não chorar também, eu sabia que cada sacrifício iria valer a pena, e valeu, no memento em que peguei ela nos meus braços foi a melhor coisa da minha vida.Eu sorria como uma boba, meu coração estava acelerado, ela era perfeita... seus cabelos negros e aqueles pequenos olhinhos azuis.Mas tive que me despedir dela quando pediram para levá-la, mas afirmaram que logo a trariam pra mim.Fui para o quarto depois de algumas horas e fiquei esperando minha bebê, logo ela chegou e a enfermeira que foi muito legal comigo me ajudou a dar de mamar a Helena.- Obrigada por me ajudar _agradeci.- Não precisa agradecer _sorriu carinhosa_ você parecia perdida e assustada, ainda mais sem ninguém pra te ajudar em um momento tão difícil e ao mesmo tempo tão especial.- Serei sempre grata a você.Depois que Helena mamou a mesma dormiu, a coloquei no pequeno bercinho ao lado da cama e me aconcheguei na mesma.- Você precisa descansar _falou a mulher a minha frente me cobrindo com um lençol_ vou te deixar dormir mas se você precisar de algo é só apertar esse botão que alguém virá aqui.Assenti e logo ela saiu.Eu estava exausta, todas as minhas energias tinham sido gastas, afinal para passar por um parto natural precisa de muita força, rapidamente dormir e por algum motivo eu estava sentindo que a parti dali minha vida iria mudar.[...]Fiquei apenas dois dias no hospital e o médico me deu alta, Helena estava saudável e nos duas estávamos bem, eu estava um pouco dolorida mas iria melhorar.Sai do quarto com minha bebê nos braços e encontro Abigail que foi a enfermeira que me ajudou.- Já vai embora? _perguntou olhando pra bebê em meus braços e sorrindo.- Sim _sorri_ queria agradecer mais uma vez, você foi um anjo em minha vida.- Não precisa agradecer, quero que você e essa pequena fiquem bem.- Vamos ficar _sorri e me despedi dela.Andei por aqueles corredores vendo várias mulheres grávidas, algumas já indo em direção à sala de parto, fico aliviada que eu já tenha passado por aquilo, dói muito e fico feliz que eu não tenha que passar por aquilo de novo, pelo menos não durante um bom tempo.Mas assim que passo pelas portas de saída e chego na rua o choque de realidade me invade, eu não tenho pra onde ir... não posso voltar pra aquele lugar e colocar minha filha em risco ou a mim mesmo.Também não posso ficar na rua com uma recém nascida.Perdida e assustada saiu andando pela calçada sem uma direção exata, mas quando me dou conta estou parada em frente a fitzy technology.Olho pra aquilo tudo e vejo que minha filha pode ter uma vida boa, ela pode ter tudo que eu não tive, e se pra isso eu preciso aguentar mais uma humilhação então assim vai ser.Não me importo se Marius, Cristian ou qualquer outra pessoa me humilhe, mas se existir 1% de chance dela poder crescer confortável e ter uma vida digna eu irei me humilhar.Assim entro naquela m*****a empresa, dessa vez não vou falar com recepcionista nenhuma, terei que entrar escondida e encontrar Marius eu mesma.Ao entrar vejo a recepcionista ocupada no telefone, a sua frente tem dois homens com seus ternos caros e exalando cheiro de dinheiro.Dou um jeito de entrar sem ser percebida, Cristian estava certo, esse lugar não é pra mim, eu sou apenas uma desempregada com roupas velhas que acabou de parir um filho, e se não bastasse isso ainda tenho manchas roxas nos braços por causa daquele desgraçado que tentou me estuprar, ainda não acredito que o filho da puta do meu pai fez aquilo comigo.Subo pelas escadas, são muitos andares e só tem dois dias que tive um bebê então está sendo bem difícil mas não desisto, contínuo a subir, degrau por degrau enquanto Helena dorme tranquila em meus braços.Finalmente chego no último andar que é bem óbvio que seja o local onde Marius trabalha.Mas ao abrir a porta esbarro em alguém e Helena começa a chorar pois ela acabou se assustando.- Olha o que você fez _falei brava enquanto tentava acalmar minha filha.- Desculpa, eu estava apressado e não te vi.Essa voz... Eu conheço.Olho pra cima e do de cara com ele, Marius, o mesmo estava na minha frente enquanto me olhava atentamente, mas logo seu olhar desce pra bebê em meus braços.- Marius...Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af
Marius fitzy narrando:Já fazia algum tempo que eu estava acordado, quase não consegui dormir a noite pois estava ansioso. Então depois ter feito minhas higienes saiu do meu quarto e vou até o de Victoria, ela já estava acordada dando de mamar a coisinha rosa.A pequena Helena parecia uma esfomeada, fiquei até sem ar de ver a garotinha fungando enquanto enterrava o rosto no peito da mãe.- Bom dia _falei atraindo seu olhar.- Bom dia _respondeu e voltou a acariciar os cabelinhos da nossa filha.Nossa? Eu conheci ela ontem e já estou aceitando a ideia de ter uma filha, eu deveria estar surtando com isso.- Daqui a pouco sairemos para a clínica _avisei_ o café da manhã já está na mesa.- Tudo bem, você pode segurar Helena pra eu tomar um banho? _perguntou.- Eu não sei segurar, posso deixá-la cair _falei assustado.- É só ficar sentado aqui, rapidinho eu volto _disse.Andei até a cama onde me sentei e logo ela se aproximou, a mesma me ensinou rapidamente como segurá-la e logo colocou
Victoria Becker narrando:Eu era apenas uma desconhecida que afirmava ter uma filha com o filho mais velho dos fitzys, eles não me conheciam porém estavam me tratando super bem. Eles são podres de ricos e me trataram com humildade, não consigo entender como o Cristian saiu com aquela personalidade. Agora eu estava na mesa com a família fitzy almoçando, Helena não desgrudava do Marius, já tentei pegá-la mas aquela safada me trocou. Sofri horrores pra colocá-la no mundo e agora está lá, toda plena nos braços do pai. Marius ainda tem dúvidas sobre a descoberta de ter uma filha mas parece que gostou da ideia, eu sei disso por que sou muito observadora, Aquela pequena menininha já o conquistou e ele nem percebeu ainda. Ouço passos nas escadas e me viro pra olhar uma linda morena dos olhos azuis descendo. Eu entrei na família dos olhos azuis e que herdam uma beleza incomum, ninguém dessa família é feia. - Não foi pra faculdade hoje Liza? _perguntou Marius. - Resolvi me dar um dia d
Victoria Becker narrando:Já fazia uma semana que eu estava na casa de Marius, ele e a família dele são super legais, com exceção do Cristian. Eu achava que Marius iria me chamar de mentirosa ou interresseira mas não, ele não acreditou mas aceitou fazer o teste de paternidade e ainda está sendo muito bom comigo. Eu nunca esqueci aquela noite e acho que nunca esquecerei. Eu sempre tive medo e receio de ter relações sexuais por não ter memórias boas daquilo, infelizmente eu tinha onze anos quando tudo aconteceu...Só de pensar que quase passei por aquilo de novo no dia do nascimento de Helena me faz ter pesadelos, me sinto orgulhosa de mim mesma por ter me mantido forte naquele momento. Mas eu sei de onde veio toda aquela força, olho para minha linda menininha que se mexia na cama enquanto chupava seus dedinhos, eu fui forte por ela. Depois de ter passado por aqueles abusos na infância que veio do amigo do meu pai, que ele esteja queimando no inferno, eu fiquei com medo de qualquer
Marius fitzy narrando:Acordo com um choro alto e rapidamente levanto. Pego meu celular e vejo que são 3:15, o choro continuava então andei até o quarto de Victoria e vejo a mesma andando por todo o cômodo enquanto balançava Helena em seus braços. - O que ela tem? _pergunto ao me aproximar. - Deve ser cólica _disse.- E o que serve pra aliviar a dor dela? _perguntei.- A médica me deu algumas dicas quando eu ainda estava grávida, a mesma disse que messagem, banho e um monte de outras coisas servem para aliviar _disse_ você pode fazer uma massagem na barriguinha dela enquanto eu encho a banheira com água morna para banhá-la? - Faço sim, porém não sei fazer direito _falei incerto, então pego meu celular e vou no YouTube pesquisar um vídeo sobre massagem em bebês. Vejo ela se aproximar da cama e colocar a pequena bebê deitada, Helena ainda chorava só que agora baixinho, a mesma se encolhia e aquilo me deixava angustiado, ver a pequena coisinha rosa sofrendo...Me aproximo da cama já
Marius fitzy narrando:Olho para a pessoa que me chamou e vejo que se trata da April, minha ex. A mesma está bem diferente, na época em que namoravamos ela era mais "natural", agora só de olhar pra ela já da pra perceber uma 10 plásticas, o silicone dela é tão grande que acho que colocaram foi uma bola de futebol. A gente namorou por três anos, ela era minha primeira namorada e eu amava muito ela, mas eu era muito novo e estava assumindo a empresa naquela época. Eu estava muito ocupado com o trabalho, na verdade eu estava vivendo para o trabalho... Certo dia eu com saudade dela resolvi deixar o trabalho um pouco de lado e ir no seu apartamento, no dia seguinte iríamos completar 3 anos juntos. Acontece que ao entrar no seu apartamento a encontrei nua enquanto cavalgava no pau no meu melhor amigo de infância, duas traições em um único dia foi foda. Eu fiquei muito mal, Marlon que agora é meu ex-melhor amigo tentou falar comigo mais eu não quis ouvi-lo, eu vi o bastante e nada do qu