Naquela mesmo noite, em baixo de chuva, dirijo para o Complexo do Alemão. Decidida em descobrir o quê havia acontecido com Rubinho.
Como sabia que por volta daquele horário, Antônia sempre ia para aquele lugar, a esperei sair de casa e a segui até o barraco no meio do nada.
Pela próxima uma hora, tentei ficar o mais confortável no banco, mesmo sabendo que seria uma tarefa difícil, pelo tamanho da minha barriga e por não conseguir ficar mais tanto tempo deitada, devido as dores incomodas.
Por volta das onze da noite, Antônia resolve ir embora, usando a blusa de frio que vestia para se proteger da chuva ao andar até seu carro vermelho.
Quando ela vira a esquina, desço do carro com um ali
Abro meus olhos, encontrando os olhos tristes de Rubinho. Sua aparência era cansada e só o olhando bem, que percebi que estava mais magro.- Não quero acabar com o clima, mas... - diz hesitante - você tem que sair daqui.Franzo o cenho sem entender.- De preferência agora.- Por quê? - Eu havia aberto meu coração para ele pela primeira vez e a reação que tinha, era me mandar embora?- Vão vir deixar minha janta e se ele ver você aqui, vai atirar primeiro para perguntar depois - Levanto no mesmo instante, segurando com força o alicate em minha mão.- Acha mesmo que vou embora? - pergunto andando de costas, para atrás da porta.- Marcela, não - diz ele sério - Vai embora daqui
Dou um gemido abafado, me movimentando para frente e para trás num cavalinho de madeira no pré-parto.Não sabia que para parir, precisava passar pelo inferno, não já não tivesse passado por ele uma vez, mas aquela segunda vez estava acabando comigo.Estava desde dás 4 e meia da manhã em trabalho de parto. Havia começado com contrações leves, fora de ritmo e espaçadas.Achei que não era motivo para tirar Rubinho de seu sono, então aguentei até ás 7 da manhã, foi quando se intensificaram e ele me encontrou desde do final da madrugada, andando de um lado para o outro na sala.&n
Tiro meu braço de dentro da terra, o erguendo o mais alto que posso, até segurar na terra firme ao redor. Puxo meu corpo com dificuldade, tossindo quando tento respirar fundo. Estava escuro, a única luz que via era de postes distantes. Ao meu redor podia ouvir os grilos cantando, o vento balançando os topos das árvores e o mato ao redor. Levo minha mão para o lado direito do meu peito, notando a dor incômoda latejante. Me dando conta aos poucos do que havia acontecido. Minha respiração entre corta, ao tirar com dificuldade o que deveria ser meu celular do bojo do croped. Digo isto, pois havia uma bala metalizada bem no meio da tela do ap
Meses antes - Parabéns pra você... – Sorrio ainda de olhos fechados, despertando aos poucos – nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida – Abro meus olhos, mantendo o sorriso, ao ver minha então melhor amiga, Bianca, diante da cama de casal de seu quarto, segurando um bolinho de chocolate com uma única vela acesa – Tem que fazer um pedido – diz se inclinando na minha direção, quando sento. Encaro a vela diante de mim sem saber o quê pedir. Tinha tudo que uma garota da minha idade gostaria de ter. Não havia nada que não tivesse ainda, a não ser... Alguém para amar. Beijar a maioria das bocas de uma balada, havia deixado de me satis
Dentro do carro, retocando a maquiagem, não acreditava que estava indo para o Complexo do Alemão. Bianca alternada sua atenção entre dirigir e tomar uma Heineken. Já estava na segunda, desde que havíamos saído de sua casa, enquanto eu, estava enrolando ainda com uma.- O caminho é este? – pergunto minutos mais tarde. Ela dá uma rápida olhada no celular ao lado.- Segundo o GPS, sim.- Acho que estamos andando em círculos – Bianca estava a uma hora dirigindo e nunca chegávamos.- O GPS é conhecido em dar os caminhos mais longos. Nunca os mais rápidos. Odiava GPS. E odiava ainda mais, quando
Pressiono meu corpo contra o dele, sentindo sua ereção roçar em minha barriga. Mesmo de salto, não conseguia ficar na altura dele e estava praticamente me segurando em seu pescoço, me contendo para não passar minhas penas em sua cintura e transar ali mesmo. Tinha tudo do meu lado: estava de vestido e era só colocar a calcinha de lado. Gritos me fazem me afastar do cara que beijava e interromper aquele beijo fabuloso, para olhar para duas mulheres que se atracavam. Franzo o cenho, reconhecendo uma.- Bianca! – grito me afastando do cara, indo em direção da roda que se formava ao redor dela. Ambas se revezavam
Estou com uma puta dor de cabeça e dor no estômago na manhã seguinte. Acabando por demorar mais do que deveria na cama para levantar, tendo que tirar mais alguns minutos para a aplicação da minha insulina.Era segunda-feira, o que significava que tinha aula na faculdade praticamente o dia inteiro.Praticamente me arrastando, tomo um banho, aproveitando o embalo para lavar meu cabelo que, só cheirava a cigarro e odores diferenciados.De banho tomado, não perco tempo em escolher roupa, visto a que mais iria me deixar mais confortável naquele dia de merda e saio do quarto.O cheiro de café é convidativo a medida que me ap
Mal termino de tomar meu café e preciso sair às pressas, pois já estava quase atrasada para a faculdade.Saio do elevador, andando entre os carros no estacionamento, quando meu celular começa a tocar e vejo ser o cara da outra noite.- Pensei que não iria me atender – diz ele, assim que atendo, destrancando meu HB20.- Por quê ligou? – Não tinha tempo para enrolação e as vezes precisava ser direta.- Queria ouvir sua voz.- Está ouvindo – Coloco o celular no viva-voz, em seguida o cinto de segurança e ligo o motor do carro.Ele ri baixo.- Gostei daquele beijo. Você beija bem pra cacete.Queria dizer o mesmo,