Victoria Becker narrando:
Odeio quando meu pai está drogado.Depois que minha mãe largou a gente e foi embora, ele começou a beber e usar muita droga. Ele costuma ficar agressivo, mas nunca conseguiu me bater quando estava sobre o efeito, já tentou mais nunca conseguiu, só não saiu de casa, pois não tenho para onde ir.Só tenho uma única amiga e ela já me ajuda como pode, eu não tenho dinheiro suficiente para sair de casa e não posso simplesmente fugir para casa dela. Mas logo cedo ela me chamou para dormir na sua casa e como não queria ficar na minha vendo meu pai drogado e fedendo a álcool falar merda, resolvi ir.Joana é minha melhor amiga desde o colegial, ela me ajuda como pode quando o assunto é meu pai, sou muito grata a ela por isso. Tenho vinte anos e trabalho como garçonete, a um bom tempo venho juntando dinheiro para um dia poder sair dessa casa e espero que logo isso possa acontecer.[...]— Oi my Boo —disse Joana abrindo a porta e me abraçando.— Oi jojo —falei retribuindo o abraço.— Que foi meu anjo?— Meu pai está drogado novamente —falei dando de ombros.— Putz, sinto muito —disse afagando meus cabelos. — Já estou acostumada.— Entra que vou pedir uma pizza com muito queijo do jeitinho que você gosta —falou batendo palminhas animadamente me fazendo sorrir.Entrei na sua linda casa, Joana não é rica, mas seus pais ganham bem, muito bem mesmo, ou seja, ela tem uma vida confortável, ao contrário de mim que não tenho nada.Assim que chegamos na cozinha, ela pegou o telefone e pediu nossa comida.— Onde estão seus pais? —perguntei.— Minha mãe viajou para comprar uma nova coleção de roupas para sua loja e meu pai a acompanhou —disse se sentando ao meu lado no banquinho da cozinha.— Ah, como anda as vendas?— Ótimas, mamãe anda super empolgada e meu pai adora ver ela assim —sorriu.O relacionamento dos pais de Joana é lindo de se ver, eles se respeitam muito e são super companheiros, sonho em um dia ter um relacionamento assim.Alguns minutos depois a campainha tocou e Joana foi atender, assim passamos a tarde, comendo pizza e vendo filme.[...]Já eram umas sete da noite e estávamos largadas no sofá sem nada para fazer.— Vamos sair e se divertir um pouco —disse ela. — Para onde quer ir?— Que tal irmos em uma boate? Um conhecido meu é dono de uma que foi inaugurada a um mês —disse.— Não tenho roupa para ir —falei.— Eu te empresto —disse animada— anda, vamos nos arrumar.Depois disso ela me arrastou para o quarto onde nos vestimos bem bonitas, eu nem estava me reconhecendo.Logo depois ela pediu um táxi e saímos para uma noite de diversão, pelo menos hoje quero esquecer todos os problemas que tenho e focar apenas em me divertir, pelo menos hoje, pelo menos essa noite.Marius Fitzy narrando:Chegamos na boate e logo entramos, caminhamos entre as pessoas até encontrarmos Logan e mais três amigos dele. Parabenizamos o aniversariante e cumprimentamos os outros que se chamavam Adam, Colin e Brian.— Hoje eu quero beber muito —disse Cristian animadamente— você também irá.— Tudo bem, hoje vou abrir uma exceção —falei e vi todos comemorarem.Assim começamos a beber, conversávamos sobre vários assuntos e olhávamos as mulheres que dançavam sensualmente na pista de dança.Os amigos de Logan logo foram dançar com as mulheres enquanto continuávamos a beber, Cristian já estava animado com a bebida e sei que não estou diferente.Algumas horas depois...— Vou buscar mais uma cerveja para mim —falei, mas sei que os outros não ouviram, pois estavam ocupados de mais comendo com os olhos as mulheres que dançavam quase sem roupa, todos já estavam bêbados, inclusive eu, sabia que misturar várias bebidas não iria dar certo, mas assim fizemos.Sigo até o bar e peço a bebida, o barman me pede para esperar um pouco enquanto serve outras pessoas que já estavam esperando a alguns minutos. A boate estava super lotada.Sinto um impacto de um corpo nas minhas costas e olho para trás onde me deparo com uma linda jovem, a mesma era morena dos olhos azuis e era bem magrinha, tinha a aparência de uma modelo, talvez até seja uma.— Me desculpe —disse com sua voz angelical, sua linda boquinha rosada formou um biquinho que me deu vontade de mordê-la.— Sem problemas —sorri.Vi ela discutir baixinho com outra garota que a acompanhava, a mesma garota saiu e a linda morena me olhou e sorriu. Puta merda, que sorriso lindo.— Faz muito tempo que você chegou? —perguntei.— Tem alguns minutos —disse.— Aqui sua bebida —disse o barman. — Poderia pegar uma para moça? —ele assentiu e perguntou a ela o que iria querer, ela disse que queria uma que tivesse pouco álcool, pois não tem costume de beber.Continuamos a conversar enquanto tomávamos nossa bebida, ela era educada e às vezes suas bochechas ficavam coradas quando eu falava algo com duplo sentido. Mas em um certo momento senti o maravilhoso cheiro do perfume dela e me aproximei da mesma, tirei seu cabelo do pescoço o deixando livre para mim.Beijei seu ombro e fiz uma trilha de beijos até sua orelha onde a mordi, ouvi sua respiração ofegar e seus pelos se arrepiarem.Assim tomei seus lábios em um beijo desejoso, seus lábios eram macios e sua boca tinha gosto de morango, o cheiro dela era ótimo. A puxo mais para perto de mim e aperto sua cintura possessivamente, ela encaixava perfeitamente em meus braços e eu estava adorando aquilo.— Vem —segurei sua mão e ela me seguiu sem questionar.A levei para o banheiro masculino e entramos em uma das cabines, senti suas mãos pequenas passarem por meu abdômen tentando me sentir. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo também, eu desejava tanto ela e sei que ela me desejava na mesma intensidade. A virei de costas para mim e abri o zíper do seu pequeno vestido, após tirá-lo a mesma ficou apenas com uma pequena calcinha que me deixou louco e ciumento após lembrar que alguém possa ter visto aquilo que era só meu.Enciumado e com raiva por pensar aquilo, segurei na barra de sua calcinha e a rasguei, fazendo a mesma soltar um gritinho pelo susto.— Coloque as mãos na parede, amor —falei baixinho no seu ouvido. Assim ela fez, empinando aquela bunda gostosa para mim, tirei minhas roupas rapidamente, meu pau a desejava e eu iria saciar esse desejo.Sem pensar mais, a penetrei de uma vez, seu gemido manhoso e desejoso me fez sentir o homem mais feliz do mundo só por ter aquele som só para mim, ela fazia cada barulhinho gostoso que meu ego inflou por ser eu a estar proporcionando aquilo."Estar dentro dela é como estar no paraíso, mas destinado ao inferno por possuir um anjo".Eu não estava bêbado ou pelo menos estando concentrado em dar prazer a ela me fez esquecer que eu tinha ingerido álcool e que eu estava sobre efeito dele. Mas naquela noite eu tive a melhor transa da minha vida, só não esperava que a bebida iria me fazer esquecer daquilo, esquecer dela...Marius fitzy narrando:Acordo com uma dor de cabeça infernal.Com muita dificuldade abro meus olhos e vejo que estou no meu quarto, tento buscar na mente como cheguei aqui, mas não lembro de nada.Nunca mais bebo na vida, resmunguei enquanto tentava levantar.Segui até o banheiro onde tomei um banho e fiz minhas higienes, depois vesti apenas uma cueca e uma calça moletom e desci para tomar algum remédio para ressaca e dor de cabeça. Assim que cheguei na sala de estar vejo meu irmão esparramado no sofá com a cabeça no colo da nossa mãe, a mesma fazia cafuné em seu cabelo.— Filho, você está melhor? —perguntou ela preocupada.— Sim, mas preciso de um remédio para dor de cabeça e tentar comer algo sem botar para fora —falei sentindo meu estômago revirar só por falar em comida.— Ontem você estava péssimo —disse ela. — seu irmão e seu pai tiveram que te levar até o quarto, pois você chegou desmaiado.— Você estava doidão. — disse Cristian— e por falar em ontem, que morena era aquela que vo
Victoria Becker narrando:Chego na lanchonete que trabalho e vou diretamente pegar meu caderninho pra notar os pedidos.- Bom dia Vic _disse meu amigo Den, seu nome verdadeiro é Deniel mas eu o chamo de Den.- Bom dia Den _o comprimentei.Pra todos aqui eu sou apenas uma garota que mora com o pai e precisa de uma grana, e não uma garota abandonada pela mãe que vive com um pai drogado e precisa de grana pra ter o que comer e futuramente conseguir fugir do inferno que a vida dela se tornou.Mas chega de falar de problemas, quanto mais você fala mais atraí eles.- A mesa três está te chamando _disse Den.Rapidamente fui até um casal de idosos que estava me chamando.- Bom dia _sorri_ o que vão querer?- Dois cafés e duas fatias de bolos de chocolate _disse a senhora.- Certo, já volto _voltei para o balcão onde entreguei o pedido para o Den colocar em uma bandeja.A lanchonete é bem grande, tem o Den e o Louise que preparam os pedidos enquanto eu e mais duas garçonetes pegamos os pedidos
Victoria Becker narrando:- Faz xixi nesse negócio aí _disse Joana me entregando uma caixinha.- Eu nem estou com vontade de fazer xixi _falei abrindo a caixa.- Liga a torneira do banheiro e observa a água caindo, você fará xixi tão rápido que o flash irá chorar no banho _disse jô me empurrando em direção ao banheiro.- Certo.Assim fiz, não fiquei nem trinta segundos observando a água que já me deu vontade de fazer xixi, rapidamente urinei naquele pequeno objeto e o deixei sobre a pia.- Fez? _perguntou e eu assenti_ então agora é só esperar.Voltamos para o quarto e nos sentamos na cama.- Não sei o que irei fazer se der positivo _falei chorosa_ eu não tenho uma vida instável, não tenho dinheiro pra dar uma vida pelo menos confortável pra essa criança.- Calma, tudo tem um objetivo _disse me consolando_ se der positivo é por que estava nos planos de Deus.- Essa criança irá sofrer... Eu irei sofrer mais ainda por não poder dar o que ela quer _falei_ vai doer muito se um dia meu fil
Victoria Becker narrando:Nunca diga que tem algo ruim que não possa piorar.Pois tem sim.Eu já estava no final do terceiro mês de gestação, a barriga já estava aparecendo.Eu descidi criar meu bebê, estava com medo mas tudo isso foi embora no momento em que eu ouvi seu coração bater pela primeira vez, foi tão emocionante.Eu já amava aquela coisinha pequena que crescia dentro de mim.As coisas estavam difíceis, meu pai estava se drogando muito mais do que antes, meu trabalho muito pesado e eu mais cansada que o normal.A médica disse que eu estava um pouco abaixo do peso e que poderia prejudicar a criança, disse também pra mim maneirar no trabalho e se eu pudesse evitar o stress seria melhor ainda, mas como irei evitar isso na situação em que vivo? A cada cinco passos que dou algum problema aparece.Ontem mesmo um comerciante chegou na minha casa exigindo que eu pagasse algo que meu pai tinha roubado no seu estabelecimento, eu fiquei tão puta.Mas não paguei de jeito nenhum, afinal
Victoria Becker narrando:Passagem de tempo...Os dias foram passando e com eles se foram meses...Minha barriga estava enorme e eu já estava com oito meses, fui demitida quando estava com cinco e infelizmente como eu já imaginava, o George arranjou um jeito de me demitir, não tive chance nem de receber meu salário daquele mês.Estou fazendo tudo que posso mas é complicado quando se está sozinha, pra ir para as consultas é difícil mas com muito esforço vou, tudo pela minha menininha.Sim! Estou esperando uma garotinha que se chamará Helena.Ela cresce saudável mas ainda é bem pequena para um bebê de oito meses. A médica disse que está tudo bem e que ela não corre nenhum risco mas mesmo assim não deixo de ficar preocupada.Já tenho algumas roupinhas também, em uma das voltas das consultas passei em um pequeno brechó e vi algumas roupinhas para recém nascidos, acabei não resistindo e comprando, ela irá ficar tão perfeita.Meu pai não percebeu a barriga ou estava chapado de mais pra perc
Victoria Becker narrando:Ando até a porta e saiu andando em direção à rua, as contrações começaram mas estavam bem fracas, começo a andar pela calçada na tentativa de achar algum táxi.Acho que já sofri tanto durante esse tempo que Deus ficou com pena de mim e decidiu facilitar, pois logo na minha frente um táxi para e uma das minhas vizinhas desce.Ando até eles e a mulher me olha assustada, acho que ela não sabia que eu estava grávida, hoje ela terá muita fofoca pra contar pras amigas.- Moço me leva para o hospital _digo me sentando no banco de trás e o homem assenti antes de sairmos.Eu gemia de dor baixinho quando sentia uma contração, tava doendo muito e eu não sabia o que fazer.Depois de alguns minutos nesse sofrimento finalmente o motorista fala:- Moça chegamos. Peguei o dinheiro que eu já tinha separado e o paguei, abri a porta e com muita dificuldade sai, o segurança correu na minha direção e me ajudou a andar pois estava bem complicado.Rapidamente uma enfermeira veio c
Marius fitzy narrando:Já fazia alguns dias que eu tinha voltado da Holanda e estava cheio de trabalho, sei que meu pai fez o possível para que tudo andasse bem e que não acumulasse muito trabalho mas Cristian não tem jeito.Meu irmão prometeu que iria ajudar nosso pai mas vejo que ele vinha pra empresa só vadiar... meu irmão é um puto desgraçado.Agora tenho que fazer o que era pra ele ter feito pois não podemos perder os contratos e nem os investidores, eu estava correndo atrás do prejuízo que não era nem pra existir. Só que hoje estava bem mais calmo que os outros dias, só tenho três reuniões, uma pela manhã e outras duas a tarde.- Sr fitzy, os sócios já chegaram pra reunião _disse Avellar.Assenti, logo ela saiu e eu também, segui pelos corredores para pegar o elevador mas acabei esbarrando em uma mulher que tinha um bebezinho nos braços, a criança começou a chorar.Desci meu olhar para aquela pequena bebêzinha e senti algo novo e diferente, meu coração estava acelerado, mas por
Marius fitzy narrando:Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo. - Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo. - Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim. - Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela. - Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu. - Tudo bem _disse.- Não tenho nada pra fazer agora, então