Marius fitzy narrando:
Acordo com uma dor de cabeça infernal.Com muita dificuldade abro meus olhos e vejo que estou no meu quarto, tento buscar na mente como cheguei aqui, mas não lembro de nada.Nunca mais bebo na vida, resmunguei enquanto tentava levantar.Segui até o banheiro onde tomei um banho e fiz minhas higienes, depois vesti apenas uma cueca e uma calça moletom e desci para tomar algum remédio para ressaca e dor de cabeça. Assim que cheguei na sala de estar vejo meu irmão esparramado no sofá com a cabeça no colo da nossa mãe, a mesma fazia cafuné em seu cabelo.— Filho, você está melhor? —perguntou ela preocupada.— Sim, mas preciso de um remédio para dor de cabeça e tentar comer algo sem botar para fora —falei sentindo meu estômago revirar só por falar em comida.— Ontem você estava péssimo —disse ela. — seu irmão e seu pai tiveram que te levar até o quarto, pois você chegou desmaiado.— Você estava doidão. — disse Cristian— e por falar em ontem, que morena era aquela que você pegou em, tá de parabéns.— Não me lembro de nada —falei sentindo uma pontada de dor na cabeça. — só lembro de chegar e começarmos a beber e aí não lembro de mais nada.— Eu não lembro de muita coisa também, mas lembro de você sair e depois passar pela gente indo em direção ao banheiro com uma mulher. — disse meu irmão— depois de um bom tempo, ela passou pela gente e você voltou e se sentou, você estava bem ou parecia, logo depois desmaiou, o Logan teve que me ajudar a levar você até o carro.— Pelo menos não desmaiei na frente dela —falei— imaginem a vergonha que eu passaria. — Eu iria te zoar tanto —disse Cristian sorrindo.— Eu só queria lembra dessa garota —falei pensativo — deixa pra lá, agora só quero tomar meu remédio.— Venham, mamãe vai mandar a Leonor fazer uma sopinha para vocês —disse nossa mãe nos tratando como se fôssemos crianças, reclamo? Claro que não.[...]Victoria Becker narrando:Sinto alguém me sacudir e com isso acabou acordando, vejo Joana segurando um comprimido e um copo com água.— O que é isso? —perguntei.— Pílula do dia seguinte —respondeu— você transou com aquele cara lá na boate e com certeza não devem ter usado preservativo.— Obrigada —sorri pegando o remédio.Depois daquele sexo maravilhoso no banheiro com aquele homem super gostoso, acabei ficando com muita vergonha e inventei uma desculpa que eu precisava ir embora. Assim que sai do banheiro, procurei por Joana e pedi para irmos embora.Sorri internamente ao lembrar dele, aqueles olhos azuis, a barba macia e o seu delicioso perfume, aquela pegada dele e o seu corpo musculoso que fiz questão de me deliciar em cada parte. Será que algum dia irei reencontrá-lo de novo?— Pensando no cara da boate? —perguntou minha amiga curiosa se sentando ao meu lado.— Sim, ele era lindo e foi tão bom —sorri.— Fico feliz por você —disse ela empolgada. — agora vamos levantar para comermos algo e aproveitarmos um pouco antes de você voltar para sua casa.Tentei aproveitar ao máximo aquela manhã, pois quando voltasse para casa o meu inferno pessoal iria começar.[...]— A vagabunda chegou —disse meu pai assim que passei pela porta de casa.Continuei calada enquanto andava em direção ao meu quarto.— Dormiu aonde? —perguntou.— Na casa da Joana —respondi.— A outra vagabunda —resmungou.— Não fala assim dela —o repreendi.— Ela é vagabunda sim e você também —falou só para me irritar. Sem querer entrar em uma discussão com ele, resolvi não questionar e ir para meu quarto.O final de semana passou bem na medida do possível, fiquei a maioria do tempo trancada no quarto, pois toda vez que eu saia ele ficava me xingando ou falava mal da Joana. Não sei por que meu pai me odeia tanto... eu fui abandona igual ele, fico me perguntando se um dia ele voltará a ser aquele homem carinhoso que brincava comigo e me chamava de princesa.Talvez ele nunca mais volte a ser como era antes... as drogas já o consumiu e agora só restou a carcaça de um homem que ele já foi um dia. E se algum dia ele quiser largar tudo isso terá que batalhar muito, mas eu sei que nunca voltará ao normal...Já arrumada para trabalhar, saiu do quarto e por algum milagre ele estava na mesa tomando seu café quietinho. Ele olhou para mim e depois baixou a cabeça.Ele está limpo... pelo menos por enquanto, se ele sempre fosse assim seria tão maravilhoso.— Bom dia —falei.— Bom dia —sussurrou baixinho.Tomamos café em silêncio, sinto um aperto no peito quando o vejo assim, sei que muitas vezes ele tenta me bater, mas não é ele naquele momento, é a droga agindo e o controlando.No começo ela pode ser libertadora, mas no final ela te prende e aí não tem mais volta, você se tornou o refém dela.Suspiro triste e assim levanto e saiu para trabalhar, não ganho muito, mas da para comprar comida para casa e ainda guarda uma boa quantia para quando finalmente eu tiver o suficiente para sair daqui. Meu dinheiro é bem guardado, pois meu pai uma vez roubou o que eu tinha juntado, para comprar drogas, agora a Joana guarda para mim, pois se eu deixar em casa corro o risco de ficar sem nada.Minha vida não é fácil, mas vou vivendo um dia de cada vez e assim vou sobrevivendo.Victoria Becker narrando:Chego na lanchonete que trabalho e vou diretamente pegar meu caderninho pra notar os pedidos.- Bom dia Vic _disse meu amigo Den, seu nome verdadeiro é Deniel mas eu o chamo de Den.- Bom dia Den _o comprimentei.Pra todos aqui eu sou apenas uma garota que mora com o pai e precisa de uma grana, e não uma garota abandonada pela mãe que vive com um pai drogado e precisa de grana pra ter o que comer e futuramente conseguir fugir do inferno que a vida dela se tornou.Mas chega de falar de problemas, quanto mais você fala mais atraí eles.- A mesa três está te chamando _disse Den.Rapidamente fui até um casal de idosos que estava me chamando.- Bom dia _sorri_ o que vão querer?- Dois cafés e duas fatias de bolos de chocolate _disse a senhora.- Certo, já volto _voltei para o balcão onde entreguei o pedido para o Den colocar em uma bandeja.A lanchonete é bem grande, tem o Den e o Louise que preparam os pedidos enquanto eu e mais duas garçonetes pegamos os pedidos
Victoria Becker narrando:- Faz xixi nesse negócio aí _disse Joana me entregando uma caixinha.- Eu nem estou com vontade de fazer xixi _falei abrindo a caixa.- Liga a torneira do banheiro e observa a água caindo, você fará xixi tão rápido que o flash irá chorar no banho _disse jô me empurrando em direção ao banheiro.- Certo.Assim fiz, não fiquei nem trinta segundos observando a água que já me deu vontade de fazer xixi, rapidamente urinei naquele pequeno objeto e o deixei sobre a pia.- Fez? _perguntou e eu assenti_ então agora é só esperar.Voltamos para o quarto e nos sentamos na cama.- Não sei o que irei fazer se der positivo _falei chorosa_ eu não tenho uma vida instável, não tenho dinheiro pra dar uma vida pelo menos confortável pra essa criança.- Calma, tudo tem um objetivo _disse me consolando_ se der positivo é por que estava nos planos de Deus.- Essa criança irá sofrer... Eu irei sofrer mais ainda por não poder dar o que ela quer _falei_ vai doer muito se um dia meu fil
Victoria Becker narrando:Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal
Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então
Marius fitzy narrando:- Seu irmão chegou aqui com o rosto vermelho e disse que uma mulher tinha batido nele _disse nossa mãe_ o que aconteceu pra ele chegar assim? - Esse tapa foi bem merecido pra começar _falei vendo meu irmão me olhar indignado.- Eu não fiz nada de mais _disse ele se levantando e andando na minha direção. - Não fez nada? Você chamou ela de vadia _falei.- E você acreditou nela? _disse sério.- Vindo de você eu acredito em qualquer coisa, pois não é de hoje que vejo você tratar mulheres como objetos e xingalas _falei_ já se esqueceu que você vive falando mal da Srta Avellar sem ela ter feito nada.- Como é que é? _disse mamãe_ eu não te criei pra estar falando mal e tratando as pessoas assim não Cristian noah fitzy.- Vê se cresce Cristian e aprende a respeitar as pessoas _falei colocando a mão no seu ombro_ nossa mãe não te criou pra ser um mimadinho de merda.Ele bateu no meu braço pra se afastar de mim.- Eu não vou ficar aqui ouvindo sermão _disse sério se af