Olho para ele hesitante, sem conseguir emitir qualquer palavra.
- Começar o quê? - sussurro trêmula.
- A cavar sua cova. Não vou perder meu tempo fazendo isso.
- Gael...
Ele atira do meu lado me assustando.
- Agora - diz devagar com o olhar sádico.
Vago meus olhos ao redor em pânico.
- Com o quê vou cavar? - pergunto chorando.
- Com suas patas, cadela - Tento engolir o choro, começando a fazer um buraco no chão com ás mãos.
- Cara, para - Rubinho se coloca ao lado dele - Olha o quê tu tá fazendo.
- Se mete com tua puta, que dessa já tô cuidando.
Bianca se aproxima dele, se apoiando em seu
Meses depoisNão foi difícil entrar na casa de Jô e pegar os 500 mil reais.Como o dia só começava naquela casa a partir das oito, não foi difícil entrar, a porta da frente dormia aberta, então facilitou minha entrada e minha ida até o quarto.Minhas malas ainda estavam no mesmo lugar. Na cama em baixo da minha, Lidiane dormia em sono profundo, assim como Katiane e Kauane.Por alguns segundos, me coloco ás observá-las, como um fantasma, já que me sentia como um.Elas não pareciam ter ideia do que havia acontecido comigo.Talvez nunca soubessem e conhecendo um f
Algumas semanas depois, resolvi sair novamente. Dessa vez, minha barriga estava um pouco maior.Era final de tarde e queria saber o quê Gael estava aprontando.Por causa do horário, o movimento nas ruas era reduzido, principalmente na rua onde Gael morava.Atrás de um carro, encaro a casa não muito distante de onde estava, vendo quando o carro de Rubinho entra na rua, parando em frente da casa.Ele desce do veículo com uma sacola de loja, entrando na casa sem olhar para os lados.Ver ele tão perto e ao mesmo tempo longe, trazia o lado humano que não
Sentada na privada de um reservado, mexo no celular impaciente, quando alguém entra no banheiro, apertando o botão de áudio do WhatsApp.- Já estou aqui. Cadê você? - pergunta, tirando o dedo de cima do botão.Fechando os olhos, inspiro o ar lentamente, abrindo a porta do reservado, inclinando a cabeça quando nossos olhares se cruzam no espelho.Bianca arregala os olhos, abrindo e fechando a boca, sem conseguir emitir qualquer barulho.Calmamente caminho até a porta, a travando com uma barra de ferro, que havia levado para aquela ocasião.- Você parece meio surpresa em me ver - digo parada perto da porta.- Voc&
Naquela mesmo noite, em baixo de chuva, dirijo para o Complexo do Alemão. Decidida em descobrir o quê havia acontecido com Rubinho.Como sabia que por volta daquele horário, Antônia sempre ia para aquele lugar, a esperei sair de casa e a segui até o barraco no meio do nada.Pela próxima uma hora, tentei ficar o mais confortável no banco, mesmo sabendo que seria uma tarefa difícil, pelo tamanho da minha barriga e por não conseguir ficar mais tanto tempo deitada, devido as dores incomodas. Por volta das onze da noite, Antônia resolve ir embora, usando a blusa de frio que vestia para se proteger da chuva ao andar até seu carro vermelho. Quando ela vira a esquina, desço do carro com um ali
Abro meus olhos, encontrando os olhos tristes de Rubinho. Sua aparência era cansada e só o olhando bem, que percebi que estava mais magro.- Não quero acabar com o clima, mas... - diz hesitante - você tem que sair daqui.Franzo o cenho sem entender.- De preferência agora.- Por quê? - Eu havia aberto meu coração para ele pela primeira vez e a reação que tinha, era me mandar embora?- Vão vir deixar minha janta e se ele ver você aqui, vai atirar primeiro para perguntar depois - Levanto no mesmo instante, segurando com força o alicate em minha mão.- Acha mesmo que vou embora? - pergunto andando de costas, para atrás da porta.- Marcela, não - diz ele sério - Vai embora daqui
Dou um gemido abafado, me movimentando para frente e para trás num cavalinho de madeira no pré-parto.Não sabia que para parir, precisava passar pelo inferno, não já não tivesse passado por ele uma vez, mas aquela segunda vez estava acabando comigo.Estava desde dás 4 e meia da manhã em trabalho de parto. Havia começado com contrações leves, fora de ritmo e espaçadas.Achei que não era motivo para tirar Rubinho de seu sono, então aguentei até ás 7 da manhã, foi quando se intensificaram e ele me encontrou desde do final da madrugada, andando de um lado para o outro na sala.&n
Tiro meu braço de dentro da terra, o erguendo o mais alto que posso, até segurar na terra firme ao redor. Puxo meu corpo com dificuldade, tossindo quando tento respirar fundo. Estava escuro, a única luz que via era de postes distantes. Ao meu redor podia ouvir os grilos cantando, o vento balançando os topos das árvores e o mato ao redor. Levo minha mão para o lado direito do meu peito, notando a dor incômoda latejante. Me dando conta aos poucos do que havia acontecido. Minha respiração entre corta, ao tirar com dificuldade o que deveria ser meu celular do bojo do croped. Digo isto, pois havia uma bala metalizada bem no meio da tela do ap
Meses antes - Parabéns pra você... – Sorrio ainda de olhos fechados, despertando aos poucos – nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida – Abro meus olhos, mantendo o sorriso, ao ver minha então melhor amiga, Bianca, diante da cama de casal de seu quarto, segurando um bolinho de chocolate com uma única vela acesa – Tem que fazer um pedido – diz se inclinando na minha direção, quando sento. Encaro a vela diante de mim sem saber o quê pedir. Tinha tudo que uma garota da minha idade gostaria de ter. Não havia nada que não tivesse ainda, a não ser... Alguém para amar. Beijar a maioria das bocas de uma balada, havia deixado de me satis