Victoria Becker narrando:
Chego na lanchonete que trabalho e vou diretamente pegar meu caderninho pra notar os pedidos.- Bom dia Vic _disse meu amigo Den, seu nome verdadeiro é Deniel mas eu o chamo de Den.- Bom dia Den _o comprimentei.Pra todos aqui eu sou apenas uma garota que mora com o pai e precisa de uma grana, e não uma garota abandonada pela mãe que vive com um pai drogado e precisa de grana pra ter o que comer e futuramente conseguir fugir do inferno que a vida dela se tornou.Mas chega de falar de problemas, quanto mais você fala mais atraí eles.- A mesa três está te chamando _disse Den.Rapidamente fui até um casal de idosos que estava me chamando.- Bom dia _sorri_ o que vão querer?- Dois cafés e duas fatias de bolos de chocolate _disse a senhora.- Certo, já volto _voltei para o balcão onde entreguei o pedido para o Den colocar em uma bandeja.A lanchonete é bem grande, tem o Den e o Louise que preparam os pedidos enquanto eu e mais duas garçonetes pegamos os pedidos, também tem a anny no caixa.Hoje vejo que meu dia será bem corrido pois logo pela manhã o movimento está bem grande.- Aqui Vic _me entregou o pedido.Depois de levá-los para o casal, vou atender uma mesa onde tem quatro adolescentes, eles me olham de cima a baixo antes de um deles sorrir de lado.- Bom dia, o que vão querer?- Você gatinha _disse o loiro que estava sorrindo de um jeito estranho pra mim.- Não estou fazendo parte do cardápio _falei séria_ por favor, qual o seu pedido?- Queríamos você mas já que não pode, trás pra gente três refris, três hambúrguer e uma porção de batata frita _disse o loiro.Assenti enquanto anotava.Quando virei de costas para sair senti passarem a mão na minha bunda, a raiva me consumiu porém se eu discutir quem irá sofrer as consequências serei eu... mês passado aconteceu algo parecido, a garota discutiu com o cliente e o nosso chefe Sr George ficou muito bravo pois o cliente era alguém importante e quem saiu como errada foi a garota.Infelizmente esse é a sociedade em quê vivemos, uma mulher sofre assédio e ela quem é a culpada, o homem nunca sai como errado.Eu queria muito socar a cara desse garoto mas infelizmente sei qual será minha consequência caso faça isso... e eu não posso perder meu emprego.Engulo toda a raiva que estou sentido e saiu dali como se nada tivesse acontecido.O pedido peço para outra garçonete levar e assim ela faz, o resto do dia passou normalmente, o movimento diminuiu na parte da tarde então trabalhei menos.[...]Algumas semanas depois...Termino de almoçar e logo sinto meu estômago revirar, o vomito sobe na garganta e corro na direção do banheiro.Eram quase duas da tarde quando paramos para almoçar, o movimento na lanchonete estava muito grande e só agora tivemos tempo para podermos nos alimentar.Já faz alguns dias que venho me sentindo estranha, meu corpo está estranho, venho vomitando muito e fico enjoada com frequência.- Meu Deus Vic, o que você comeu? _perguntou Den se abaixando ao meu lado.- Não sei, devo ter algum tipo de intoxicação alimentar, pois venho me sentindo mal ultimamente _falei dando descarga e levantando para lavar o rosto.- Logo você ficará bem _disse carinhoso.Depois disso voltamos ao trabalho, as vezes eu me sentia um pouco tonta mas logo passava.Depois de já ter terminado meu expediente, sai da lanchonete e fui para casa onde tomei um banho e sai pois hoje eu iria dormir na casa de Joana.Amanhã os pais dela voltaram de viagem e ela fica muito ocupada ajudando eles com as coisas da loja, também ficará mais difícil de termos tempo já que ela também está estudando e ajudará sua mãe na loja e eu também trabalho.Jô estuda para ser pediatra, a mesma não tem muitos amigos mas me fala muito sobre uma tal de Eliza fitzy, disse que quer me apresentar para ela, é ainda disse que falam muito sobre mim e que vamos marcar de um dia sairmos juntas.- Oi Jô _falei assim que a mesma abriu a porta.- Oi my boo _sorriu_ entra.Entrei e vejo que ela estava vendo filme.- Coloquei o filme agora, eu estava terminando de fazer pipoca pra gente _disse ela.- Quer ajuda?- Não precisa, já estou terminando _falou animada_ senta aí que vou na cozinha e já volto.Assim ela saiu e depois de alguns minutos voltou com um balde enorme de pipoca, começamos a comer enquanto assistiamos o filme.- Esse filme é muito bom _disse ela mas não respondi pois do nada comecei a me sentir enjoada_ Vic, você está bem?- Só um enjoou _falei_ ultimamente estou me sentindo assim, hoje na lanchonete só faltei por as tripas pra fora.- O que você anda sentindo? _perguntou curiosa.- Enjoo, tontura, ando vomitando muito e últimamente ando me sentindo mais cansada do que o normal _falei_ mas isso deve ser o stress e a falta de sono, meu pai anda se drogando mais que o normal, sumiu durante uma semana me deixando preocupada e o trabalho está me matando.- Não sei não, isso está me parecendo outra coisa _disse ela.- O quê?- Gravidez _falou me fazendo sentir um frio na barriga, isso não pode acontecer.- Sem chance, eu não tô _falei.- Mas você transou com aquele cara na boate _falou.- Mas você me deu o remédio _respondi tentando me convencer de que aquilo não estava acontecendo.- Pode ter falhado, nenhum método contraceptivo é totalmente seguro _falou_ todo mundo que faz sexo corre o risco disso acontecer.- Droga, minha vida é uma merda... como vou cuidar de uma criança assim _falei_ ela merece uma vida melhor... Eu não posso dar isso a ela.- Calma, não vamos nos precipitar _disse_ tem uma farmácia aqui do lado, vou comprar um teste e já volto.Disse levantando da cama e saindo correndo sem chance de me deixar falar.Se isso for verdade, o que vou fazer? Meu pai não pode saber disso de jeito nenhum, não quero nem pensar no que ele faria.Victoria Becker narrando:- Faz xixi nesse negócio aí _disse Joana me entregando uma caixinha.- Eu nem estou com vontade de fazer xixi _falei abrindo a caixa.- Liga a torneira do banheiro e observa a água caindo, você fará xixi tão rápido que o flash irá chorar no banho _disse jô me empurrando em direção ao banheiro.- Certo.Assim fiz, não fiquei nem trinta segundos observando a água que já me deu vontade de fazer xixi, rapidamente urinei naquele pequeno objeto e o deixei sobre a pia.- Fez? _perguntou e eu assenti_ então agora é só esperar.Voltamos para o quarto e nos sentamos na cama.- Não sei o que irei fazer se der positivo _falei chorosa_ eu não tenho uma vida instável, não tenho dinheiro pra dar uma vida pelo menos confortável pra essa criança.- Calma, tudo tem um objetivo _disse me consolando_ se der positivo é por que estava nos planos de Deus.- Essa criança irá sofrer... Eu irei sofrer mais ainda por não poder dar o que ela quer _falei_ vai doer muito se um dia meu fil
Victoria Becker narrando:Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal
Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af
Marius fitzy narrando:Já fazia algum tempo que eu estava acordado, quase não consegui dormir a noite pois estava ansioso. Então depois ter feito minhas higienes saiu do meu quarto e vou até o de Victoria, ela já estava acordada dando de mamar a coisinha rosa.A pequena Helena parecia uma esfomeada, fiquei até sem ar de ver a garotinha fungando enquanto enterrava o rosto no peito da mãe.- Bom dia _falei atraindo seu olhar.- Bom dia _respondeu e voltou a acariciar os cabelinhos da nossa filha.Nossa? Eu conheci ela ontem e já estou aceitando a ideia de ter uma filha, eu deveria estar surtando com isso.- Daqui a pouco sairemos para a clínica _avisei_ o café da manhã já está na mesa.- Tudo bem, você pode segurar Helena pra eu tomar um banho? _perguntou.- Eu não sei segurar, posso deixá-la cair _falei assustado.- É só ficar sentado aqui, rapidinho eu volto _disse.Andei até a cama onde me sentei e logo ela se aproximou, a mesma me ensinou rapidamente como segurá-la e logo colocou