Victoria Becker narrando:
Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perceber, mas agora já não bastava ter ele drogado ainda tenho que aturar alguns "amigos" dele, sempre fico no quarto quando eles estão aqui já que podem ver a barriga e comentarem.Sempre fico com medo de que algum deles invadam meu quarto, normalmente eu vivo muito indefesa e assustada, meus hormônios vivem descontrolados.Mas nada disso se compara ao medo de quando finalmente eu for ter minha Helena, terei que passar por um parto sozinha, não terei apoio de ninguém.As vezes choro muito e pergunto a Deus por que está me fazendo passar por isso, eu nunca fui uma pessoa ruim, nunca tratei ninguém mal.Eu sou aquela pessoa que ajuda os velinhos a atravessarem a rua, sou aquela pessoa que não vê mal nas pessoas e que acredita que a humanidade ainda tenha salvação.Por que tenho que sofrer tanto? Por que pessoas boas sofrem enquanto as más sempre se dão bem?Faz um bom tempo que falei com Joana mas sei que ela está bem e feliz, os pais dela se mudaram para o Texas alguns meses depois, no dia da viagem deles eu fui me despedir e pelo telefone da mãe dela conversei com minha amiga, aquela foi a última vez.A mãe de Jô me deu algumas roupas dela que estão servindo muito bem agora que minha barriga está enorme, ganhei também algumas roupas de quando minha amiga era bebê e simplesmente amei todas.Sinto saudade dela e sei que ela também sente, mas temos que seguir nossos caminhos e quem sabe um dia nos encontramos novamente.[...]Enfim nove meses, foram meses difíceis ,complicados...foi um verdadeiro desafio.Uma mãe faz de tudo por seus filhos e eu fiz de tudo pela Helena, tive que passar por muitas situações difíceis, ainda passo, mas creio que no fim tudo valerá a pena.Quando estou deitada a noite pra dormir e sinto ela se mexer meu coração fica acelerado pois eu a amo tanto, minha pequena companheira.Só saiu de casa se for algo realmente necessário tipo as consultas e pra comprar algo pra mim, meu dinheiro está ficando pouco e isso me preocupa, um bebê gasta muito e eu não tenho como comprar nada pra ela.Semana passada recebi uma encomenda pelo correio e era de Joana, uma caixa enorme com vários pacotes de fraldas e produtos de higiene para bebês, algumas roupinhas e também uma carta dela.≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫Oi my boo, estou morrendo de saudade e queria muito ter acompanhado sua gravidez, quero que saiba que sempre penso em você e que te amo muito.Pelas minha contas sei que já está perto de você finalmente ter seu bebê em seus braços e eu queria muito estar aí pra acompanhar tudo mais infelizmente não poderei, saiba que estou mandando energias positivas para que dê tudo certo, sei que essas coisas que te mandei não são suficiente pois um bebê gasta muito mas dará para alguns dias, irei te mandar mais algumas coisas depois.Sinto saudades de você todos os dias.De sua melhor amiga que te ama muito, Joana.≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫≪ °❈° ≫Minha amiga não sabe que terei uma menininha, infelizmente no dia em que falamos pela última vez eu ainda não sabia o sexo da criança.Queria muito falar pra ela mas não tenho como ligar, nunca consegui um celular novo e acho que nunca vou conseguir, também não sei o número dela.Hoje acordei com dores nas costas, acho que por causa do parto que está se aproximando eu esteja sentindo essas dores.Começo a arrumar a bolsinha que irei levar para o hospital com as roupinhas de Helena, no canto direito do quarto puxo uma das madeiras do piso e de lá retiro uma caixinha onde deixo meu dinheiro guardado, ando até a bolsa e coloco a caixinha no fundo dela com as roupas por cima, coloco a mesma embaixo da cama.- Pronto meu amor _falei fazendo carinho na minha barriga_ mamãe já está com tudo pronto.Sinto uma dor na barriga e me curvo respirando rápido e pesado, suspiro e ando até a porta e como não tem ninguém em casa vou até a geladeira pra tomar um pouco de água.Ouço passo do lado de fora e me apresso pra entrar no quarto, sinto uma dor no meio do caminho e paro de andar, a pessoa abre a porta e não a conheço.- Olá gatinha _disse o cara.- Sai da minha casa _falei e ouvi sua risada.- Seu pai me deu a permissão _disse_ sabe o que ele me deu também?- Não, e não quero saber _falei.- Ele me disse que você era virgem e que trocaria sua virgindade por drogas _disse com malicia_ mas vejo que a putinha aí já não é virgem a muito tempo.- Vai embora _tentei correr para me trancar no quarto mas o homem me segurou e me empurrou contra a parede.- Eu nunca fiz sexo com uma grávida _disse no meu ouvido enquanto passava as mãos na minha barriga_ deve ser bem gostoso.Lágrimas começaram a sair dos meus olhos, preciso sair daqui.- Não faz isso, por favor _tentei o empurrar.- Eu quero você e eu vou ter _disse cheirando meu pescoço.Mesmo com medo junto toda a força que tenho e lhe dou uma ajoelhada, ele cai no chão se contorcendo, sem tempo pra nada corro para o quarto e pego a bolsa da Helena e coloco algumas mudas de roupas minhas.Não posso ficar aqui se não ele vai me fazer mal, começo a andar até a porta quando sinto algo descer pelas minhas pernas, olho pra poça que se formou nos meus pés e arregalo meus olhos.A Helena vai nascer.Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af
Marius fitzy narrando:Já fazia algum tempo que eu estava acordado, quase não consegui dormir a noite pois estava ansioso. Então depois ter feito minhas higienes saiu do meu quarto e vou até o de Victoria, ela já estava acordada dando de mamar a coisinha rosa.A pequena Helena parecia uma esfomeada, fiquei até sem ar de ver a garotinha fungando enquanto enterrava o rosto no peito da mãe.- Bom dia _falei atraindo seu olhar.- Bom dia _respondeu e voltou a acariciar os cabelinhos da nossa filha.Nossa? Eu conheci ela ontem e já estou aceitando a ideia de ter uma filha, eu deveria estar surtando com isso.- Daqui a pouco sairemos para a clínica _avisei_ o café da manhã já está na mesa.- Tudo bem, você pode segurar Helena pra eu tomar um banho? _perguntou.- Eu não sei segurar, posso deixá-la cair _falei assustado.- É só ficar sentado aqui, rapidinho eu volto _disse.Andei até a cama onde me sentei e logo ela se aproximou, a mesma me ensinou rapidamente como segurá-la e logo colocou
Victoria Becker narrando:Eu era apenas uma desconhecida que afirmava ter uma filha com o filho mais velho dos fitzys, eles não me conheciam porém estavam me tratando super bem. Eles são podres de ricos e me trataram com humildade, não consigo entender como o Cristian saiu com aquela personalidade. Agora eu estava na mesa com a família fitzy almoçando, Helena não desgrudava do Marius, já tentei pegá-la mas aquela safada me trocou. Sofri horrores pra colocá-la no mundo e agora está lá, toda plena nos braços do pai. Marius ainda tem dúvidas sobre a descoberta de ter uma filha mas parece que gostou da ideia, eu sei disso por que sou muito observadora, Aquela pequena menininha já o conquistou e ele nem percebeu ainda. Ouço passos nas escadas e me viro pra olhar uma linda morena dos olhos azuis descendo. Eu entrei na família dos olhos azuis e que herdam uma beleza incomum, ninguém dessa família é feia. - Não foi pra faculdade hoje Liza? _perguntou Marius. - Resolvi me dar um dia d
Victoria Becker narrando:Já fazia uma semana que eu estava na casa de Marius, ele e a família dele são super legais, com exceção do Cristian. Eu achava que Marius iria me chamar de mentirosa ou interresseira mas não, ele não acreditou mas aceitou fazer o teste de paternidade e ainda está sendo muito bom comigo. Eu nunca esqueci aquela noite e acho que nunca esquecerei. Eu sempre tive medo e receio de ter relações sexuais por não ter memórias boas daquilo, infelizmente eu tinha onze anos quando tudo aconteceu...Só de pensar que quase passei por aquilo de novo no dia do nascimento de Helena me faz ter pesadelos, me sinto orgulhosa de mim mesma por ter me mantido forte naquele momento. Mas eu sei de onde veio toda aquela força, olho para minha linda menininha que se mexia na cama enquanto chupava seus dedinhos, eu fui forte por ela. Depois de ter passado por aqueles abusos na infância que veio do amigo do meu pai, que ele esteja queimando no inferno, eu fiquei com medo de qualquer
Marius fitzy narrando:Acordo com um choro alto e rapidamente levanto. Pego meu celular e vejo que são 3:15, o choro continuava então andei até o quarto de Victoria e vejo a mesma andando por todo o cômodo enquanto balançava Helena em seus braços. - O que ela tem? _pergunto ao me aproximar. - Deve ser cólica _disse.- E o que serve pra aliviar a dor dela? _perguntei.- A médica me deu algumas dicas quando eu ainda estava grávida, a mesma disse que messagem, banho e um monte de outras coisas servem para aliviar _disse_ você pode fazer uma massagem na barriguinha dela enquanto eu encho a banheira com água morna para banhá-la? - Faço sim, porém não sei fazer direito _falei incerto, então pego meu celular e vou no YouTube pesquisar um vídeo sobre massagem em bebês. Vejo ela se aproximar da cama e colocar a pequena bebê deitada, Helena ainda chorava só que agora baixinho, a mesma se encolhia e aquilo me deixava angustiado, ver a pequena coisinha rosa sofrendo...Me aproximo da cama já