CAPÍTULO 2

A semana foi difícil para Paula com a pressão psicológica que andava sofrendo ultimamente. Seu pai insistindo para se casar com um homem desconhecido, além dela não gostar dele, sabia que ele não era boa coisa, em alguma coisa ele estava envolvido. Ela tentou convencer seu pai que tal homem não era de confiança. Algo não lhe cheirava bem, mas seu pai por desespero sendo chantageado não tinha outra saída, ou convencia Paula se casar com ele ou ele poderia ir preso por não pagar o que devia, que deixava Paula mais desesperada sem saber o que fazer. Como ela ia fazer para sair dessa enrascada em que seu pai meteu.

— Pai, eu não amo esse homem, porque o senhor está querendo me obrigar a casar com um homem que eu não conheço? E mais, se ele está fazendo chantagem com o senhor é porque ele é mau caráter. Será que o senhor não pensa na minha felicidade? — O pai de Paula, que se chamava Lourenço, tinha 55 anos de idade e vendo sua filha infeliz, cortava seu coração, ele não podia colocar a felicidade da sua filha acima dos seus interesses por causa de suas responsabilidades. Como ele ia fazer para sair da encrenca que se meteu? Já que ele escondia segredos da filha que não fazia ideia o porque sua empresa foi à falência com dívidas astronômicas. Ele por influência do tal homem ficou viciado em apostar em corrida de cavalo e bingo clandestino. O homem dizia que ele ia ficar rico apostando. Lourenço que foi ficando viciado e todas quarta-feira o homem levava nesses lugares sem ninguém saber. E quando perdia o homem ficava emprestando dinheiro e fazendo Lourenço assinar notas promissórias e quando viu ele estava afundado até o pescoço, e agora desesperado tentava convencer a filha a se casar com ele. Se não contaria para a esposa e a filha, que era viciado. Lourenço estava prestes a cometer uma loucura.

Ele não encontrava outra saída a não ser revelar a verdade para família, quem sabe ela ia ser compreensiva.

Chegando em casa triste por deixar as coisas chegarem a esse ponto, Lourenço chamou sua esposa e sua filha.

— O que tem de tão importante para revelar papai? — perguntou Paula. Lourenço estava sem coragem para revelar seu segredo que comprometia até mesmo seu casamento.

— Pai, estamos esperando uma explicação?

— Antes de mais nada quero pedir perdão por tudo o que está acontecendo, mas eu estou desesperado, se não pagar as dívidas serei preso e serei obrigado a decretar falência. — A esposa de Lourenço que se chamava Angélica e Paula entraram em desespero.

— Como assim? Dívidas falência, ir preso? Isso é um pesadelo, não está acontecendo? — Disse Angélica.

— É isso mesmo que você ouviu, minha querida esposa. — Disse ele apavorado e ao mesmo tempo envergonhado com o que estava acontecendo.

— Papai, por que isso está acontecendo? Porque o senhor se viciou? Pelo que sei o senhor não era viciado em jogos? Quem a levou a fazer isso? É tal maldito que quer se casar comigo? — Disse Paula esbravejando de raiva.

— Sim minha filha, eu estou nas mãos dele. Que estava fazendo chantagem comigo que ia contar tudo para vocês, então por isso que eu no inicio concordei de aceitar com que você minha se casasse com ele filha, mas agora estou vendo que estou fazendo a maior besteira, eu amo você, amo a minha esposa. A minha família é tudo para mim.

— É, na hora de fazer as besteiras não pensou em nós, né papai? — Disse Paula, magoada com seu pai.

— Eu sei minha filha, só que eu estou desesperado, não posso perder a minha empresa, do que vamos viver?

— Papai, como se chama esse sujeito maldito que quer casar comigo? — Perguntou Paula furiosa.

— Ele se chama Rodolfo! — Paula balançou a cabeça pelo nome.

— Deu para ver que é mau-caráter, só pelo nome feio e ridículo. — Falou ela gritando e fechando os punhos de ódio que estava sentindo, não sabia se olhava para o seu pai com pena, ou com raiva.

Enquanto Angélica ficava calada sem dizer uma palavra deixando Lourenço angustiado, ele sabia que quando ela ficava assim era algo que tinha que se preocupar, ela ficava dias sem falar com ele e certamente ele ia dormir na sala por um bom tempo.

— Amor fala alguma coisa?

— Falar o que? Depois dessa humilhação que está fazendo a gente passar, o que foi que eu e a nossa filha fizemos para agir assim pelas nossas costas?

— Responda papai? — Disse Paula .

— Eu fui um fraco, a primeira vez que eu apostei ganhei a segunda vez também, depois eu fui perdendo e perdendo e quis recuperar o que eu havia perdido e quando vi estava afundado até o pescoço, fui pegando dinheiro emprestado de agiota para quitar as dívidas de jogo e desviei dinheiro da minha própria empresa, e tive que decretar falência judicialmente tenho dívidas trabalhistas porque tive que demitir todos os funcionários e não tenho como pagar as indenização de todos os funcionários, se eu não pagar vou preso ou vou ter que vender essa casa!

— O quê? Gritou Angélica furiosa.

— É isso mesmo que você ouviu! — Disse Lourenço.

— Mas não vai mesmo! — Disse Angélica furiosa rangendo os dentes de tão decepcionada que estava com seu marido.

— Ela está no meu nome.

— Isso papai, vende a casa e deixa a mamãe na rua, mas esquece que sou sua filha, e mais se a mamãe quiser ir morar comigo no apartamento que eu vou alugar.

— Você não teria coragem de abandonar seu pai nessa situação?

— É, mas quando para se viciar nesse jogo maldito você não pensou duas vezes? — Disse Angélica. Eu vou morar com a minha filha, e você fica sozinho arcando com as consequências dos seus atos.

— Filha, é só você aceitar o pedido de casamento de Rodolfo que tudo será resolvido? — sugeriu Lourenço.

— Nem morta que eu vou me casar com esse bandido!

— Então não tem outro jeito, vou vender essa casa para pelo menos pagar os funcionários! — Angélica estava inconformada, que as coisas chegaram a esse ponto, mas algo que Paula não podia saber o porque ela tinha que ficar do lado do marido.

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