Algumas semanas depois, resolvi sair novamente. Dessa vez, minha barriga estava um pouco maior.
Era final de tarde e queria saber o quê Gael estava aprontando.
Por causa do horário, o movimento nas ruas era reduzido, principalmente na rua onde Gael morava.
Atrás de um carro, encaro a casa não muito distante de onde estava, vendo quando o carro de Rubinho entra na rua, parando em frente da casa.
Ele desce do veículo com uma sacola de loja, entrando na casa sem olhar para os lados.
Ver ele tão perto e ao mesmo tempo longe, trazia o lado humano que não
Sentada na privada de um reservado, mexo no celular impaciente, quando alguém entra no banheiro, apertando o botão de áudio do WhatsApp.- Já estou aqui. Cadê você? - pergunta, tirando o dedo de cima do botão.Fechando os olhos, inspiro o ar lentamente, abrindo a porta do reservado, inclinando a cabeça quando nossos olhares se cruzam no espelho.Bianca arregala os olhos, abrindo e fechando a boca, sem conseguir emitir qualquer barulho.Calmamente caminho até a porta, a travando com uma barra de ferro, que havia levado para aquela ocasião.- Você parece meio surpresa em me ver - digo parada perto da porta.- Voc&
Naquela mesmo noite, em baixo de chuva, dirijo para o Complexo do Alemão. Decidida em descobrir o quê havia acontecido com Rubinho.Como sabia que por volta daquele horário, Antônia sempre ia para aquele lugar, a esperei sair de casa e a segui até o barraco no meio do nada.Pela próxima uma hora, tentei ficar o mais confortável no banco, mesmo sabendo que seria uma tarefa difícil, pelo tamanho da minha barriga e por não conseguir ficar mais tanto tempo deitada, devido as dores incomodas. Por volta das onze da noite, Antônia resolve ir embora, usando a blusa de frio que vestia para se proteger da chuva ao andar até seu carro vermelho. Quando ela vira a esquina, desço do carro com um ali
Abro meus olhos, encontrando os olhos tristes de Rubinho. Sua aparência era cansada e só o olhando bem, que percebi que estava mais magro.- Não quero acabar com o clima, mas... - diz hesitante - você tem que sair daqui.Franzo o cenho sem entender.- De preferência agora.- Por quê? - Eu havia aberto meu coração para ele pela primeira vez e a reação que tinha, era me mandar embora?- Vão vir deixar minha janta e se ele ver você aqui, vai atirar primeiro para perguntar depois - Levanto no mesmo instante, segurando com força o alicate em minha mão.- Acha mesmo que vou embora? - pergunto andando de costas, para atrás da porta.- Marcela, não - diz ele sério - Vai embora daqui
Dou um gemido abafado, me movimentando para frente e para trás num cavalinho de madeira no pré-parto.Não sabia que para parir, precisava passar pelo inferno, não já não tivesse passado por ele uma vez, mas aquela segunda vez estava acabando comigo.Estava desde dás 4 e meia da manhã em trabalho de parto. Havia começado com contrações leves, fora de ritmo e espaçadas.Achei que não era motivo para tirar Rubinho de seu sono, então aguentei até ás 7 da manhã, foi quando se intensificaram e ele me encontrou desde do final da madrugada, andando de um lado para o outro na sala.&n
Tiro meu braço de dentro da terra, o erguendo o mais alto que posso, até segurar na terra firme ao redor. Puxo meu corpo com dificuldade, tossindo quando tento respirar fundo. Estava escuro, a única luz que via era de postes distantes. Ao meu redor podia ouvir os grilos cantando, o vento balançando os topos das árvores e o mato ao redor. Levo minha mão para o lado direito do meu peito, notando a dor incômoda latejante. Me dando conta aos poucos do que havia acontecido. Minha respiração entre corta, ao tirar com dificuldade o que deveria ser meu celular do bojo do croped. Digo isto, pois havia uma bala metalizada bem no meio da tela do ap
Meses antes - Parabéns pra você... – Sorrio ainda de olhos fechados, despertando aos poucos – nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida – Abro meus olhos, mantendo o sorriso, ao ver minha então melhor amiga, Bianca, diante da cama de casal de seu quarto, segurando um bolinho de chocolate com uma única vela acesa – Tem que fazer um pedido – diz se inclinando na minha direção, quando sento. Encaro a vela diante de mim sem saber o quê pedir. Tinha tudo que uma garota da minha idade gostaria de ter. Não havia nada que não tivesse ainda, a não ser... Alguém para amar. Beijar a maioria das bocas de uma balada, havia deixado de me satis
Dentro do carro, retocando a maquiagem, não acreditava que estava indo para o Complexo do Alemão. Bianca alternada sua atenção entre dirigir e tomar uma Heineken. Já estava na segunda, desde que havíamos saído de sua casa, enquanto eu, estava enrolando ainda com uma.- O caminho é este? – pergunto minutos mais tarde. Ela dá uma rápida olhada no celular ao lado.- Segundo o GPS, sim.- Acho que estamos andando em círculos – Bianca estava a uma hora dirigindo e nunca chegávamos.- O GPS é conhecido em dar os caminhos mais longos. Nunca os mais rápidos. Odiava GPS. E odiava ainda mais, quando
Pressiono meu corpo contra o dele, sentindo sua ereção roçar em minha barriga. Mesmo de salto, não conseguia ficar na altura dele e estava praticamente me segurando em seu pescoço, me contendo para não passar minhas penas em sua cintura e transar ali mesmo. Tinha tudo do meu lado: estava de vestido e era só colocar a calcinha de lado. Gritos me fazem me afastar do cara que beijava e interromper aquele beijo fabuloso, para olhar para duas mulheres que se atracavam. Franzo o cenho, reconhecendo uma.- Bianca! – grito me afastando do cara, indo em direção da roda que se formava ao redor dela. Ambas se revezavam